31.07.2015 -
Clelia Barbieri nasceu em Le Budrie, perto de Bologna, na Itália, em 13 de fevereiro de 1847 e morreu aos 23 anos em 13 de julho de 1870. Sua curta vida foi marcada por uma intensa vida apostólica (foi a fundadora de mais tenra idade de uma comunidade religiosa na história da Igreja Católica - a Congregação das Irmãs Mínimas de Nossa Senhora das Dores) e por prodígios maravilhosos.
Clelia tinha apenas 20 anos quando, já tendo feito os votos privados de pobreza, de castidade e de obediência, inspirou uma pequena comunidade de jovens mulheres devotas a uma vida de apostolado, caridade e assistência aos mais pobres. A primeira casa religiosa foi inaugurada em Le Budrie em primeiro de maio de 1868; as mulheres dedicavam-se à oração, leitura espiritual e trabalho, que consistia de costura, fiação e tecelagem. E diversos fatos sobrenaturais como curas, premonições e donativos que chegavam nas horas mais precisas, marcaram o início da pequena comunidade. Clélia prenunciou ainda o desenvolvimento da congregação e sua morte para breve.
Com efeito, doente de tuberculose, morreu em 13 de julho de 1870, com apenas 23 anos de idade, quando a comunidade tinha somente cerca de uma dezena de jovens mulheres. Suas últimas palavras foram proféticas: 'Sede corajosas porque eu estou indo para o Paraíso; mas vou permanecer sempre convosco e nunca vos abandonarei'! Seus restos mortais repousam na capela da igreja da ordem em Le Boudrie (que foi elevada a santuário em 1993). A congregação recebeu posteriormente a denominação e a aprovação formal pelo Vaticano e atualmente compreende trinta e cinco instituições na Itália, e casas da ordem foram abertas na Índia e na Tanzânia, fundamentadas nas regras de vida de sua santa e jovem fundadora. Mas o seu maior prodígio estaria além da morte.
Exatamente um ano após a morte de Clelia, as irmãs estavam reunidas em oração na capela, quando começaram a entoar um coro. Neste momento, ocorreu um fato espantoso: o som claríssimo de uma voz aguda, harmoniosa e celestial começou a acompanhá-las no coro; uma voz extraordinária - a voz de Clelia - que podia ser ouvida e sentida como um fluxo de ar entre as irmãs. Tomadas de espanto, mas também de um júbilo especial, as irmãs encerraram o coro. Em seguida, resolveram passar a noite em adoração ao Santíssimo Sacramento, em uma igreja próxima (porque não disponível na capela). E o fato extraordinário se reproduziu: a mesma voz as acompanhou durante todas as orações e por toda a noite! E, desde aquele dia, tem sido uma companhia constante às casas da ordem, nos mais diversos ambientes e condições.
Há quase 150 anos, desde a sua morte, a voz celestial de Clelia tem sido periodicamente ouvida nas casas da ordem, acompanhando as irmãs em seus hinos, orações e leituras religiosas; acompanhando o sacerdote durante a celebração da Santa Missa na comunidade; em italiano em Le Budrie, na língua suaíli na missão da Tanzânia, na língua malayalam na missão na Índia e em latim, quando as irmãs rezam nesta língua. A escuta da voz de Clelia tem sido confirmada por centenas de testemunhas, que confirmam ouvi-la de forma claríssima como uma voz celestial, tão doce e tão harmoniosa, que não se compara a nada que possa existir neste mundo. Dezenas destes testemunhos, sob juramento perante tribunais eclesiásticos que investigaram o prodígio, levaram à beatificação solene de Clelia Barbieri em 27 de outubro de 1968 e à sua canonização pelo Papa João Paulo II, em 9 de abril de 1989. No ano seguinte, foi outorgada a ela o título de 'padroeira das catequistas'.
Fonte: www.sendarium.com
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