Moradores de rua contam histórias de vida e motivos para estarem nas ruas: Somos todos invisíveis. Nossa presença não faz diferença para ninguém


05.08.2015 -

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 "Somos todos invisíveis. Nossa presença não faz diferença para ninguém, apenas para aqueles que passam por nós e sentem medo ou raiva. Acham que todos são vagabundos, mas estão enganados. Eu sou um homem de bem, de família, estou aqui de passagem, apenas por acaso".

Essas são as palavras de um homem que vive há dois anos nas ruas da Serra, na Grande Vitória. Por vergonha da situação, ele preferiu não se identificar, mas resolveu contar a um pouco de sua história.

Além dele, outros moradores de rua tiveram coragem para contar ao G1 os motivos que os levaram a viver sob marquises, sem amparo de um amigo, família e até mesmo do poder público.

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Quando a equipe de reportagem se aproximou e disse que faria companhia ao grupo ao longo da noite, até o dia clarear, muitos se espantaram, outros duvidaram e alguns se aproximaram. A final, não é sempre que eles recebem visitas, além daqueles que chegam para ficar.

A equipe precisava de um tempo para ganhar a confiança e saber mais sobre eles. Um, bem exaltado, logo avisou que não queria aparecer em nada. Este foi logo contido e acalmado pela maioria.

A reportagem foi convidada a ver televisão. Um 'gato' de energia elétrica possibilitava o grupo, de mais de 60 pessoas, a ter esta 'mordomia'. "Precisamos saber o que está acontecendo no mundo", brincou um morador ao ser questionado sobre a energia elétrica e o televisor.

O único sofá, surrado e forrado com um lençol, estava disponível. Em frente, colchões e papelões estavam estendidos e muita gente esperava o sono chegar.

Alguns moradores se ofereceram para dividir com a equipe de reportagem o cobertor, a barraca improvisada e até um feijão. Mas o G1 estava ali, naquela noite de segunda-feira (22), para ouvi-los e entender por que durante o dia eles têm abrigo e a noite são colocados para fora.

Sebastião Luiz Ramalho, de 53 anos, e era morador de Campo Grande, em Cariacica. Ele contou que há oito anos mora nas ruas da Grande Vitória. Sebastião disse que o principal motivo para estar nas ruas foi a morte do filho, aos 15 anos.

"Meu filho teve um tumor na cabeça. Os médicos disseram que fizeram tudo para salvar a vida dele, mas não teve jeito. Deus levou o meu filho com apenas 15 anos. Foi um choque para mim. Não consegui me reerguer e estou aqui por causa desses problemas da vida", relembrou.

Sebastião reclamou das dificuldades do dia a dia. "Convive no frio, somos maltratados, pior que cachorro, a gente sofre dia por dia. Não temos condições nenhuma, tudo é precário, o negócio é dureza. As pessoas acham que todos os moradores de rua são vagabundos, mas não são, nem todos, muitos estão na rua não porque querem é porque dependem mesmo. Tenho vontade de melhorar de vida, ter minhas coisas”, disse Sebastião.

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Por causa da idade, o morador disse que precisa de atendimento médico, mas nem sempre consegue. “Eu preciso de médico e quando a gente vai, não somos bem atendidos. Preciso ir ao dentista e tratar as minhas vistas. É difícil para todo mundo aqui”, relatou.

Sebastião Luiz Ramalho disse para reportagem que queria cantar um louvor que fica na mente diariamente. “Vou cantar o louvor porque eu estou na rua, para Deus restituir tudo o que eu perdi. Tudo o que foi embora, tudo o que já morreu, levante do chão erga o clamor. Restitui. Eu quero de volta o que é meu, sara -me e bota o azeite em minha dor, sara me senhor”, cantou.

Marcos Pinheiros da Conceição, de 34 anos, é de Salvador, na Bahia. Ele disse que saiu do estado por causa de conflitos e se permanecesse poderia colocar a vida da família em risco.

“Sai sem destino. Fui de Salvador a Cruz das Almas andando. Até que encontrei um caminhoneiro abençoado por Deus e me trouxe aqui. Foi descarregar um cimento e eu fiquei. Hoje me encontro aqui na rua, nesta situação. Essa aqui é a minha família. A gente briga, discute, mas a família é sempre unidade e a gente não deixa ninguém atrapalhar nossas vidas”, disse Marcos.

