Acredite se quiser: Sueco de 73 anos fará operação para mudar de sexo
16.04.2007 - Ele sempre teve a certeza de que não era um homem. Agora, aos 73 anos, um sueco está prestes a se tornar a pessoa mais velha do mundo a trocar de sexo. "Quero morrer como uma mulher", disse Loise à BBC Brasil.
Loise é o nome escolhido por ele para viver a nova vida de mulher. Por recomendação dos médicos, a identidade real de Loise não foi revelada. Desde os anos 60, quando a Suécia realizou as primeiras cirurgias de mudança de sexo, Loise tenta se transformar em mulher. Foram muitas as consultas com os médicos encarregados de aprovar o tratamento, em vão.
Até que o psiquiatra Bengt Lundström, o mais conceituado especialista sueco em transexualismo, se interessou pelo caso. As regras para a aprovação dos casos de troca de sexo na Suécia vem se tornando cada vez menos rígidas - anteriormente, era muito mais díficil um caso ser aprovado.
"Loise é um exemplo clássico de transexualismo e uma pessoa que durante quase toda a vida lutou pela sua verdade", disse à BBC Brasil o Dr. Lundström, professor da Universidade de Gotemburgo. "Foi humilhada através dos anos e tem vivido uma vida extremamente difícil. Chegou a hora de mudar isto".
Cirurgia
Segundo o psiquiatra, a troca de sexo de Loise vai ser formalmente aprovada pelas autoridades suecas nos próximos meses. A cirurgia será realizada no prestigiado Instituto Karolinska, em Estocolmo. Mas o processo de mudança de sexo já vem sendo preparado há três anos. Durante esse período Loise tem tomado vários hormônios e desenvolveu seios de fazer inveja a muitas candidatas ao silicone.
A mudança de nome e identidade foi aprovada pelas autoridades suecas no início do ano, quando foram emitidos também seu novo passaporte e a carteira de motorista. "Foi um dia feliz", lembrou Loise.
Ela conta que tinha 3 anos quando percebeu que se sentia, na verdade, uma mulher. "Eu queria me livrar dos meus órgãos masculinos, mas minha mãe me impediu", disse.
Durante toda a infância, preferiu as roupas das irmãs. Chegava a ir à escola vestida como uma menina e jogou as calças compridas em um lago perto de casa. Na idade adulta, Loise tentou viver uma vida "normal" como homem. Chegou até a se casar - mas o casamento durou pouco. "Não consegui¿ não dava certo. Não era eu."
Vida de mulher
Durante todos esses anos, Loise sempre se vestiu e se maquiou como uma mulher. Seu armário é repleto de roupas femininas e de caixas de jóias e bijuterias.
Loise atualmente toca órgão e piano durante os cultos religiosos de uma igreja protestante no sul de Gotemburgo, onde vive. Vestida de mulher. "Ainda há os que riem de mim, quando me vêem vestida assim. Mas tenho orgulho de ser mulher", disse Loise. "Em breve, vou entrar para o (livro dos recordes) Guiness", acrescentou, rindo.
"As crianças, eu perdôo. Mas os adultos, nunca. Não se deve ridicularizar, nem humilhar uma pessoa. Não se deve ferir sentimentos. Porque nunca se sabe o que está por trás, o que leva uma pessoa a ser ou agir de uma determinada forma", disse Loise. "Algumas vezes, pensei em suicídio", revelou.
Transexuais brasileiros
Durante a entrevista à BBC Brasil, Loise mandou uma mensagem para os transexuais do Brasil. "Espero e desejo que eles obtenham ajuda. Sei a dor por que passa um transexual e desejo que também no Brasil seja possível obterem ajuda para mudar de sexo".
De acordo com o psiquiatra Bengt Lundström, as regras para a aprovação do tratamento de mudança de sexo vêm se tornando cada vez menos rígidas. Mas ele afirma que se trata de um processo responsável, já que antes da cirurgia o paciente passa por um período de dois anos de observação, em que é examinado por psiquiatras, cardiologistas e cirurgiões plásticos.
"Só após a aprovação de todos os especialistas o caso do paciente é levado ao conselho responsável pela decisão final sobre a troca de sexo", explica o medico. Na Suécia, calcula-se que uma em cada dez mil pessoas seja transexual. Desde 1992, 285 pessoas já trocaram de sexo no país.
Um novo projeto de lei, apresentado no mês passado, propõe a extinção das exigências de que uma pessoa seja solteira e esterilizada para poder fazer a mudança de sexo.
Fonte: Terra notícias
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Nota do Portal Anjo, www.portalanjo.com
A hierarquia da Igreja rejeita toda e qualquer possibilidade de equiparar o casal homo ao casal heterossexual, e considera o homossexualismo como um "pecado grave", imoral e contrário à lei natural.
A Igreja e o homossexualismo
Diante de manifestações favoráveis ao homossexualismo, parece-me oportuna uma abordagem do assunto, tranqüila e serena, dirigida aos católicos à luz dos ensinamentos da Igreja nessa matéria. Esse tema, por vezes, provoca reações apaixonadas. Prevalece, no entanto, o dever de proclamar a verdade!
