24.06.2015 - Nota de www.rainhamaria.com.br
A Igreja Católica define de forma muito clara (CIC 65, 66) que a revelação pública, oficial, está concluída e é a que vemos nos livros canônicos da Bíblia. Corresponde à fé cristã compreender gradualmente seu conteúdo.
Isso não impede que haja revelações privadas (CIC 67), que não melhoram nem completam a Revelação definitiva de Cristo, mas sim podem ajudar a vivê-la mais plenamente em uma determinada época histórica. Ou seja, pode haver livros inspirados, mas não canônicos.
O especialista François Michel Debroise nos dá uma informação muito completa sobre o tema.
Maria Valtorta, mística italiana falecida em 1961, foi um exemplo de alma extraordinária com vida extraordinária. Foi uma das 18 grandes místicas marianas. Aos 23 anos, um anarquista a espancou com uma barra de ferro, deixando-a com limitações físicas. Ficou 9 anos de cama. E uniu todas as suas dores à paixão de Jesus.
Seu confessor, ao ver a grandeza dessa alma, pediu-lhe que escrevesse sua biografia. Tudo isso aconteceu em plena guerra mundial. Depois de escrever sua biografia, de 1943 a 1950, ela começou a receber uma série de visões, que transcreveu em 17 volumes, entre eles sua obra mais conhecida e polêmica: “O Evangelho como me foi revelado”. Em 4800 páginas, ela relata a vida de Cristo, dia a dia.
O Papa Paulo VI apoiou a leitura da obra de Maria Valtorta, assim como o Padre Pio. A Madre Teresa de Calcutá era uma leitora assídua dos seus escritos. A celebração dos 50 anos da morte de Maria Valtorta foi acompanhado por altas personalidades da Igreja.
Do ponto de vista histórico, os biblistas se surpreendem com como uma pessoa que não teve estudos possa ter um conhecimento tão detalhado.
O leitor desta narração fica preso, porque a obra o introduz nas cenas da vida de Jesus como um espectador presente. É uma narração extraordinária do ponto de vista teológico, histórico e científico. (Fonte: Aleteia)
O DIVÓRCIO
Maria Valtorta viu e ouviu o que se segue por um milagre de Deus.
Diz Jesus:
Tu gostarias de entrar em nossa religião? Um dos preceitos Divinos dela é que a mulher é carne da carne do esposo, e que nenhuma coisa ou pessoa pode separar, o que Deus fez uma só carne. Entre nós também temos o divórcio. Mas ele veio como um fruto mau da luxúria humana, do pecado original, da corrupção dos homens. Mas não veio da vontade de Deus. Deus não muda sua palavra. E Deus havia dito, ao soprar sobre Adão, que ainda era inocente, e, por isso falava com uma inteligência ainda não ofuscada pela culpa, estas palavras: "Que os esposos, tendo-se unido, deviam ser uma só carne". Ora, a carne não se separa da carne, a não ser por algum acidente mortal, ou por doença. O divórcio mosaico, concedido para evitar pecados atrozes, não concede a mulher mais do que uma liberdade bem escassa. A divorciada assim fica, como quando passa a segunda núpcias. Portanto no juízo de Deus ela é uma infeliz, se torna-se divorciada pela aversão que lhe tem o marido, e assim fica divorciada. Mas não passa de uma pecadora, uma adúltera, se assim fica por suas próprias culpas, e se casa de novo. Mas tu, querendo entrar em nossa religião, o fazes para me acompanhar. E, então, Eu, o Verbo de Deus, quando chegar o tempo da verdadeira religião, te digo o que sempre digo a muitos. Não é permitido ao homem separar o que Deus uniu, e é sempre adúltero aquele que, tendo seu consorte vivo, passar a outras núpcias.
O divórcio é uma prostituição legal, para pôr o homem e a mulher em condição de cometer pecados de luxúria. Dificilmente fica viúva de um vivo, e viúva fiel. O homem divorciado não foi nunca fiel ao primeiro casamento. Tanto um como a outra, passando a outras uniões, descem ao nível de homens para o dos animais, aos quais é permitido mudar de fêmea a qualquer desejo da sensualidade. A fornicação legal, perigosa para a família e para a Pátria é delituosa para com os inocentes. Os filhos dos divorciados devem julgar seus progenitores. É um severo juízo, o dos filhos. Os filhos se tornam, pelo egoísmo de seus progenitores, condenados a uma vida ativa mutilada. Porque se, depois das conseqüências familiares do divórcio, que priva do pai ou da mãe os filhos inocentes, se une em novo matrimônio o cônjuge, que ficou com os filhos, vai ficar condenado a uma vida afetiva mutilada em um membro, a uma perda mais ou menos total do afeto do outro membro separado, ou totalmente dominado pelo novo amor e pelos filhos do novo casamento.
Falar de núpcias, de casamento em caso de nova união a um divorciado ou de uma divorciada é profanar o significado e a essência do que é o casamento. Somente a morte de um dos cônjuges e a viúves consecutiva do outro pode justificar as segundas núpcias. Por mais que Eu julgue que seria melhor inclinar a cabeça ao veredicto sempre justo de quem os destinos dos homens, e fechar-se na castidade, quando a morte pôs um fim ao estado matrimonial, dedicando-se toda aos filhos, e amando o cônjuge, que passou desta para a outra vida nos filhos que ele lhe deixou. Este é um amor despojado de todo materialismo, amor Santo e Verdadeiro. Pobres filhos! Conhecer depois da morte ou o desmoronamento do lar, ou a dureza de um segundo pai ou de uma segunda mãe, a angústia de ver as carícias divididas com outros filhos, que não são irmãos.
Não, na minha religião não haverá divórcio. O adultério, o pecador será aquele que quiser o divórcio civil para contrair uma nova união. A lei humana não mudará o meu decreto. O casamento em minha religião não será mais um contrato civil, uma promessa moral, feita e sancionada na presença de testemunhas para isso chamadas. Mas será um indissolúvel ligame, reforçado, solidificado e Santificado pelo poder Santificante que a ele Eu darei, fazendo dele um Sacramento. Para fazer-te compreender melhor, será um rito sagrado. Será um poder que servirá de ajuda para praticar Santamente todos os deveres matrimoniais, mas que será também uma sentença da indissolubilidade do vínculo. Até agora o matrimônio foi um mútuo contrato natural e moral entre duas pessoas de sexo diferente. Quando chegar a minha lei, ele se estenderá também á alma dos cônjuges. Tornar-se-á por isso também um contrato espiritual sancionado por Deus, através de seus ministros. Agora tu sabes que nada é superior a Deus. Por isso o que Ele tiver unido nenhuma autoridade ou capricho humano poderá desunir.
E aquilo de dizer: “ Onde tu estiveres Caio, eu Caia estarei”, conforme o vosso rito, se perpetua, para além do nosso, no meu rito, porque a morte não é o fim, mas uma separação temporária do esposo da esposa, e o dever de amar continua, mesmo depois da morte. (O Evangelho como me foi Revelado – Maria Valtorta, pgs. 253,254,255)
Fonte: www.provasdaexistenciadedeus.blogspot.com.br (do amigo Antonio Calciolari)
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