Maria Valtorta, mística italiana, que teve revelações de Jesus: Jesus diz ao inocente menino, porque sempre reza à hora nona


23.08.2015 - Nota de www.rainhamaria.com.br

A Igreja Católica define de forma muito clara (CIC 65, 66) que a revelação pública, oficial, está concluída e é a que vemos nos livros canônicos da Bíblia. Corresponde à fé cristã compreender gradualmente seu conteúdo.

Isso não impede que haja revelações privadas (CIC 67), que não melhoram nem completam a Revelação definitiva de Cristo, mas sim podem ajudar a vivê-la mais plenamente em uma determinada época histórica. Ou seja, pode haver livros inspirados, mas não canônicos.

O especialista François Michel Debroise nos dá uma informação muito completa sobre o tema.

Maria Valtorta, mística italiana falecida em 1961, foi um exemplo de alma extraordinária com vida extraordinária. Foi uma das 18 grandes místicas marianas. Aos 23 anos, um anarquista a espancou com uma barra de ferro, deixando-a com limitações físicas. Ficou 9 anos de cama. E uniu todas as suas dores à paixão de Jesus.

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Seu confessor, ao ver a grandeza dessa alma, pediu-lhe que escrevesse sua biografia. Tudo isso aconteceu em plena guerra mundial. Depois de escrever sua biografia, de 1943 a 1950, ela começou a receber uma série de visões, que transcreveu em 17 volumes, entre eles sua obra mais conhecida e polêmica: “O Evangelho como me foi revelado”. Em 4800 páginas, ela relata a vida de Cristo, dia a dia.

O Papa Paulo VI apoiou a leitura da obra de Maria Valtorta, assim como o Padre Pio. A Madre Teresa de Calcutá era uma leitora assídua dos seus escritos. A celebração dos 50 anos da morte de Maria Valtorta foi acompanhado por altas personalidades da Igreja.

Do ponto de vista histórico, os biblistas se surpreendem com como uma pessoa que não teve estudos possa ter um conhecimento tão detalhado.

O leitor desta narração fica preso, porque a obra o introduz nas cenas da vida de Jesus como um espectador presente. É uma narração extraordinária do ponto de vista teológico, histórico e científico. (Fonte: Aleteia)

 

JESUS DIZ AO INOCENTE MENINO, PORQUE SEMPRE REZA À HORA NONA

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 Oh! Marziam! Que estás fazendo aqui sozinho?

“Eu estava olhando para Ti. Há muitos dias que te venho olhando.”
Todos tem olhos, mas nem todos vêem as mesmas coisas.
“Eu tenho visto que Tu, de vez em quando, te pões sozinho... Nos primeiros dias, eu pensava que estivesses ofendido por alguma coisa. Mas depois eu vi que Tu o fazes sempre, nas mesmas horas, e que a Mamãe, que sempre te consola quando estás triste, não te diz nada, quando ficas com aquele rosto. Mas, ao contrário, se Ela estava falando, se cala, e se recolhe toda. Ela também. Eu vejo, sabes? Porque eu olho sempre para Ti e para Ela, para fazer o que vós estiverdes fazendo. Eu perguntei aos apóstolos que é que ficas fazendo, pois certamente ficas fazendo alguma coisa. Eles me disseram: “ Ele reza.” E eu lhes perguntei: “Que Ele diz?” Ninguém me respondeu, porque eles não sabem. Hoje eu vim atrás de Ti, todas as vezes que te vi ficar com aquele rosto, e fiquei olhando, quando estavas rezando. Mas, não é sempre o mesmo o teu rosto. Nesta manhã, ao romper do dia, parecias um anjo de luz. Olhavas para as coisas com certos olhos, que eu creio que as trevas mais do que o sol, tanto as coisas, como as pessoas. E depois olhavas para o céu, e tinhas o rosto que tens, quando à mesa, ofereces o pão. Mais tarde, quando íamos atravessando aquela cidadezinha, Tu te foste colocar sozinho, no último lugar, e me parecias um pai, pois estavas muito ansioso para dizer, enquanto ias passando, palavras boas aos pobres daquele lugar. A um deles, Tu disseste: “Suporta com paciência, que logo Eu te aliviarei, e aliviarei aos outros teus companheiros.” Era o escravo daquele homem mau, que atiçou contra nós os seus cães. Depois, enquanto se preparava a comida, Tu ficavas olhando para nós, com olhos cheios de bondade e de amor. Parecias uma mãe... Mas agora o teu rosto tem sido de dor... Que estás pensando, Jesus, nessas horas, sempre que ficas assim? E também, às vezes pela tarde, se não estou dormindo, eu te vejo muito sério. Tu me dizes como rezas, e por quê rezas?”

Certamente, Eu te direi. E assim tu rezarás comigo.
O dia quem no-lo dá é Deus. O dia todo: tanto em sua parte luminosa, como na escura, tanto o dia, como a noite. É um dom de Deus podermos viver e ver a luz. É um meio de santificação a vida que vivemos. Não é verdade? Então é necessário santificar os momentos do dia inteiro, para conservar-nos em santidade e termos sempre presente em nosso coração, o Altíssimo e as suas bondades e, durante esse mesmo tempo, deter longe o demônio. Observa os passarinhos. Ao primeiro raio do sol, ele já cantam. Eles bendizem a luz. Também nós devemos bendizer a luz, que é um dom de Deus, e bendizer a Deus, que a concede, a Deus, que é a Luz. Ter desejo dele, desde a primeira luz da manhã, como para pôr um selo de luz, uma nota de luz, sobre todo o dia que vem chegando, a fim de que ele seja todo luminoso e santo. E unir-se a todas as criaturas para cantar hosanas ao Criador. Depois, como as horas vão passando, com o seu passar elas nos levam a verificar quanta doe e ignorância há neste mundo, e então é preciso rezar também para que as dores sejam aliviadas, para que a ignorância cesse, e Deus seja conhecido, amado, louvado por todos os homens que, se conhecessem a Deus, seriam sempre consolados também em seus sofrimentos. E na hora de sexta, rezar por amor à família. Saborear este dom de podermos estar unidos com quem nos ama. Isto também é um dom de Deus. E rezar para que o nosso alimento não se transforme de alimento em pecado. E, ao pôr-do-sol, rezar, pensando que a morte é o pôr-do-sol que nos espera a todos nós. Então, rezemos para que o nosso pôr-do-sol, tanto o de cada dia, como da vida inteira, seja sempre realizado com nossa alma em estado de graça. E, quando se acenderem as luzes, rezai para dar graças por mais um dia que se foi, e para pedir proteção e perdão, a fim de podermos entregar-nos ao sono, sem medo de sermos julgados sem estarmos preparados, e dos assaltos dos demônios. Rezai, enfim, durante a noite, --- mas isto é para aqueles que não são mais meninos --- em reparação pelos pecados da noite, para afastar Satanás dos fracos, a fim de que nos culpados nasçam a reflexão, a contrição e os bons propósitos, que deverão tornar-se realidades, ao nascer do sol. Aí está como há de rezar, e porque é que reza um justo, durante o dia inteiro.

“Mas não me disseste porque é que te apartas dos outros, ficas sério e com um ar grave, à hora nona...”

Porque, Eu digo: Pelo sacrifício desta hora, venha o teu Reino ao mundo, e sejam redimidos todos aqueles que crêem no teu Verbo. Dize assim também tu.

“Que sacrifício é? O incenso, como disseste, se oferece pela manhã e à tarde. As vítimas também na mesma hora todos os dias, sobre o altar do Templo. Depois, as vítimas, que são um cumprimento de votos, ou expiações. Essas se oferecem em todas as horas. A hora nona não está indicada para nenhum rito especial.”

Jesus pára, segura o menino pelas duas mãos, e o levanta, conservando-o firme diante de Si, e, como se estivesse recitando um salmo, com o rosto levantado, diz: E entre a sexta e a nona, Aquele que veio como Salvador e Redentor, Aquele do qual falam os profetas, consumará o seu sacrifício, depois de ter comido o pão amargo da traição, e dado o doce Pão da Vida, depois de ter-se exprimido a Si mesmo como um cacho o é na tina, e depois de ter usado a Si mesmo para matar a sede dos homens e das ervas, de ter feito para Si púrpura de Rei com o seu sangue, depois de ter recebido uma coroa, de ter em suas mãos o cedro, e de ter transportado o seu trono para um lugar alto a fim de que pudesse ser visto por Sião, por Israel e pelo mundo. Levantado, com a purpurina veste de suas chagas inumeráveis, no meio das trevas, para fazer brilhar sua Luz, na morte para dar Vida, Morrerá na hora nona e o mundo será redimido.

Marziam, espantado e muito pálido, olha para Ele, dando sinal com seus lábios e com seus olhos assustados, de uma grande vontade de chorar. E, com uma voz sem firmeza, diz: “Mas o Salvador és Tu. E, então, serás Tu que irás morrer naquela hora?
As lágrimas começam a correr-lhe ao longo das faces e a pequena boca as vai bebendo, enquanto, entreaberta, espera ainda um desmentido.

Mas Jesus diz: “Serei Eu, ó pequeno discípulo. E por ti também.
E, como o menino prorrompe em convulsivos soluços, Ele o aconchega sobre o seu coração, e diz:
Ficas triste se Eu morrer?

Oh! Minha única alegria! Eu não quero isto! Eu... Faze-me morrer no teu lugar...

Tu terás que pregar-me por todo o mundo. Está dito. Mas escuta. Eu morrerei contente, porque sei que tu me amas. E depois ressuscitarei. Tu te lembras de Jonas? Ele saiu mais bonito do ventre da baleia, descansado, forte. Eu também e virei logo a ti, e te direi: “Pequeno Marziam, o teu pranto me tirou a sede. O teu amor me fez companhia no sepulcro. Agora, Eu venho dizer-te:“ Sê meu sacerdote”, e Eu te beijarei, tendo então em Mim o odor do Paraíso”.

Mas, eu, onde estarei? Não estarei com Pedro? Ou com a Mãe?

Eu te salvarei das ondas infernais naqueles dias. Aos mais fracos e aos mais inocentes Eu os salvarei, menos a um... Marziam, pequeno apóstolo, queres ajudar-me a rezar para aquela hora?

Oh! Sim, Senhor! Mas, e os outros?

Este é um segredo entre Mim e ti. Um grande segredo. Porque Deus gosta de revelar-se aos pequenos... Não chores mais. Sorri, agora, pensando que depois Eu não sofrerei nunca mais e me lembrarei somente de todo o amor dos homens, e, em primeiro lugar, do teu.
Vem, vem. Olha como os outros estão longe. Vamos dar uma corrida para alcançá-los, e Jesus o põe no chão, depois pega-o pela mão e se põem a correr, até se reunirem ao grupo.

(O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta, Vol. 4, pgs. 449 a 451,452)

Obs: Mais um texto que me fez chorar. Algo dentro de mim pegou fogo, e logo em seguida se transformou em lágrimas, lágrimas de uma intensa alegria interior.
Que felicidade a minha, por estar deixando conhecidas as palavras do Verbo de Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo.
O meu blog é isto: o desejo sincero de que o maior número de pessoas conheçam a doutrina de Deus, e as pratiquem.

Para quem não sabe, esta é a explicação do horário mencionado por Jesus no texto acima.

CALENDÁRIO JUDAICO.
Cada período, dividido em quatro partes de três horas cada, denominados:

Primeira hora: Iniciava-se no levante do Sol
Terceira hora: Iniciava-se as 9 horas
Sexta hora: Iniciava-se ao meio dia
Nona hora: Iniciava-se as 3 da tarde

Fonte: www.provasdaexistenciadedeus.blogspot.com.br  (do amigo Antonio Calciolari)

 

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