24.06.2016 - Hora desta Atualização - 21h12
Nota de www.rainhamaria.com.br
O leitor português Miguel Viana faz um relato estarrecedor ao site FratresInUnum.com sobre os atuais rumos imposto ao Santuário de Fátima por seus dirigentes.
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Por Miguel Viana - Porto, Portugal.
O Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, em Portugal, não é apenas o lugar sagrado mais especial para os portugueses. É provavelmente o lugar sagrado mais amado para muitos católicos, depois da Terra Santa e de Roma. Por isso, é conhecido como “altar do mundo”. Foi construído na Cova da Iria, um campo que pertencia à aldeia de Fátima, no qual, de Maio a Outubro de 1917, a Santíssima Virgem apareceu a três meninos sobre um pequeno arbusto: Lúcia, Jacinta e Francisco.
Pediu-lhes oração – insistiu sempre na oração do rosário – e penitência. Deus estava muito ofendido e pedia reparação. Mostrou-lhes o Seu Imaculado Coração, cercado de espinhos, ofendido pelos pecadores (13 de Junho), pedindo reparação (13 de Julho). Deu-lhes também um segredo (13 de Julho), cujas primeiras duas partes foram reveladas por Lúcia algumas décadas depois: na primeira parte, mostrou-lhes o Inferno, para onde iam muitas almas, por causa dos seus pecados; e, na segunda, anunciou que pediria a consagração da Rússia ao Seu Imaculado Coração, de modo a que esta nação se convertesse e não espalhasse os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Santa Igreja. Quanto à terceira parte, tem havido acesa polémica, que não venho abordar. O assunto não está encerrado. Certo é que que Lúcia escreveu que a Santíssima Virgem lhes disse: “Em Portugal, se conservará sempre o dogma da Fé, etc.”
Em Outubro, como tinha anunciado, Nossa Senhora fez um milagre diante de cerca de 70.000 pessoas, que ali se tinham juntado: o sol rodopiou pelo céu, espargindo muitas cores. Os videntes viram sucessivamente, junto do sol, a Santíssima Virgem com São José e O Menino Jesus. A Santíssima Virgem estava vestida de branco, com manto azul. Depois, viram Nosso Senhor (adulto) e a Santíssima Virgem ao Seu lado, vestida como Nossa Senhora das Dores. Finalmente, viram-na com o escapulário, parecendo ser Nossa Senhora do Carmo. Nas restantes aparições, usara sempre um vestido branco, com um longo véu branco, sem que se visse o cabelo. Trazia um cordão de ouro ao pescoço, do qual pendia um pequeno globo, também de ouro.
Nada do que a Santíssima Virgem disse ou fez foi por acaso. Tudo quanto disse e fez teve um propósito, pelo que devemos meditar sobre as Suas palavras e os Seus gestos. Não foi, pois, por mero acaso que Se vestiu assim. Nem o traje, nem as cores eleitas foram aleatórias ou devidas a uma qualquer moda. A Santíssima Virgem escolheu as cores que melhor podiam iluminar a nossa compreensão da mensagem que vinha trazer ao mundo. Assim, usou algumas cores litúrgicas, presentes na própria iconografia mariana. Podemos pensar que veio de branco porque essa é a cor do Natal e da Páscoa, mas também a cor da virgindade. Podemos pensar que veio de branco e azul por serem estas as cores de Nossa Senhora da Conceição, a Quem Portugal foi consagrado no século XVII. Podemos pensar que veio de roxo porque essa é a cor do Advento e da Quaresma, mas também a de Nossa Senhora das Dores, invocação mariana bem conhecida em Portugal, na qual a Santíssima Virgem é venerada no Seu sofrimento, junto à cruz. Podemos pensar que, ao vir com o escapulário, veio vestida de castanho e branco, porque assim é representada na invocação de Nossa Senhora do Carmo, desde que, em 1251, entregou a São Simão Stock o escapulário como sinal de salvação, depois de os carmelitas terem sido expulsos do Monte Carmelo, pelos muçulmanos. Podemos pensar que, em Fátima, trazia aquele pequeno globo de ouro ao peito porque queria com essa jóia significar o próprio mundo. As cores que no Milagre do Sol banharam a multidão estupefacta levam-nos a pensar que eram as cores do arco-íris. Segundo nos diz a Sagrada Escritura, o arco-íris é sinal da aliança de Deus com o Seu povo (Gen 9, 13-16). Também Nosso Senhor e São José, no Milagre do Sol, traziam uma cor significativa: o vermelho. É a cor do Pentecostes, do Preciosíssimo Sangue, dos mártires.
