Maria Valtorta, mística italiana, que teve revelações de Jesus: Parábola dos filhos distantes


05.06.2015 - Nota de www.rainhamaria.com.br

A Igreja Católica define de forma muito clara (CIC 65, 66) que a revelação pública, oficial, está concluída e é a que vemos nos livros canônicos da Bíblia. Corresponde à fé cristã compreender gradualmente seu conteúdo.

Isso não impede que haja revelações privadas (CIC 67), que não melhoram nem completam a Revelação definitiva de Cristo, mas sim podem ajudar a vivê-la mais plenamente em uma determinada época histórica. Ou seja, pode haver livros inspirados, mas não canônicos.

O especialista François Michel Debroise nos dá uma informação muito completa sobre o tema.

Maria Valtorta, mística italiana falecida em 1961, foi um exemplo de alma extraordinária com vida extraordinária. Foi uma das 18 grandes místicas marianas. Aos 23 anos, um anarquista a espancou com uma barra de ferro, deixando-a com limitações físicas. Ficou 9 anos de cama. E uniu todas as suas dores à paixão de Jesus.

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Seu confessor, ao ver a grandeza dessa alma, pediu-lhe que escrevesse sua biografia. Tudo isso aconteceu em plena guerra mundial. Depois de escrever sua biografia, de 1943 a 1950, ela começou a receber uma série de visões, que transcreveu em 17 volumes, entre eles sua obra mais conhecida e polêmica: “O Evangelho como me foi revelado”. Em 4800 páginas, ela relata a vida de Cristo, dia a dia.

O Papa Paulo VI apoiou a leitura da obra de Maria Valtorta, assim como o Padre Pio. A Madre Teresa de Calcutá era uma leitora assídua dos seus escritos. A celebração dos 50 anos da morte de Maria Valtorta foi acompanhado por altas personalidades da Igreja.

Do ponto de vista histórico, os biblistas se surpreendem com como uma pessoa que não teve estudos possa ter um conhecimento tão detalhado.

O leitor desta narração fica preso, porque a obra o introduz nas cenas da vida de Jesus como um espectador presente. É uma narração extraordinária do ponto de vista teológico, histórico e científico. (Fonte: Aleteia)

 

PARÁBOLA DOS FILHOS DISTANTES

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Maria Valtorta viu e ouviu o que se segue por um milagre de Deus.

"Ouvi. Um pai tinha muitos filhos. Uns tinham sempre vivido em estreito contato com ele, enquanto que os outros, por diversas razões estavam mais ou menos afastados do pai. Contudo, sabendo eles quais eram os desejos do pai, podiam agir como se ele estivesse presente. E outros ainda, visto que estavam mais longe e desde o dia do seu nascimento haviam sido criados entre os servos, que falavam outras línguas e tinham outros costumes, esforçavam-se para servir ao pai naquele pouco que, mais por instinto do que por terem aprendido, sabiam que lhe agradava. Um dia, o pai que não ignorava como, apesar de suas ordens, os seus servos haviam deixado de tornar conhecido os seus pensamentos por aqueles que moravam longe, porque, em seu orgulho os julgavam inferiores e não amados pelo pai, pois não moravam com ele.

Então o pai quis fazer uma reunião com toda a sua família. E mandou chamá-los todos. Pois bem. Credes vós que ele os irá julgar pelas normas do direito humano, dando a posse dos bens somente aqueles que tinham estado sempre em sua casa, e não tão longe, a ponto de ficarem impedidos de saber quais eram suas ordens e seus desejos? Pelo contrário, ele quis seguir uma norma completamente diferente e, observando bem o que faziam os que tinham sido justos por amor do pai, que eles conheciam apenas de nome, mas que tinham honrado em tudo o que faziam, chamou-os para perto de si e, lhes disse: “Duplo é o vosso mérito por serdes justos, uma vez que o fostes somente por vossa vontade e sem serdes ajudados. Vinde e ficai ao redor de mim. Bem que tendes esse direito! Os primeiros sempre me tiveram, e todas as ações deles eram reguladas pelo seu conselho e premiadas pelo meu sorriso. Vós tivestes que agir por confiança e amor. Vinde. Pois em minha casa está preparado um lugar para vós, e faz tempo que está preparado, e, meus olhos, não faz diferença ter estado sempre em casa, ou ter estado longe dela. Mas existe diferença nas ações que, perto ou longe de mim, os meus filhos tiverem realizado.”

Esta é a parábola. E sua explicação é esta: que os escribas e fariseus, que vivem ao redor do Templo, podem no Dia eterno, não estar na Casa de Deus e que muitos que estão longe, a ponto de mal saberem das coisas de Deus poderão entrar no seu Seio. Porque o que dá o Reino é a vontade do homem, empenhada em obedecer a Deus, e não empenhada em inventar e acumular regras criadas por sua ciência. (O Evangelho como me foi Revelado de Maria Valtorta.)

Fonte: www.provasdaexistenciadedeus.blogspot.com.br  (do amigo Antonio Calciolari)

 

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