22.12.2015 - A hematologista canadense Jacalyn Duffin não sabia, mas estava participando da investigação de um milagre.
A hematologista canadense Jacalyn Duffin estava observando no microscópio “uma célula letal de leucemia”.
Olhando para a data do exame, concluiu: “Fiquei persuadida de que o paciente cujo sangue estava examinando tinha que ter morrido”.
Entretanto, o paciente estava bem vivo.
A hematologista não sabia: ela estava participando da investigação de um milagre.
Duffin, 64, é também uma prestigiosa historiadora, tendo presidido a Associação Americana de História da Medicina e a Sociedade Canadense de História da Medicina, além de ser catedrática dessa disciplina na Queen’s University, de Kingston, Canadá.
O fato se deu em 1986 e foi o seu primeiro contato com as canonizações da Igreja.
A amostra de medula fora tirada de uma jovem de 30 anos ainda viva. Estudava-se a veracidade do milagre no contexto do processo de canonização da primeira santa canadense, Maria Margarida d’Youville (1701-1771), fundadora das irmãs da Caridade, elevada à honra dos altares 14 anos depois.
O paradoxal do evento é que naqueles tempos em que os processos de canonização eram exigentes, a Igreja tendia a descartar o caso enquanto milagroso.
Existia a possibilidade de a cura ser atribuída à quimioterapia. Porém, “os especialistas em Roma aceitaram reconsiderar a decisão se uma testemunha ‘cega’ (sem saber do quê nem de quem se tratava) reexaminasse as amostras”, narrou a Dra. Jacalyn.
Ela lavrou um laudo sem saber para o quê. “Nunca tinha ouvido falar do processo de canonização e não podia saber que a decisão requeria tanta deliberação científica”, disse ela.
Pois a hematologista é ateia e não se interessava pela religião, nem pela do marido que é judeu.
Até que um dia ela foi convidada a testemunhar diante de um tribunal eclesiástico. Posteriormente, como seu laudo foi decisivo, convidaram-na para assistir à cerimônia na Praça de São Pedro.
“De início eu duvidei em ir, eu não queria ofender as religiosas, porque eu sou ateia e meu marido é judeu.
“Mas acabamos indo, vendo que elas estavam felizes de nos incluir na cerimônia.
“Tampouco podíamos renunciar ao privilegio de testemunhar o reconhecimento do primeiro santo de nosso país”.
Ela ganhou também um exemplar da Positio, documento decisivo de cada processo de canonização. E ali viu que estavam incluídos seus trabalhos e observações.
A ateia levou uma surpresa: “subitamente compreendi entusiasmada que meu trabalho médico estava nos arquivos vaticanos, e a historiadora que há em mim começou a querer saber de outros milagres incluídos em canonizações do passado”.
E foi assim que acabou estudando 1.400 milagres apresentados para a canonização de centenas de santos nos últimos quatro séculos.
Ela publicou um primeiro livro com suas conclusões: “Medical Miracles” [Milagres médicos].
Depois escreveu um segundo livro sobre dois santos mártires do século IV cuja devoção cresce notavelmente nos EUA e no Canadá: “Medical Saints. Cosmas and Damian in a Postmodern World” [Santos médicos: São Cosme e São Damião no mundo pós-moderno], publicado em 2013 pela Universidade de Oxford.
A Dra. Jacalyn ainda é ateia, mas escreveu: “os ateus honestos devem admitir que acontecem fatos cientificamente inexplicáveis” e “a hostilidade de certos jornalistas procede de seu próprio sistema de crenças: como para eles Deus não existe, logo não pode existir nada sobrenatural.
“Mas, se os doentes atribuem sua cura a Deus pela mediação dos santos, por que é que deve prevalecer outro sistema de crenças (o incrédulo) sobre o dos doentes?“
Essa pretensão revela o abismo, socialmente admitido, entre acreditar na ciência e maravilhar-se diante do inexplicável”.
E acrescentou: “Os milagres acontecem e com maior frequência do que acreditamos”.
O testemunho da Dra. Jacalyn, independente de suas convicções pessoais, é um tributo ao rigor da Igreja na hora de examinar as curas sobrenaturais.
Dos 1.400 milagres analisados, ela concluiu que “as doenças que acabam sendo curadas por milagres foram diferentes segundo a época, mas, em todas as ocasiões, tratava-se das que mais desafiavam a ciência médica”.
Fonte: Blog Ciência Confirma a Igreja
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Nota de www.rainhamaria.com.br
23 de dezembro de 1771, data memorável para a Congregação das Irmãs de Caridade de Montreal. Há 244 anos, a caridosa Margarida d'Youville entregava sua alma a Deus.
Naquele momento, uma cruz luminosa apareceu no céu, acima do Hospital Geral, onde ela morava com suas irmãs e tantas pessoas que ela ajudava. Aqueles que passavam constataram com surpresa o estranho fenômeno.
Através desse fato, reconhecidamente milagroso, Deus glorificou visivelmente sua fiel serva.
21 de novembro: a Festa da Apresentação de Nossa Senhora.
Foi neste dia, em 1737, que Santa Margarida acolheu em sua casa uma pobre cega chamada Françoise Auzon. Ali começou a se concretizar todo o amor que Margarida expressaria aos mais necessitados em quem ela via a figura do próprio Cristo. Suas filhas espirituais seguiram e seguem seu exemplo de doação aos excluídos da sociedade.
Sua dedicação aos pobres inspira três mulheres a se juntarem a ela.
No dia 31 de dezembro de 1737, Margarida e suas três colegas, consagram-se ao serviço dos pobres em quem elas vêem Jesus Cristo. Esse momento decisivo é considerado o da fundação da Congregação das Irmãs de Caridade de Montreal “Soeurs Grises”.
Margarida d'Youville foi beatificada em 3 de maio de 1959, pelo Papa João XXIII, quando foi proclamada "Mãe à Caridade Universal". Trinta e um anos depois, em 1990, foi canonizada.
Oração a Santa Margarida d´Youville
Ó Santa Margarida d´Youville, mulher de escuta e de compaixão a tua vida inspira nossa ação.
Teu coração muito se comoveu diante do sofrimento de tua gente.
Soube achar meios para ajudar os que sofrem.
Sobretudo, revelou a ternura de Deus que é Pai e Providência.
Ó Santa Margarida d´Youville, eu te peço: olha as necessidades do nosso povo sofrido.
Reza ao Pai Eterno de aumentar a nossa fé, a nossa esperança, o nosso amor e a nossa coragem na luta.
Para que nós tenhamos vida plena, que Ele nos dê a graça de que temos tanta necessidade...AMÉM.
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