Quando eu era pequeno, a minha família ia ao Santuário de Fátima, pelo menos em Maio e em Outubro. A minha mãe e outros parentes iam a pé, percorrendo mais de cem quilómetros, rezando o rosário. Feriam os pés, mas entravam no Santuário chorando de alegria. Iam de imediato à pequena Capela das Aparições, onde apresentavam a Nossa Senhora as suas dores, alegrias, aspirações e dificuldades. Depois, assistiam à procissão e à Santa Missa com muita devoção. Não eram diferentes dos outros peregrinos de então, que percorriam os caminhos, sob o sol e sob a chuva, para ali chegar. Fátima era realmente um lugar sagrado. Eu ficava com o meu pai em casa, até ao dia 12, data em que partíamos, de carro, ao encontro da minha mãe, a tempo de assistir à procissão. Quando chegávamos ao Santuário, o meu pai apontava para um painel que havia numa das entradas, informando que aquele era um lugar sagrado, motivo pelo qual não se podia usar calções, saias curtas, camisolas de alças, nem se podia fumar, falar alto, levar animais, etc. Eu nasci depois do Concílio Vaticano II, motivo pelo qual já era preciso haver estes avisos. Se tivesse nascido antes, certamente que todos saberiam como comportar-se, não sendo necessário aquele painel. Olho para as fotografias do casamento dos meus pais, que ali foi celebrado há cinquenta anos, e percebo porquê: todos estavam decentemente vestidos, e as senhoras, imitando a Santíssima Virgem, tinham véus na cabeça, mesmo fora da velha Basílica de Nossa Senhora do Rosário. Enfim, nasci numa época em que o Santuário começava a deixar de ser respeitado como lugar sagrado. Mas muito havia de acontecer, porque a fúria destruidora do Concílio continuaria a fustigar-nos até ao Presente, embora a maioria não queira admitir a verdade.
Hoje, os peregrinos continuam cheios de fervor, mas cada vez mais ignorantes e mais grosseiros. Vestem roupas escandalosas, em especial as mulheres; falam e riem alto, fumam e bebem cerveja, levam cães para o recinto. Estes sacrilégios já seriam suficientes para ofender a Deus e o Imaculado Coração. Mas não ficam por aqui. Os peregrinos, na sua maioria, acercam-se da Sagrada Comunhão com atitudes verdadeiramente não-católicas. Muitos estendem uma mão para que os sacerdotes coloquem nela a Sagrada Hóstia (e muitos deles colocam, de facto!), os homens nem sequer tiram o chapéu para receber Nosso Senhor, as mulheres aproxima-se meio-despidas. Raríssimos são os que se ajoelham. Alguns deixam mesmo cair Nosso Senhor no chão. Recentemente, vi Nosso Senhor cair da mão de um sacerdote para uma poça de água, como um floco de neve. Foi depois pisado pelos peregrinos.
É preciso que se diga: Fátima converte-se, cada vez mais, num lugar de ultraje, de sacrilégio e de indiferença, três ofensas contra Nosso Senhor, denunciadas pelo Anjo de Portugal na sua aparição na Loca do Cabeço, perto da Cova da Iria, um ano antes, em 1916. O Anjo (que se supõe ser São Miguel) deu-lhes então a Sagrada Comunhão. Os videntes estavam de joelhos e de mãos postas, Lúcia e Jacinta de véu na cabeça, Francisco de cabeça descoberta. Quem visita este lugar, pode ver ali um belíssimo grupo escultórico, da autoria de Maria Amélia Carvalheira, que assim os representou, em mármore branco, depois de consultar Lúcia pessoalmente, quando esta já esta estava no convento. Estas esculturas, tão brancas, falam-nos ao coração e deviam fazer-nos pensar no modo como nos comportamos diante da Santíssima Eucaristia.
Hoje os peregrinos comportam-se mal porque não são ensinados a comportar-se de outra maneira. Praticam ultrajes, sacrilégios e indiferenças em Fátima, e noutros lugares, por causa da sua ignorância. Por isso, não serão inteiramente culpados. A culpa será, sobretudo, dos seus bispos e nos seus párocos, que sabem (ou deviam saber) o que está errado e o que está certo, mas são negligentes e não lhes ensinam o que está certo. No Santuário, esta negligência é muito evidente. Se as pessoas fossem ensinadas a tomar atitudes piedosas, estou certo de que entrariam no recinto com aquele seu fervor tão genuíno, mas confirmado por comportamentos agradáveis a Deus.
Hoje não parece haver esta preocupação por parte do Santuário. Quem o governa parece estar empenhado, pelo contrário, em desfigurar a sacralidade daquele lugar. Comemoramos este ano as aparições do Anjo. No próximo ano, será celebrado o centenário das aparições de Nossa Senhora. Para além de vermos os peregrinos cada vez mais ignorantes e grosseiros (apesar de fervorosos), temos visto coisas muito estranhas no Santuário. Depois de, há já várias décadas, terem sido modernizados alguns edifícios do recinto e de ter sido colocada uma nova cobertura da capela das aparições – obras de mau gosto –, foi com estranheza que vimos erguer-se na Cova da Iria a nova Igreja da Santíssima Trindade, obra modernista, redonda e fria, cujo interior choca violentamente contra qualquer sensibilidade católica. Veja-se que a nave principal, apesar de ter tantos lugares para os fiéis se sentarem, não tem sacrário. Para que serve uma nave sem um lugar para Nosso Senhor? Há, sim, um crucifixo gigante, com uma imagem monstruosa, de olhos assustadores. Consta que Sua Santidade o Papa Bento XVI, quando a viu, disse que não gostava. De facto, é horrível. Há várias capelas na nova igreja, minimalistas, onde os sacrários estão a um canto, enquanto o “retábulo” principal é uma espécie de janela, totalmente vazia. Uma delas é a Capela do Santíssimo Sacramento, onde está Nosso Senhor exposto. Aqui, a custódia é um grande quadrado prateado, sem resplendor, suspenso do tecto, como um pêndulo de relógio. É horrível, verdadeiramente indigna. E não há ali uma única cruz. Nem sequer na Sagrada Hóstia.
Também nessa época, foi substituída a grande cruz que estava erguida na parte superior do recinto pela cruz actual, na qual está uma imagem de Cristo tão estilizada que parece um gafanhoto. É também horrível. E, no mês passado, foi inaugurado o novo presbitério, na escadaria da velha Basílica. Ali, o crucifixo é ainda mais estranho, porque não representa Nosso Senhor na cruz, mas ao lado da cruz, ou a fugir dela. Parece um extra-terrestre. É igualmente horrível.
A velha Basílica foi restaurada há pouco tempo. Construída originalmente em pedra branca, ficou resplandecente depois da intervenção. Porém, no seu interior ficou o maior dos horrores que temos visto erguer-se no Santuário. O grande altar de mármore da capela-mor, posto ali depois da reforma litúrgica, foi substituído por um pequeno altar quadrado, de pedra castanha. De um lado tem dois tocheiros e do outro lado apenas um. O conjunto, para além de chocar com a alvura da nave, tem chamado a atenção de muitos fiéis, por ser extremamente semelhante aos altares das lojas maçónicas. Muitos perguntam-se se haverá um braço da Maçonaria a influenciar ou mesmo a governar o Santuário de Fátima, uma força oculta que, por fim, já nem disfarça o que está a fazer àquele lugar sagrado, tocado pelos pés da Santíssima Virgem.
As capelas sepulcrais dos videntes também não foram poupadas. O chão destas capelas, outrora composto por belos desenhos, feitos com pedras polícromas, foi agora coberto com um pavimento negro, pintalgado com pequenos ladrilhos amarelos.
Destruíram também os dois altares que ali estavam, desfigurando o conjunto harmonioso dos quinze mistérios do Santo Rosário (um por capela), que circunda toda a nave. Naqueles altares tinha estado Nosso Senhor muitas vezes, porque ali fora rezada a Santa Missa antiga por muitos sacerdotes. Foi num desses altares que os meus pais se casaram. Cinquenta anos depois, entraram na Basílica restaurada para dar graças a Deus, no lugar ondem tinham celebrado o seu matrimónio. Ficaram horrorizados.
A destruição que essas pessoas promovem não ficou por aqui, nem ficará, se alguém não travar depressa aquilo que parece ser um plano obscuro contra Deus e contra a Santíssima Virgem. No passado dia 10 de Junho de 2016, celebrou-se a solenidade do Anjo de Portugal. Em Fátima, como é habitual, estiveram milhares de crianças peregrinas. O Santuário decidiu decorar a sua colunata com as cores do arco-íris. O lema escolhido foi “Deus está contente”, frase incompleta de Nossa Senhora, que, a 13 de Setembro de 1917, disse aos videntes: “Deus está contente com os vossos sacrifícios”. É verdade que o arco-íris é referido na Sagrada Escritura, como referi. É verdade que muitas cores foram manifestadas no Milagre do Sol, em Fátima. Mas também é verdade que o arco-íris é hoje um dos símbolos mais contrários à fé católica: é o símbolo LGBTI. Certamente saberiam disto as pessoas que fizeram essa ultrajante decoração. O que quereriam dizer às crianças, com esse lema mutilado e com essas cores, quando, por todo o mundo, a ideologia de género avança, totalitária, contra a criação de Deus?
Por mais que sejamos misericordiosos com as pessoas ditas LGBTI, sabemos que as suas causas são contra Deus. Foi contra o pecado que Nossa Senhora falou em Fátima. As cores que ali manifestou eram as da glória Deus. De modo algum as manifestou para promover a confusão. Mostrou-as a três meninos e à multidão, para que em tudo correspondessem ao que o Céu lhes pedia. E eles, os videntes, de facto, sacrificaram-se, com orações e jejuns, por toda a sua vida. Por isso, Deus estava contente com eles.
Deus estará agora contente com o que se passa no Santuário de Fátima?
A Santíssima Virgem estará contente?
Em 1917, Nossa Senhora nunca sorriu aos videntes, falando com o rosto triste sobre as ofensas a Deus e ao Seu Imaculado Coração. Imaginemos como estará agora – em lágrimas!
O Santuário de Fátima deve voltar a ser respeitado como lugar sagrado, em todo o seu esplendor. É preciso que cada católico esteja atento ao que está a acontecer. Estará o Santuário a cair nas mãos de servidores de Satanás? Estamos, de facto, num tempo de combate. Abramos os olhos. A Santa Igreja é fustigada por todos os lados, a confusão aumenta.
“Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará”, assim anunciou Nossa Senhora, no segredo. Peçamos-Lhe que seja depressa.
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Por Dilson Kutscher
Tenho certeza que a profecia do sábio Papa São Pio XII se cumpre...
Ele declarou:
“Preocupo-me com as mensagens da Virgem Santíssima à pequena Lúcia de Fátima. A insistência de Maria acerca dos perigos que ameaçam a Igreja é uma advertência divina contra o suicídio de se alterar a fé, em sua liturgia, em sua teologia e em sua alma. Ouço a minha volta inovadores que desejam desmantelar a Capela Sagrada, destruir a chama universal da Igreja, rejeitar seus ornamentos e fazê-la sentir remorso por sua história passada. Dia virá em que o mundo civilizado negará seu Deus, em que a Igreja duvidará como o fez Pedro. Ela será tentada a acreditar que o homem se tornou Deus. Em nossas igrejas, cristãos procurarão em vão pela luz vermelha de onde Deus os espera. Como Maria Madalena, em prantos no sepulcro vazio, eles perguntarão: Aonde eles O levaram?"
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