31.05.2016 - Hora desta Atualização - Hora 13h35
Em um boletim da paróquia Sainte-Anne de Chicoutimi, no Canadá, pudemos ver, abril passado, os reais efeitos da Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris Laetitia. A Festa da Fidelidade, que até agora comemorava as bodas de prata e ouro de casais nesta paróquia, a princípio Católica, em Quebec, foi substituída por uma “Celebração do Amor”, anunciada da seguinte forma:
“Queremos agora saudar todos os casais que desejam celebrar seu amor e renovar seu compromisso a dois, independentemente do tipo do seu compromisso (casamento católico, casamento civil, cônjuges de direito ou parceiros do mesmo sexo) e qualquer que seja o número de anos (1 ano, 8 anos, 25 anos, 57 anos, 62 anos). Consideramos o compromisso de todos os casais são importantes. “
Sejamos claros: isso não é uma celebração do amor, mas ao invés disso uma celebração igualitária do matrimônio sacramental, do concubinato legal, da união livre e das coabitações homossexuais. Todos os casais são colocados no mesmo nível, todos presumivelmente tendo o mesmo valor exemplar.
Esta não é uma celebração do amor, é o amor da festa própria e para o próprio bem, desprovido de qualquer conteúdo objetivo. Tudo o que importa é o compromisso pessoal, sentimento subjetivo, e uma franca liberdade da verdade Evangélica sobre o matrimônio.
Dessa forma é vivida concretamente, na vida real, a Exortação Pós-Sinodal Amoris. Já não sendo “A Alegria do Amor”, mas o amor da alegria, emancipado da verdade do Evangelho do matrimônio. Uma triste alegria.
Por Abbé Alain Lorans - http://catolicosribeiraopreto.com
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Lembrando novamente as palavras do Arcebispo francês Marcel Lefebvre:
"Não será dever de um católico julgar entre a fé que lhe ensinam hoje e a que foi ensinada durante vinte séculos de tradição da Igreja? Ora, eu acredito sinceramente que estamos tratando com uma falsificação da Igreja, e não com a Igreja católica. Por quê? Porque eles não ensinam mais a fé católica. Não defendem mais a fé católica. Eles arrastam a Igreja para algo diferente da Igreja Católica. A verdade e o erro não estão em pé de igualdade. Isso seria colocar Deus e o diabo em pé de igualdade, visto que o diabo é o pai da mentira, o pai do erro".
Disse Padre Romano: "Mas, que consciência têm nossos pastores dessas verdades fundamentais? A perda da consciência do pecado é, certamente, o maior drama da nossa época. E se aqueles que são chamados a pregar o Evangelho a todas as gentes, e a anunciar que, sem conversão, não há salvação, omitem-se em anunciar tais verdades, estamos diante de uma situação catastrófica! De fato, o discurso atual, dentro da Igreja, e que se refletiu sobre o Sínodo, é o de quase absoluto silêncio sobre as verdades últimas da nossa existência – os novíssimos -: morte, juízo, inferno e paraíso, e sobre o pecado, que condiciona a nossa salvação. Verdades basilares da nossa Santa Religião, e que devem determinar a nossa vida sobre esta terra, porque, como diz Nosso Senhor, “que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder a sua alma?” (Cf. Mc 8, 36)
Diz na Sagrada Escritura:
"E pelo anúncio do nosso Evangelho vos chamou para tomardes parte na glória de nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, pois, irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa". (II Tessalonicenses 2, 14-15)
Alocução de Sua Santidade João Paulo II a 6 de fevereiro de 1981:
“Os cristãos de hoje em grande parte, se sentem perdidos, confusos, perplexos e mesmo decepcionados. De todos os lados espalharam-se idéias que contradizem a verdade que foi revelada e sempre ensinada. Verdadeiras heresias foram divulgadas nos domínios do dogma e da moral, suscitando dúvidas, confusão, rebelião. A própria liturgia foi violada. Mergulhados num relativismo intelectual e moral, os cristãos são tentados por um iluminismo vagamente moralista por um cristianismo sociológico, sem dogma definido e sem moralidade objetiva".
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