10.11.2015 -Nota de www.rainhamaria.com.br
A Igreja Católica define de forma muito clara (CIC 65, 66) que a revelação pública, oficial, está concluída e é a que vemos nos livros canônicos da Bíblia. Corresponde à fé cristã compreender gradualmente seu conteúdo.
Isso não impede que haja revelações privadas (CIC 67), que não melhoram nem completam a Revelação definitiva de Cristo, mas sim podem ajudar a vivê-la mais plenamente em uma determinada época histórica. Ou seja, pode haver livros inspirados, mas não canônicos.
O especialista François Michel Debroise nos dá uma informação muito completa sobre o tema.
Maria Valtorta, mística italiana falecida em 1961, foi um exemplo de alma extraordinária com vida extraordinária. Foi uma das 18 grandes místicas marianas. Aos 23 anos, um anarquista a espancou com uma barra de ferro, deixando-a com limitações físicas. Ficou 9 anos de cama. E uniu todas as suas dores à paixão de Jesus.
Seu confessor, ao ver a grandeza dessa alma, pediu-lhe que escrevesse sua biografia. Tudo isso aconteceu em plena guerra mundial. Depois de escrever sua biografia, de 1943 a 1950, ela começou a receber uma série de visões, que transcreveu em 17 volumes, entre eles sua obra mais conhecida e polêmica: “O Evangelho como me foi revelado”. Em 4800 páginas, ela relata a vida de Cristo, dia a dia.
O Papa Paulo VI apoiou a leitura da obra de Maria Valtorta, assim como o Padre Pio. A Madre Teresa de Calcutá era uma leitora assídua dos seus escritos. A celebração dos 50 anos da morte de Maria Valtorta foi acompanhado por altas personalidades da Igreja.
Do ponto de vista histórico, os biblistas se surpreendem com como uma pessoa que não teve estudos possa ter um conhecimento tão detalhado.
O leitor desta narração fica preso, porque a obra o introduz nas cenas da vida de Jesus como um espectador presente. É uma narração extraordinária do ponto de vista teológico, histórico e científico. (Fonte: Aleteia)
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Em verdade, em verdade, Eu vos digo que não é difícil servir ao Senhor. Basta amar. Amar o verdadeiro Deus, amar o próximo, seja ele quem for.
Diz Jesus:
“Discípulos e discípulas aqui reunidos em Nome do Senhor, ou atraídos até aqui pelo desejo da Verdade, um desejo que vem também de Deus, que quer luz e verdade em todos os corações, ouvi.
Nesta tarde foi-nos concedido estarmos todos unidos, justamente quando a maldade quer dispersar-nos, e o procura fazer. E nem vós, de sentidos limitados, sabeis como é profunda e extensa esta união, verdadeira âncora das futuras, que se farão, quando o Mestre não estiver mais entre vós, com o seu corpo, mas estiver em vós com o seu espírito. Então é que vós sabereis amar. Então é que sabereis praticar. Por enquanto sois como meninos ainda no seio. Então, sereis como adultos, e podereis sentir o gosto de todos os alimentos, sem que eles vos façam mal. Então, sabereis dizer como Eu digo: “Vinde a Mim, vós todos, porque somos irmãos, e por todos Ele se imolou.”
Há prevenções demais em Israel! Todas elas são flechas que lesam a caridade. Eu falo a vós, ó fiéis, abertamente, porque entre vós não há traidores, nem os que estão cheios desses preconceitos que dividem, que se transformam em incompreensão, em obstinação, em ódio contra Mim, que vos mostro os caminhos do futuro. Eu não posso falar de modo diferente. E, de agora em diante falarei menos, porque vejo que as palavras são inúteis, ou quase inúteis. Vós tendes ouvido já palavras para santificar-vos e instruir-vos de um modo perfeito. Mas pouco progredistes, especialmente vós, homens meus irmãos, porque a palavra vos agrada, mas não a pondes em prática. De agora em diante, e com uma medida cada vez mais apertada, Eu vos mandarei fazer o que devereis fazer, quando o Mestre tiver voltado para o Céu, do qual Ele veio. Eu vos farei assistir ao que é o sacerdote do futuro. Mais do que as minhas palavras, observai os meus atos, repeti-os, aprendei-os, uni-os ao ensinamento. Só então é que vos tornareis discípulos perfeitos.
Que fez e que vos mandou fazer hoje o Mestre? A caridade, em suas mil formas. A caridade para com Deus. Não oração somente vocal, ritual. Mas a caridade ativa, que, se renova no Senhor, que se despoja do espírito do mundo, das heresias do paganismo, o qual não existe apenas nos pagãos, mas que existe também em Israel, com os mil costumes que vieram substituir a verdadeira Religião, santa, aberta, simples, como tudo o que vem de Deus. Não fazendo atos bons, ou aparentemente tais, só para serdes louvados pelos homens, mas ações santas para merecerdes o louvor de Deus.
Quem nasceu, tem que morrer. Vós sabeis disso. Mas a vida não termina com a morte. Ela continua ou transforma, e por toda a eternidade, com um prêmio para quem tiver sido justo, e com um castigo para quem foi mau. Este pensamento de que certamente haverá um julgamento não é para que ninguém fique parado durante a vida, nem na hora de morrer, mas que ele seja um estímulo e um freio; estímulo para praticar o bem, e freio que nos detém para que não pratiquemos más ações. Sede, pois, verdadeiros amantes do verdadeiro Deus, agindo nesta vida sempre com o fim de merecer a vida futura.
Oh, vós que amais as grandezas, que grandeza existe maior do que a de vos tornardes filhos de Deus e, portanto, deuses? Oh, vós, que temeis a dor, que segurança tendes de não mais sofrer, como aquela que nos espera no Céu? Sede santos. Quereis fundar um reino também sobre a Terra? Percebeis que vos estão armando ciladas, estais com medo de não o conseguir? Se agísseis como santos, o conseguiríeis. Porque a mesma autoridade que nos domina, não poderá impedi-lo por mais que tenha muitas cortes, porque vós persuadireis as cortes a seguir a doutrina santa, assim como sem violência, Eu persuadi as mulheres de Roma de que aqui está a Verdade.”
“Senhor!...”, exclamam as romanas, vendo-se descobertas.
“Sim, mulheres. Escutai, e lembrai-vos disso. Eu digo aos meus seguidores de Israel, e o digo a vós, que não sois de Israel, mas que tendes um espírito justo, qual é o estatuto do meu Reino.
Nada de revoltas, nada de escravidão. Mas santificar a autoridade, impregnando-a com a nossa santidade. Será um longo trabalho, mas acabará vitorioso. Com mansidão e paciência, sem pressas estultas, sem desvios humanos, sem revoltas inúteis, obedecendo nas coisas em que o obedecer não é nocivo a alma, vós chegareis a fazer da autoridade, que agora nos domina, uma autoridade protetora e cristã. Cumpri o vosso dever de súditos para com a autoridade, como cumpris o de fiéis para com Deus. Procurai ver em toda autoridade, não um opressor, mas um vosso elevador, pois vos dá o modo de santificá-lo, de vos santificardes com o exemplo e o heroísmo.
Desejai ser, como já o sois, bons fiéis e bons cidadãos, também bons maridos, boas mulheres, santos, castos, obedientes, amorosos um para com o outro, unidos para educar vossos filhos dentro da Lei do Senhor, para serdes paternais e maternais até com os criados e com os escravos, pois eles também tem alma e corpo, sentimentos e afetos como vós tendes. Se a morte vos tira o companheiro ou a companheira, se puderdes não fiqueis desejando novas núpcias. Amai os órfãos também. Por causa do companheiro que desapareceu. E vós, servos, sede submissos aos vossos patrões e, se eles são imperfeitos, santificai-os com o vosso exemplo. Grande merecimento tereis por isso aos olhos do Senhor. No futuro, em meu Nome, não haverá mais patrões e servos, mas irmãos. Não haverá mais raças, mas irmãos. Não haverá mais oprimidos e opressores, que se odeiam, porque os oprimidos chamarão de irmãos aos opressores.