Ao tratar do sexto mandamento da lei de Deus, o Catecismo da Igreja Católica (nº 2357) assim se expressa: A homossexualidade designa relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, e exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. A sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. O Catecismo não pretende propor uma explicação sobre as causas que dão origem ao homossexualismo, pois isto não é função do Magistério da Igreja, mas da Ciência, cujas conclusões estão longe de ser definitivas. Ao mesmo tempo não teme afirmar que os atos daí decorrentes são intrinsecamente desordenados. Com isso não tenciona ferir ninguém, mas simplesmente cumprir a missão de ser fiel às Sagradas Escrituras e à Tradição. A Revelação divina apresenta uma inequívoca condenação à atividade homossexual. Essa atitude relatada nos Livros Sagrados não pode ser entendida como mera acomodação a um contexto social ultrapassado.
O livro do Gênesis (19,1-29) descreve a destruição de Sodoma e Gomorra. A prática ali vigente, contra a moral, era muito difundida e tomou o nome da cidade: sodomia. Era abominável aos israelitas e punida com a morte (Levítico 18,22; 20,13). O texto sagrado não admite dúvidas: O homem que se deita com outro homem como se fosse uma mulher ambos cometeram uma abominação, deverão morrer. Esse mal era difundido entre outros povos (Levítico 20,23 e Juízes 19,22 ss). No Novo Testamento, São Paulo escreveu na Epístola aos Romanos (1,24-27): Por isso Deus os entregou a paixões aviltantes: suas mulheres mudaram as relações naturais por relações contra a natureza; igualmente os homens, deixando a relação natural com a mulher, arderam em desejo uns com os outros, praticando torpezas homens com homens e recebendo em si mesmos a paga de sua aberração. Há diversas outras citações bíblicas na mesma orientação doutrinária. Apoiado na Sagrada Escritura e na Tradição, o Magistério eclesiástico sempre declarou que os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados (Persona humana, 8). Alguns documentos emanados da Congregação para a Doutrina da Fé têm tratado amplamente do assunto. Sob o titulo Persona Humana, publicado em 1975, surgiram diretrizes precisas. Posteriormente, a 1º de outubro de 1986, veio a lume a Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre o atendimento pastoral das pessoas homossexuais. O ensinamento do Magistério está sinteticamente exposto no Catecismo da Igreja Católica (n. 2358 e ss). Aborda diversos aspectos do problema. Assim são contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados (Catecismo, nº 2357).
Devemos distinguir entre tendência e atos homossexuais. A simples inclinação não leva necessariamente à ação, pois não se pode ignorar a liberdade humana. Esta confere à pessoa a capacidade de resistir. Jamais faltará a graça de Deus a quem a busca. Assim, um homem violento, reconhecendo suas más inclinações, usa dos meios para conservar o autocontrole. Quantos sentem uma tentação para o roubo, a desonestidade, mesmo o homicídio e conseguem superar esse momento de crise! Para alcançar tal resultado, o cristão não conta apenas com suas forças porque é assistido pela ajuda divina. Possuir a tendência ao homossexualismo não significa algo ofensivo a Deus e aos homens. O pecado está no ato livremente praticado. A ofensa ao Senhor está em ceder a esse impulso, pois não falta auxílio do Altíssimo a quem o procura, para observar a ordem moral por Ele estabelecida. A Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre o atendimento pastoral das pessoas homossexuais, aprovada e publicada por ordem do Santo Padre João Paulo II, nos ensina que Deus ama o homossexual e a Igreja o vê como pessoa, para além das distinções relativas à sexualidade. A prática de atos homossexuais não é motivo de orgulho, pois eles ofendem ao Senhor. Diz o Catecismo da Igreja Católica (nº 2359): As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.
Preciosas as diretrizes contidas nesta Carta aos Bispos da Igreja Católica sobre o atendimento pastoral das pessoas homossexuais (nº 10): É de se deplorar firmemente que as pessoas homossexuais tenham sido e sejam ainda hoje objeto de expressões malévolas e de ações violentas. Semelhantes comportamentos merecem a condenação dos pastores da Igreja, onde quer que aconteçam (...). Todavia, a necessária reação diante das injustiças cometidas contra as pessoas homossexuais não pode levar, de forma alguma, à afirmação de que a condição homossexual não seja desordenada.
Toda a campanha em favor do homossexualismo, bem estruturada e muito difundida, não ajuda a resolver os males resultantes. Pelo contrário, agrava-os. Os sofrimentos decorrentes de atitudes anti-cristãs, infelizmente ainda existentes, em alguns ambientes, por vezes tornam-se mais acentuados. Propor solução não correta pode criar outros problemas. Por exemplo: elevar a união de homossexuais ao nível do matrimônio, a adoção de crianças ... Nós, cristãos, devemos combater a discriminação promovendo a dignidade da pessoa humana, amada por Deus.
Este é o ensinamento da Igreja, em nome de Cristo, transmitido a seus fiéis e às pessoas de boa vontade.
Por Dom Eugenio de Araújo Sales
Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro