06.07.2016 - Hora desta Atualização - 12h48
“O suicídio dos anciãos: um desafio”: é o título de um estudo recém-preparado pela comissão Justitia et Pax helvética e publicado no site dos bispos da Suíça para contribuir com o debate da opinião pública sobre a autonomia, a fragilidade, a morte, a ajuda ao suicídio.
O dado de partida é que mais de 100 mil pessoas estão hoje inscritas numa organização para o suicídio assistido e que desde o ano passado na Suíça “se discute sobre a possibilidade para as pessoas (muito) anciãs de decidirem [livremente] se querem pôr fim á própria vida” com a assim dita “morte voluntária na velhice”. Não é mais uma situação de “sofrimento insuportável” a justificar a morte, mas “simplesmente a ancianidade e a perspectiva de uma vida difícil”, evidencia o estudo que indaga “por que esta ideia tenha tanto sucesso” na população helvética, e não só.
A informação é publicada por Servizio de Informazione Religiosa - SIR, 02-07-2016. A tradução é de Benno Dischinger.
“Como cristãos rejeitamos firmemente a tendência à normalização e, consequentemente, à banalização da morte provocada do ser humano”, lê-se em “O suicídio dos anciãos: um desafio”, estudo de Justitia et Pax Suíça, apresentado em Berna.
“A morte torna-se sempre mais um projeto” e “não se confia mais ao destino nem como nem quando” morrer: de fato, existe a ideia de “uma vida conduzida racionalmente até a morte, que não deixa mais espaço ao inesperado”. Para os cristãos, ao invés, “a dependência dos outros não é uma tara, mas um aspecto fundamental da condição humana, assim como a fragmentaridade e a imperfeição da vida”.
O suicídio “se libertou da condição de tabu”, e se o suicídio dos anciãos é “um grave problema social”, por alguns é considerado uma “solução individual”.
É por isso que o documento, no elenco de “Recomendações dirigidas à sociedade”, evidencia que a “morte deve de novo ser compreendida como parte da vida” e como “evento social”. A sociedade “não tem o direito de excluir os anciãos”, mas deve dar um “melhor reconhecimento ao cuidado” que os parentes prestam aos anciãos e moribundos.
À Igreja se recomenda que encontre “respostas novas e críveis à busca de uma boa morte, pensando “novas formas de oferta pastoral” para acompanhar os anciãos”.
Quanto ao sistema sanitário se pede de “estender a oferta dos cuidados paliativos, continuando a explorar sua possibilidade e seus limites”.
Reafirmando a oposição da Igreja à “morte planificada”, D. Felix Gmür, bispo de Basiléia, sublinhou na conferência de imprensa para apresentação do estudo em Berna: “Hoje é independente de qualquer outro, é mal visto e considerado não normal. O estudo de Justitia et Pax, além de indagar o tema no plano ético e social, oferece algumas “recomendações” para a sociedade, as Igrejas e as instituições sanitárias.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/noticias
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Lembrando o artigo publicado em 15.09.2014
Religiosos do Fim dos Tempos:
Freira suíça prega a eutanásia e Bispos dialogam com ela.
Sóror Marie-Rose Genoud (foto abaixo), religiosa ursulina do cantão de Valais, na Suíça, já era bem conhecida pelo seu ativismo em favor de imigrantes ingressados ilegalmente. Agora deu mais um passo, declarando-se favorável à eutanásia, disfarçada em “suicídio assistido”, informou a revista francesa La Vie.
Em entrevista à revista semanal Schweiz am Sonntag, a religiosa suíça apoiou todas as pessoas que “com pleno conhecimento de causa, escolhem pôr fim à sua vida”, suicídio gravemente proibido pelo V Mandamento da Lei de Deus.
Ela justificou sua imoral posição com a frase “Deus está pela liberdade”. Segundo a religiosa de 75 anos, as associações que promovem o suicídio “assistido” atendem a um desejo “legítimo” da população.
Dom Norbert Brunner, bispo de Sion, lembrou que o ensinamento da Igreja Católica é muito claro contra o “suicídio assistido” e que Sóror Marie-Rose Genoud não o obedecia.
Mas o bispo prometeu que dialogaria com a freira e “procederia a um intercâmbio de ideias, mas não aplicaria eventuais sanções”.
A Conferência Episcopal Suíça (CES), através de seu porta-voz Simon Spengler, aproveitou a oportunidade para defender “que um debate é necessário, inclusive no interior da Igreja”, sobre temas que estão fora de discussão há séculos.
Essa posição dialogante rendeu copiosos dividendos à contestação subversiva da freira que não quer seguir os Mandamentos da Lei de Deus.
Fonte: http://ipco.org.br
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Por Dilson Kutscher
Quando neste exemplo acima, uma freira declara-se favorável à eutanásia, dizendo que aprova e apoia todas as pessoas, que com pleno conhecimento de causa, escolhem por fim à sua vida, através do suicídio gravemente proibido pelo V Mandamento da Lei de Deus, e...
Uma religiosa de 75 anos, que ainda diz: "Deus está pela libertade".
VAMOS LEMBRAR O SEGUINTE:
Audiência do Papa João Paulo II, no dia 19 de agosto de 1998
"O homem criado à imagem de Deus, recebeu o mandamento de dominar a terra com tudo o que ela contém e governar o mundo na justiça e na santidade e, reconhecendo Deus como Criador universal, orientar-se a si e ao universo para Ele; de maneira que, estando todas as coisas sujeitas ao homem, seja glorificado em toda a terra o nome de Deus.
Para que se realize o desígnio divino, o homem deve usar a sua liberdade em sintonia com a vontade de Deus e vencer a desordem introduzida pelo pecado na sua vida e no mundo. Este dúplice empreendimento não pode acontecer sem o dom do Espírito Santo. Ressaltam-no com vigor os profetas do Antigo Testamento. Assim o profeta Ezequiel: "Dar-vos-ei um coração novo e introduzirei em vós um espírito novo: arrancarei do vosso peito o coração de pedra e vos darei um coração de carne. Dentro de vós porei o Meu espírito, fazendo com que sigais as Minhas leis e obedeçais os Meus preceitos… Sereis o Meu povo e Eu serei o vosso Deus". (Ez 36, 26-28).
O Santo João Paulo II, na encíclica Evangelium vitae: “A decisão deliberada de privar um ser humano inocente da sua vida é sempre má do ponto de vista moral, e nunca pode ser lícita nem como fim, nem como meio para um fim bom. (EV, 57).
Isso não impede que algumas formas de eutanásia sejam mais ou menos graves que outras. João Paulo II distingue também vários graus de gravidade (EV, 66).
A primeira forma de eutanásia é a que resulta de uma falsa piedade. Neste caso, suprime-se a vida do doente com o objetivo de poupá-lo de mais sofrimento. No entanto, para a Igreja, a verdadeira compaixão, de fato, torna solidário com a dor alheia, não suprime aquele de quem não se pode suportar o sofrimento”.
A decisão da eutanásia torna-se mais grave quando se configura como um homicídio, que os outros praticam sobre uma pessoa que não a pediu de modo algum nem deu nunca qualquer consentimento para ela.”
Finalmente, “atinge-se o cúmulo do arbítrio e da injustiça quando alguns, médicos ou legisladores, se arrogam o poder de decidir quem deve viver e quem deve morrer”.
A liberdade de escolha do paciente não justifica a eutanásia. Segundo alguns promotores da eutanásia, esta poderia se justificar pelo “princípio de autonomia” do sujeito, que teria direito de dispor, de maneira absoluta, da sua própria vida. Para rejeitar esse direito, a Igreja se baseia no valor inalienável e sagrado de toda vida humana.
Segundo este princípio, assim como haveria um “direito ao suicídio”, existiria também um “direito ao suicídio assistido”. A Igreja não reconhece nenhum destes supostos direitos.
Seu ensinamento recordou isso muitas vezes: “A morte voluntária ou suicídio, portanto, é tão inaceitável como o homicídio: porque tal ato da parte do homem constitui uma recusa da soberania de Deus e do seu desígnio de amor".
Diz na Sagrada Escritura:
"Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos". (Mateus 19,17)
"Conheces os mandamentos: não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe". (Marcos 10,19)
Nos Dez Mandamentos, encontramos um que diz: “Não matarás”. (Ex 20,13)
É certo que a expressão negativa enfática de não matar se refere às mais variadas formas que levam à morte. Dentre elas, lembramos do assassinato, da eutanásia e do aborto. O suicídio também é considerado como a quebra desse mandamento, tendo em vista que significa autodestruição, ou negação da própria vida. O termo se origina do latim sui, que quer dizer a si mesmo, e caedere que significa cortar, matar.
Diz ainda na Sagrada Escritura:
"Porque então a tribulação será tão grande como nunca foi vista, desde o começo do mundo até o presente, nem jamais será". (São Mateus 24, 21)
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