Amai-vos uns aos outros com fé, dando um ao outro a ajuda, como hoje, Eu vos vou fazer. Mas, não limiteis a ajuda somente aos pobres, aos peregrinos, aos doentes da vossa raça. Abri vossos braços a todos, assim como a Misericórdia os abre hoje para vós. Quem tem mais, dê a quem não tem, ou tem pouco.
Quem sabe mais, ensine a quem não sabe ou sabe pouco, e ensine com paciência e humildade, lembrando-se de que, na verdade, antes da minha instrução, não sabíeis nada. Procurai a sabedoria, não para brilhardes, mas como uma ajuda para andardes pelos caminhos do Senhor.
As mulheres casadas amem as virgens, e estas as casadas, e ambas dêem afeto às viúvas. Todas são úteis no Reino do Senhor. Os pobres não invejem, e os ricos não criem ódios, com a demonstração de suas riquezas e a dureza de seu coração. Cuidai dos órfãos, dos doentes, dos que não têm casa. Abri o vosso coração, até mesmo antes de abrirdes a vossa casa, porque, ainda que vós deis, mas de má vontade, não prestais a Deus uma honra, mas lhe fazeis uma ofensa, pois Ele está presente em cada infeliz.
Em verdade, em verdade, Eu vos digo que não é difícil servir ao Senhor. Basta amar. Amar o verdadeiro Deus, amar o próximo, seja ele quem for. Em toda ferida ou febre que curardes, lá estarei. Em cada desventura que socorrerdes, lá Eu estarei.
E tudo o que fizerdes a mim no próximo, se for um mal, também a Mim terá sido feito.
Quereis fazer-me sofrer?
Quereis perder o Reino da paz, quereis perder o direito de tornar-vos deuses, somente por desejardes não ser bons para com o vosso próximo?
Nunca mais seremos todos assim unidos. Virão outras Páscoas... e não poderemos estar juntos, por muitas causas. As primeiras por causa de uma pendência que, por um lado é santa, e, por outro excessiva e todo excesso é uma culpa, pela qual nós deveremos ficar separados. E nas outras Páscoas também, porque Eu não estarei mais entre vós... Mas lembrai-vos deste dia de hoje. Fazei no futuro, e não só pela Páscoa, mas sempre, o que Eu vos mandar fazer.
Eu nunca vos quis iludir, falando da facilidade com que me pertenceis. Porque pertencer-me quer dizer viver na Luz e na Verdade, mas também significa comer o pão da luta e das perseguições. Agora, porém, quanto mais fordes fortes no amor, mais fortes sereis na luta e na perseguição.
Crede em Mim. Pelo que Eu sou realmente: Jesus Cristo, o Salvador, cujo Reino não é deste mundo, cuja vinda traz paz para os bons, cuja posse quer dizer conhecer e possuir a Deus, porque verdadeiramente, quem me tem em si, e tem a si mesmo em Mim, está em Deus, e já possui a Deus em seu espírito, para tê-lo depois no Reino do Céu para sempre.
A noite chegou. Amanhã já é Parasceve. Ide. Purificai-vos, meditai, fazei uma Páscoa santa.
Mulheres de outra raça, mas de espírito reto, ide. A boa vontade que vos anima, vos sirva de caminho por onde chegar à Luz. Em nome dos pobres, como sou Eu mesmo, Eu vos abençôo por vosso óbolo generoso e vos abençôo por vossas boas intenções para com o Homem que veio trazer amor e paz sobre a Terra. Ide! E tu, Joana, e todos os que não estão mais com medo de ciladas, ide também.”
(De Jesus à Valtorta, Vol. 6, pgs. 84 a 87)
Fonte: www.provasdaexistenciadedeus.blogspot.com.br (do amigo Antonio Calciolari)
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