25.11.2015 -
Há 6 anos, no dia 3 de novembro, a enfermeira Margarita de los Ángeles Parra estava de plantão na maternidade do Hospital de Ginecologia e Obstetrícia de Tlatelolco (México).
Como era habitual, Margarita tinha o dever de velar pelo bem-estar das futuras mães e das que haviam passado pelo parto, ao longo de toda a noite. Mas sua colega de turno não chegava, o tempo ia passando, naquele dia haviam nascido 13 bebês e cada mãe precisava de cuidados diferentes.
Margarita achava que teria de ficar sozinha aquele dia, cuidando de tudo. Mas acabou recebendo uma ajuda extraordinária – como declarou ao jornal Desde la Fe – mesmo que só tenha percebido muito depois quem havia sido seu peculiar colega de trabalho.
“De repente, apareceu um homem magro com uniforme de enfermeiro, perguntando: ‘Em que posso ajudá-la?’. Nem precisei dar muitas instruções, e ele já estava começando a cuidar dos bebês e das mulheres, sempre sorridente.”
A enfermeira ficou surpresa com toda a dedicação do seu colega: “Ele trabalhou a noite inteira com um entusiasmo que contagiava. Ele tranquilizava as mulheres em trabalho de parto, cuidava de todas, e parecia um homem especial, pela tranquilidade que inspirava”, contou Margarita.
Ao longo da noite, outras duas enfermeiras chegaram para seu turno. Elas se preocuparam quando viram seu desconhecido colega meio pálido, suando e tremendo, como se estivesse com febre; mas mesmo assim ele continuava atendendo todos com muito carinho.
“Nós três o convencemos a sair um pouco para tomar um ar e descansar; ele sorriu, saiu e depois já não o vimos mais.”
Na manhã seguinte, Margarita foi atender o chamado de uma senhora que estava com febre alta e mal-estar. Atendeu-a e disse para a senhora se tranquilizar, que ela melhoraria. Para sua surpresa, a paciente lhe respondeu: “Sim, estou tranquila, porque São Martinho de Porres veio me visitar e me disse que vou ficar bem”.
Acostumada com pacientes que dizem ter visto algum familiar falecido, Nossa Senhora ou algum santo, a enfermeira se limitou a sorrir com benevolência. “Mas a mulher percebeu minha incredulidade e me disse: ‘Eu juro que ele esteve aqui, estava vestido de enfermeiro!’, insistiu ela”.
Ainda meio incrédula, conversando com suas colegas, comentou o ocorrido, e uma delas disse: “Na verdade, ele se parecia muito com São Martinho de Porres mesmo”. Nesse momento, Margarita ficou arrepiada.
Ainda com um pouco de dúvida, perguntou às colegas: “Mas que milagre ele teria vindo fazer aqui?”. “Não sei”, respondeu uma delas, enquanto as três caminhavam em direção a uma janela. Nesse momento, um raio de sol as iluminou, mostrando um belo amanhecer. No quarto, as pacientes estavam muito contentes.
“Ainda não sei dizer se era São Martinho ou não, mas a verdade é que trabalhamos lado a lado, e ele nos recordou que nós nos tornamos enfermeiras para servir e atender nossos semelhantes na dor, para diminuir sua angústia, ajudá-los em seu padecer… E este é um grande presente que Deus nos deu naquela noite!”.
Fonte: http://pt.aleteia.org
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Nota de www.rainhamaria.com.br
São Martinho, homem cheio do Espírito Santo e de obras no Amor, conseguia servir a Cristo no próximo.
São Martinho de Porres, destacou-se pela humildade, piedade e caridade. Numa sociedade preconceituosa, Martinho manisfestou a predileção de Deus pelos mais pobres e sofredores.
São Martinho de Porres: “Martinho da Caridade”
Martinho nasceu em 1597. Era filho de um nobre da Ordem de Alcântara (uma Ordem Militar criada ainda na época do Reino de Leão, pré-unificação espanhola), João de Porres, e de uma escrava alforriada chamada Ana Velásquez. Não viveu na bastardia; foi reconhecido pelo pai, que os levou a Guayaquil (no Equador)
Pelos seus conhecimentos médicos, assumiu a enfermaria do Convento de Nossa Senhora do Rosário, em Lima. Frei Martinho transformou a enfermaria no seu centro de ação. A ela levava todos os enfermos que encontrava na rua, mesmo aqueles com maior perigo de contágio. Isso lhe foi proibido pelos superiores. Mas a caridade do santo não tinha limites. Por isso, preparou na casa de sua irmã, que vivia a duas quadras do convento, uns aposentos para receber esses doentes. E lá os ia tratar com suas mãos até que sarassem ou entregassem a alma a Deus.
Além de todas essas atividades, Frei Martinho saía também do convento para pedir esmolas para seus pobres e para os sacerdotes necessitados. Conhecendo sua prudência e caridade, muitos o encarregavam de distribuir suas esmolas, inclusive o Vice-Rei, que lhe dava 100 pesos mensais para isso.
Finalmente Frei Martinho, com o corpo gasto pelo excesso de trabalho, jejum contínuo e penitência, sucumbiu aos 60 anos. Ao seu leito de moribundo acorreram o Vice-rei, Bispos, eclesiásticos e todo o povo que conseguiu entrar. Seu funeral foi uma glorificação. Todos queriam venerar aquele santo mulato que nunca procurara sua própria glória, mas somente a de Deus.
Ó Senhor Deus, que exaltais os humildes e em sua pequenez, deixais brilhar Vossa grandeza e Vosso poder, fazei que, pela intercessão de São Martinho, possam os enfermos e os moribundos alcançar a saúde e o consolo, e que o testemunho de sua fé e de seu amor por Vós ilumine o último dia de nossa vida. Amém.
Fonte: ocatequista e catolicismo.
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