O morador de rua participou das reivindicações de abrigo noturno com a prefeitura e espera resposta. “Não só pra gente. Acredito que Deus não vai me deixar muito tempo nesta situação.

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Daqui eu quero sair para minha casinha, quero voltar para Salvador bem. Tem muitos que aceitam essa situação, eu não aceito nem pra mim e nem para ninguém. Creio que um dia eu vou sair daqui. Está mais perto do que nunca. Até lá gente vai levando. Queremos um lugar, à noite, para gente colocar a nossa cabeça. Isso faz muita falta”, reclamou Marcos.

Fonte: G1

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Lembrando o artigo publicado em 22.03.2015

O que dói não é só a fome, nem a solidão, o que dói mesmo é o olhar das pessoas: Diz o teu irmão necessitado que mora na rua

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“O que dói não é só a fome, nem a solidão. O que dói mesmo é o olhar das pessoas”. É assim que Lúcia Machado, de cerca de 50 anos - prefere não falar a idade - define o sentimento de morar na rua.

Ela é um dos 1.827 moradores de rua de Belo Horizonte, de acordo com o Terceiro Censo de População de Rua de Belo Horizonte, realizado pelo Centro Regional de Referência em Drogas da Faculdade de Medicina (CRR) da UFMG em parceria com a Prefeitura.

Em contraste com este número, as vagas em centros de acolhimento institucional para essas pessoas somam 952, considerando também as que não tem vagas exclusivas para a população de rua.

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Segundo ele, a proporção de moradores de rua que convive com ideias de suicídio é muito alta. Um reflexo do sofrimento dessa população. "Existe o estigma, não se abre espaço para essas pessoas. O envelhecimento também os torna menos tolerantes a uma série de trabalhos que são propostos”, explica o especialista.

 “Ninguém quer morar na rua” O morador de rua Edivânio Silva, de 40 anos, discorda. “Ninguém quer ficar aqui, isso não é vida pra ninguém”, diz.

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Ele faz parte da maioria (94%) dos moradores de rua de BH que, segundo o levantamento, deseja sair das ruas. (Fonte: Jornal O Tempo)

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Nota final de www.rainhamaria.com.br

Moradores de rua de São Paulo, sofrem com sede, fome e sem tomar banho

Segundo reportagem do Jornal Folha de SP,  moradores de rua do centro de São Paulo, reclamam que estão sem água para beber e sofrem com sede. Também não conseguem mais tomar banho devido a falta de água. Como se já não bastasse a fome e dormir nas ruas passando frio.

A população de rua diz que os comerciantes estão negando um simples copo de água e proibem que até que se possa encher garrafas. Moradores de rua ainda dizem que as opções que tinham para conseguir água, eram algumas poucas torneiras públicas da prefeitura, mas foram retiradas. Passam a depender da ajuda de pessoas que trazem garrafas de água mineral para não ficarem com sede.

Um morador de rua declarou: Peço água nos bares e ninguém dá. Também estou há dois dias sem tomar banho.

Os comerciantes se defendem e dizem que o abastecimento de água na região é interrompido as 17h00, deixando as torneiras secas, não só para os pedintes de rua, mas também para eles. Dizem, que infelizmente com o grande aumento da conta de água, não podem mais permitir que os moradores de rua encham centenas de garrafas e galões de água.

Então...vamos resumir em poucas palavras a situação dos moradores de rua do centro de São Paulo.

RESUMO DA SITUAÇÃO...

SEM ÁGUA PARA BEBER , SEM BANHO...

DORMINDO NAS CALÇADAS, PASSANDO FRIO, COM FOME...

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O CENTRO DE SÃO PAULO VIROU UM CAMPO DE CONCENTRAÇÃO A CÉU ABERTO.

MAS ASSIM DISSE SUA MAJESTADE REI JESUS...

"Perguntar-lhe-ão os justos: - Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber?
Quando foi que te vimos peregrino e te acolhemos, nu e te vestimos?
Quando foi que te vimos enfermo ou na prisão e te fomos visitar?
Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes". (São Mateus 25, 34 -40)

 

VEJA TAMBÉM...E JUNTE-SE A NÓS...

Os moradores de rua necessitados de Porto Alegre agradecem a bondade dos corações misericordiosos: Quem ajuda o pobre empresta a Javé, que lhe dará a recompensa devida (Provérbios 19, 17)

Lembrando São João Crisóstomo: Existirá verdadeiro cristão que não se preocupa com seu próximo?

 


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