27.08.2015 - Nota de www.rainhamaria.com.br
A Igreja Católica define de forma muito clara (CIC 65, 66) que a revelação pública, oficial, está concluída e é a que vemos nos livros canônicos da Bíblia. Corresponde à fé cristã compreender gradualmente seu conteúdo.
Isso não impede que haja revelações privadas (CIC 67), que não melhoram nem completam a Revelação definitiva de Cristo, mas sim podem ajudar a vivê-la mais plenamente em uma determinada época histórica. Ou seja, pode haver livros inspirados, mas não canônicos.
O especialista François Michel Debroise nos dá uma informação muito completa sobre o tema.
Maria Valtorta, mística italiana falecida em 1961, foi um exemplo de alma extraordinária com vida extraordinária. Foi uma das 18 grandes místicas marianas. Aos 23 anos, um anarquista a espancou com uma barra de ferro, deixando-a com limitações físicas. Ficou 9 anos de cama. E uniu todas as suas dores à paixão de Jesus.
Seu confessor, ao ver a grandeza dessa alma, pediu-lhe que escrevesse sua biografia. Tudo isso aconteceu em plena guerra mundial. Depois de escrever sua biografia, de 1943 a 1950, ela começou a receber uma série de visões, que transcreveu em 17 volumes, entre eles sua obra mais conhecida e polêmica: “O Evangelho como me foi revelado”. Em 4800 páginas, ela relata a vida de Cristo, dia a dia.
O Papa Paulo VI apoiou a leitura da obra de Maria Valtorta, assim como o Padre Pio. A Madre Teresa de Calcutá era uma leitora assídua dos seus escritos. A celebração dos 50 anos da morte de Maria Valtorta foi acompanhado por altas personalidades da Igreja.
Do ponto de vista histórico, os biblistas se surpreendem com como uma pessoa que não teve estudos possa ter um conhecimento tão detalhado.
O leitor desta narração fica preso, porque a obra o introduz nas cenas da vida de Jesus como um espectador presente. É uma narração extraordinária do ponto de vista teológico, histórico e científico. (Fonte: Aleteia)
FOI POR VOCÊ
Jesus diz:
A PARTIR DAQUI, Eu te farei conhecer as dores da Paixão como foram acontecendo. Aquelas dores que mais ferem a vossa mente, quando nelas meditais.
Mas vós meditais nelas muito pouco. Pouco demais. Não refletis em quanto foi que Me custastes, nem em qual foi a tortura da qual dependeu a vossa salvação. Vós que vos lamentais por qualquer pequeno arranhão, por um esbarro em alguma esquina, por uma pequena dor de cabeça, nem pensais como Eu era todo uma chaga viva e que todas aquelas chagas estavam envenenadas com tantas coisas, que só aquelas coisas já serviam de tormento para o Criador delas, porque torturavam o já torturado Filho de Deus, sem respeito ao Pai das Criaturas, que as havia criado.
Mas não eram as coisas que eram culpadas. O culpado era ainda e sempre o homem. Ele era o culpado desde o dia que deu ouvidos a Satanás no Paraíso Terrestre. Nem espinhos, nem tóxicos, nem ferocidade tinham, até aquele momento, as coisas criadas para o homem, que era a criatura seleta. Ao homem Deus havia feito rei, pois o fez à sua imagem e semelhança, em seu amor paternal, e não tinha querido que as coisas pudessem servir de insídia para ele. Foi Satanás quem inventou a insídia. Primeiramente no coração do homem. Depois ela pariu para o homem, como uma punição pelo pecado, os abrolhos e os espinhos.
E eis que Eu, o Homem, tive que sofrer até das coisas usadas contra Mim, além de ter que receber as ofensas das pessoas. Estas é que me insultavam, me maltratavam, enquanto que aquelas foram as armas de que as pessoas fizeram uso.
A mão de Deus havia feito o homem para distingui-lo das criaturas brutas. A mão de Deus havia ensinado ao homem a usar das coisas, a usar da mão que o Senhor havia posto a serviço da mente, tornando-a executora das ordens dadas pela mente, esta coisa que há em vós, e que é uma coisa tão perfeita, que devia ter tido somente carícias para com o Filho de Deus, do qual ela havia recebido somente carícias e cura, quando estivesse doente. Mas ela se revoltou contra o Filho de Deus e o atacou com bofetadas, com os punhos, e se armou com os flagelos, tornando-se como uma tenaz para arrancar-lhe os cabelos e a barba, e como um martelo para fincar os cravos.
Os pés do homem, que deveriam somente correr pressurosos para irem adorar ao Filho de Deus, tornaram-se velozes para irem capturar-me, para irem empurrar-me e arrastar-me ao longo das ruas pelos meus carrascos e atacar-me com pontapé, de um modo tal como nem com um burro renitente é permitido fazer.
A boca do homem, da qual o homem deveria fazer uso só para dizer as palavras, a Palavra, que é um dom dado unicamente ao homem entre todos os animais, que foram criados para louvar e bendizer o Filho de Deus, encheu-se de blasfêmias, que ele lançou, junto com sua baba, contra a minha pessoa.
A mente do homem, que é a prova de sua origem celeste, barrou a si mesma para cogitar tormentos de um refinado rigor.
O homem, tudo de si mesmo o homem usou, em cada uma de suas partes, para torturar o Filho de Deus. Ele chamou a terra com o que ela possuía, para ajudá-lo a torturar. Das pedras das torrentes ele fez projéteis para me ferir, dos galhos das árvores fez cacetes para me bater, do cânhamo retorcido fez laços para arrastar-me, cortando minhas carnes, dos espinhos fez uma coroa, que era como um fogo ao redor de minha cabeça já cansada, dos minerais fez um áspero flagelo, dos caniços fez instrumentos de tortura, das pedras da rua fez tropeços para os pés vacilantes daquele que ia subindo, já quase morto para acabar de morrer pregado na cruz.
E as coisa da terra, uniam-se as do céu. O frio da manhã, para o meu corpo já exausto pela agonia no horto, o vento que faz doer mais as feridas, o sol, que aumenta o calor e a febre, e traz as moscas junto com a poeira, que ofusca os olhos cansados, e aos quais as mãos amarradas não podem proteger.
E as coisas do céu unem-s as fibras que foram dadas ao homem para cobrir a sua nudez, pois o couro se transforma em um flagelo, a lã das roupas se apega às chagas feitas pelos flagelos e produzindo uma tortura pelo atrito e dilaceração, a cada movimento.
Tudo, tudo serviu para atormentar o Filho de Deus. Ele, pelo qual todas as coisas foram criadas, na hora em que a Vítima foi oferecida a Deus, teve todas as coisas contra Si. Não teve nenhum consolo, Maria, o teu Jesus, de quem quer que fosse. Como umas víboras ferozes, tudo o que existe se pôs a morder-me as carnes, a aumentar o meu sofrimento. Seria bom pensar, quando sofreis, e, comparando as vossas imperfeições com a minha perfeição, e a minha dor com a vossa, reconhecer que o Pai vos ama a vós, como Me amou, naquela hora, e amá-lo por isso com todo o vosso ser, como Eu o amei, apesar do seu rigor.
(O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta, vol. 10, pgs. 37,38,39)
Fonte: www.provasdaexistenciadedeus.blogspot.com.br (do amigo Antonio Calciolari)
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