21.01.2016 -Nota de www.rainhamaria.com.br
A Igreja Católica define de forma muito clara (CIC 65, 66) que a revelação pública, oficial, está concluída e é a que vemos nos livros canônicos da Bíblia. Corresponde à fé cristã compreender gradualmente seu conteúdo.
Isso não impede que haja revelações privadas (CIC 67), que não melhoram nem completam a Revelação definitiva de Cristo, mas sim podem ajudar a vivê-la mais plenamente em uma determinada época histórica. Ou seja, pode haver livros inspirados, mas não canônicos.
O especialista François Michel Debroise nos dá uma informação muito completa sobre o tema.
Maria Valtorta, mística italiana falecida em 1961, foi um exemplo de alma extraordinária com vida extraordinária. Foi uma das 18 grandes místicas marianas. Aos 23 anos, um anarquista a espancou com uma barra de ferro, deixando-a com limitações físicas. Ficou 9 anos de cama. E uniu todas as suas dores à paixão de Jesus.
Seu confessor, ao ver a grandeza dessa alma, pediu-lhe que escrevesse sua biografia. Tudo isso aconteceu em plena guerra mundial. Depois de escrever sua biografia, de 1943 a 1950, ela começou a receber uma série de visões, que transcreveu em 17 volumes, entre eles sua obra mais conhecida e polêmica: “O Evangelho como me foi revelado”. Em 4800 páginas, ela relata a vida de Cristo, dia a dia.
O Papa Paulo VI apoiou a leitura da obra de Maria Valtorta, assim como o Padre Pio. A Madre Teresa de Calcutá era uma leitora assídua dos seus escritos. A celebração dos 50 anos da morte de Maria Valtorta foi acompanhado por altas personalidades da Igreja.
Do ponto de vista histórico, os biblistas se surpreendem com como uma pessoa que não teve estudos possa ter um conhecimento tão detalhado.
O leitor desta narração fica preso, porque a obra o introduz nas cenas da vida de Jesus como um espectador presente. É uma narração extraordinária do ponto de vista teológico, histórico e científico. (Fonte: Aleteia)
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"Que a vossa caridade vá, com maior razão, consolar os mártires da injustiça humana.
Sede pois, misericordiosos, para com os irmãos menos afortunados".
DIZ O REI JESUS
Não digais: “O que eu tenho é só para mim.”
Sempre tendes alguma coisa a mais do que o necessário, nas mesas e nos armários de quem não está completamente abandonado. Entre estes que Me estão ouvindo, há mais de um que sabe, de uma roupa que ele deixou de usar por estar muito batida, tirar uma roupinha para um órfão ou algum menino pobrezinho e, de um lençol velho, fazer faixas para algum inocente que não as tem, soube repartir, durante muitos anos, o pão esmolado cansativamente com quem, por estar leproso, não podia ir estender a mão ás soleiras dos ricos.
Daí, pois, como vos foi dado. Daí em nome do Senhor, sem terdes medo de ficar nus. Melhor seria morrer de frio, por sermos despojados em favor do mendigo, do que fazer enregelar-se o coração, mesmo por baixo de vestes cômodas, pela falta de caridade. O leve calor que sentimos pelo bem feito é mais doce do que aquele de um manto da mais pura lã. E as carnes do pobre, agora por nós cobertas, falam a Deus, e lhe dizem: “ Abençoa a quem nos vestiu.”
O Pai é um só: Deus que nos deu uma alma igual, assim como os filhos de um mesmo leito o pai dá um sangue igual. E um pobre? Procurai que não seja mais pobre do que ele o vosso espírito privado da amizade do Senhor. A veste dele está rasgada? Fazei que não esteja ainda mais rasgada a vossa alma, pelo pecado. Estão enlameados ou empoeirados os pés dele? Fazei que mais do que a sandália dele, suja pela longa viagem, e rota pelo muito andar, não esteja o vosso eu, consumido pelos vícios. É feia a aparência dele? Fazei que não seja mais feia ainda a vossa, aos olhos de Deus. É estranho o seu modo de falar? Fazei que não tenhais vós a linguagem do coração incompreensível na cidade de Deus.
Deus está unido à Caridade. Esta é verdadeiramente mais íntima do que o amor de dois esposos, que se amam intensamente, como espírito do seu Espírito. A Caridade é o próprio Deus.
A Caridade não é mais do que o aspecto mais ostensivo, mais ilustrativo de Deus. Entre todos os seus atributos, ela é o atributo-rei, o atributo-origem, porque todos os outros atributos de Deus ainda nascem da Caridade.
Que é o Poder, senão a Caridade que age?
Que é a Sabedoria, senão a Caridade que ensina?
Que é a Misericórdia, senão a Caridade que perdoa?
Que é a Justiça, senão a Caridade que administra?
Em verdade, em verdade, Eu vos digo que não é difícil servir ao Senhor. Basta amar. Amar o verdadeiro Deus, amar o próximo, seja ele quem for.
Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor; amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito e de todas as tuas forças. Eis aqui o segundo: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Outro mandamento maior do que estes não existe". (São Marcos 12, 29-31)
Em toda ferida ou febre que curardes, lá estarei. Em cada desventura que socorrerdes, lá Eu estarei.
Como podeis sentar-vos contentes à mesa e repartir com alegria o alimento abundante por entre os filhos sorridentes, sabendo que pouco longe deles estão alguns vossos irmãos passando fome? Como ir tomar descanso em um leito bem confortável, quando sabeis que lá fora, no meio da noite, há homens sem uma enxerga, e sem poderem descansar? Não vos queimam a consciência aquelas moedas que pondes nos cofres, sabendo que muitos não têm nem uma moedinha para comprar um pão?
Eu estou neles. Eu quis ser pobre e perseguido para ser como eles, e porque a lembrança do Cristo pobre e perseguido continuasse pelos séculos afora, projetando uma luz sobrenatural sobre os pobres e os perseguidos como Cristo, uma luz que vo-los fizesse amar como a outros Mim mesmo. Pois Eu de fato estou no mendigo, ao qual matastes a fome, ao qual matastes a sede, ao que vestistes, ao que abrigastes. Eu estou no órfão que foi recolhido com amor, no velhinho socorrido, na viúva ajudada no peregrino hospedado, no doente curada. Eu estou no aflito confortado, no ignorante que foi instruído. Eu estou onde se recebe amor. E tudo o que for feito a um irmão pobre, tanto com meios materiais, como espirituais, a Mim foi feito.
Porque Eu sou o Pobre, o Aflito, o Homem das dores, e o sou para dar Riqueza, Alegria, Vida sobrenatural a todos os homens, que muitas vezes nem o sabem, mas assim é, são ricos apenas na aparência, e alegres com uma alegria apenas aparente, e são todos pobres das riquezas e alegrias verdadeiras, porque estão sem a Graça por causa da Culpa Original, que os priva dela.
Ame os pobres, os aflitos, os peregrinos da terra, os órfãos, as viúvas, não pratique usura. Quem fizer isto, seja qual for a sua nação e língua, sua condição e categoria, poderá entrar no Reino de Deus, do qual Eu vos abro as portas.
Eu sou o Rabi, que dá sem pedir compensação, sem pedir outra compensação, a não ser o vosso amor. Se me amardes, amareis a minha Doutrina e por isso também ao vosso próximo, e tereis a Vida e o Reino. Ricos, despojai-vos do apego as riquezas, e comprai com elas o Reino, com todas as obras de um misericordioso amor ao próximo. Pobres despojai-vos do vosso aviltamento, e vinde para o caminho do vosso Rei. Com Isaías, Eu vos digo: “Sedentos, vinde às águas, vós também, que não tendes dinheiro, vinde comprar.” Com o amor comprareis o que é amor, o que é alimento que não perece, alimento que realmente sacia e fortifica.”
Sabedoria é amar a Deus e ao próximo como a ti mesmo. O amor a Deus e ao próximo, praticado de todas as formas, e com toda a generosidade, tornam o homem perfeito.
(Ensinamentos de Jesus à Valtorta)
Fonte: www.provasdaexistenciadedeus.blogspot.com.br (do amigo Antonio Calciolari)
Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Sabeis qual é o jejum que eu aprecio? - diz o Senhor Deus: É romper as cadeias injustas, desatar as cordas do jugo, por em liberdade os oprimidos, e quebrar toda espécie de jugo. É repartir seu alimento com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou, em vez de desviar-se de seu semelhante. Então tua luz surgirá como a aurora, e tuas feridas não tardarão a cicatrizar-se; tua justiça caminhará diante de ti, e a glória do Senhor seguirá na tua retaguarda". (Isaías 58, 6-8)
"Ao Senhor empresta o que se compadece do pobre, ele lhe pagará o seu benefício". ( Provérbios 19, 17)
"Feliz quem se lembra do necessitado e do pobre, porque no dia da desgraça o Senhor o salvará. O Senhor há de guardá-lo e o conservará vivo, há de torná-lo feliz na terra e não o abandonará à mercê de seus inimigos. O Senhor o assistirá no leito de dores, e na sua doença o reconfortará". (Salmos 40, 2-4)
"Aos justos nasce luz nas trevas; ele é piedoso, misericordioso e justo.
O homem bom se compadece, e empresta; disporá as suas coisas com juízo;
Porque nunca será abalado; o justo estará em memória eterna.
Ele espalhou, deu aos necessitados; a sua justiça permanece para sempre, e a sua força se exaltará em glória". (Salmos 112)
"Antes de tudo, mantende entre vós uma ardente caridade, porque a caridade cobre a multidão dos pecados" (Pr 10,12). (I São Pedro 4, 8)
"Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber?
Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos?
Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar?
Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes". (São Mateus 25, 34 -40)
"Haverá juízo sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia. A misericórdia triunfa sobre o julgamento." (São Tiago 2, 13)