A Estrada de Concessões e Pactos com o Mundo que levam ao Inferno


02.06.2015 -

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As advertências que Nosso Senhor fez a Santa Faustina não tinham outro objetivo senão o de sensibilizar as almas para implorarem a Divina Misericórdia que transborda de seu Coração Sacratíssimo sem que as pessoas A queiram aproveitar.

Nosso Senhor manifesta em numerosas ocasiões que suscitou a vocação de Santa Faustina para revelar os insondáveis tesouros da sua Misericórdia e tirar os homens do mau caminho.

Para se entender a imensa importância da devoção à Divina Misericórdia, Deus quis que Santa Faustina fosse a sua transmissora.

Mas a Divina Misericórdia não encontra eco nas almas que dela devem se beneficiar e que Nosso Senhor mais quer, em virtude de um sem-número de deformações ou defeitos.

Além dos pecados formais, há um obstáculo insidioso e muito danoso à saúde espiritual dos homens: a deformação do próprio conceito de misericórdia e de sua aplicação ao apostolado.

Desse abuso da misericórdia, que hoje infelizmente tenta se espalhar com diversos sofismas, escreveu o grande doutor da moral católica, Santo Alfonso Maria de Ligório:

“Pode ser que haja no meio de vós, meus irmãos, alguém que se encontre com a alma carregada de pecados e que – longe de pensar em se livrar deles pela confissão e pela penitência – não cessa de cometer novos pecados, sobrecarregando-se ainda mais.
“Este certamente abusa da misericórdia divina; pois, a que fim nosso Deus tão bom deixa que este pecador viva, senão para que se converta e, em consequência, escape da desgraça de perder a sua alma?”
(Sermons de S. Alphonse de Liguori, Analyses, commentaires, exposé du système de sa prédication, par le R.P. Basile Braeckman, de la Congrégation du T. S. Rédempteur, Tome Second. Jules de Meester-Imprimeur-Éditeur, Roulers, pp. 55-60, apud Revista Catolicismo, número 572, agosto/1998, página 37)

Tentando enganosamente tornar mais fácil a prática da moral, a misericórdia manipulada com abuso pretende pôr os costumes católicos mais de acordo com o mundo pecador.

Ela quereria apresentar a religião como não é: como uma via coberta de flores e facilidades para os pecadores empedernidos, mas enganados. Na realidade, agindo assim, leva-os anestesiados para a perdição eterna

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Nosso Senhor fez que Santa Faustina visse o engano dessa falsa estrada e o denunciasse a todos.

“Um dia eu vi duas estradas: uma estrada larga, coberta de areia e flores, cheia de alegria, música e vários passatempos.

“As pessoas andavam por essa estrada dançando e se divertindo. E assim chegam até o fim sem perceberem que acabou.

“No final dessa estrada havia um espantoso precipício, isto é, o abismo do inferno. As almas caíam cegamente naquela voragem, assim que iam chegando e se precipitavam dentro.

“E era um número tão grande, era impossível contá-las.

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“E eu vi uma outra estrada, ou melhor, uma senda, porque era estreita e cheia de espinhos e pedras, e as pessoas que caminhavam por ela tinham lágrimas em seus olhos e estavam cheias de dores.

“Algumas caíam sobre as pedras, mas se levantavam imediatamente e prosseguiam.

“E no final da estrada havia um estupendo jardim cheio de toda forma de felicidade e todas essas almas entravam nele. Imediatamente, desde o primeiro instante, esqueciam as suas dores” (páginas 82-83).

Visão do inferno: Nosso Senhor manda escrever o que viu

Durante os exercícios espirituais de oito dias, em 20 de outubro de 1936, a Santa relatou ter descido ao inferno por expressa vontade de Deus para contar o que ali assistiu:

“Hoje, sob a orientação de um anjo, eu estive nos abismos do inferno. É um lugar de grandes tormentos em toda a sua extensão assustadoramente grande.

“Estas são as várias penas que eu vi:

“A primeira pena constitui o inferno e é a perda de Deus;

“a segunda, os constantes remorsos de consciência;

a terceira, a consciência de que esse destino nunca vai mudar;

“a quarta pena é o fogo que penetra na alma mas não a aniquila; é um terrível castigo: é um fogo puramente espiritual, aceso pela ira de Deus;

“a quinta pena é a escuridão contínua, um horrível fedor sufocante e, embora seja tudo escuro, os demônios e as almas condenadas se veem entre si e veem todo o mal dos outros e o próprio;

“a sexta pena é a companhia constante de Satanás;

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“a sétima pena é o tremendo desespero, o ódio a Deus, as pragas, as maldições, as blasfêmias.

“Estas são as punições que todos os condenados sofrem juntos, mas este não é o fim dos tormentos. Existem tormentos especiais para diferentes almas, que são os tormentos dos sentidos.

“Cada alma é atormentada de uma maneira terrível e indescritível por onde pecou. Há cavernas horríveis, voragens de tormentos, onde cada tortura é diferente da outra.

“Eu teria morrido à vista daquelas horríveis torturas, se não me sustentasse a onipotência de Deus.

“Que o pecador saiba que será torturado durante toda a eternidade pelo sentido com o qual peca.

“Eu escrevo isso por ordem de Deus, de modo que nenhuma alma se justifique dizendo que o inferno não existe, ou que ninguém nunca foi, ou que ninguém sabe como ele é.

“Eu, Irmã Faustina, por ordem de Deus, estive nas profundezas do inferno, com a finalidade de contar às almas e dar testemunho de que o inferno existe.

“Eu não posso falar sobre isso agora. Tenho ordens de Deus para deixá-lo por escrito.

“Os demônios mostraram um grande ódio contra mim, mas por ordem de Deus tinham que me obedecer.

“O que eu escrevi é uma pálida sombra das coisas que eu vi. Uma coisa que notei, é que a maioria das almas que estão lá, são almas que não acreditavam que havia um inferno.

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“Quando voltei a mim, não conseguia me recuperar do susto pensando que lá as almas sofrem tão terrivelmente, por isso eu rezo com mais fervor pela conversão dos pecadores, e invoco incessantemente a Misericórdia de Deus para eles.

“Ó meu Jesus, prefiro agonizar até o fim do mundo nas maiores torturas, do que Vos ofender com o menor dos pecados” (páginas 276-277).

Também em Fátima, Nossa Senhora fez ver o inferno aos pastorzinhos. Durante a terceira aparição, em 13 de julho de 1917, segundo a irmã Lúcia:

    “(...) abriu de novo as mãos como nos dois meses passados. O reflexo [de luz que elas expediam] pareceu penetrar a terra e vimos como que um grande mar de fogo e mergulhados nesse fogo os demônios e as almas como se fossem brasas transparentes e negras ou bronzeadas, com forma humana...

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...que flutuavam no incêndio levadas pelas chamas que delas mesmas saíam juntamente com nuvens de fumo, caindo para todos os lados — semelhante ao cair das fagulhas nos grandes incêndios — sem peso nem equilíbrio, entre gritos e gemidos de dor e desespero que horrorizavam e faziam estremecer de pavor. Os demônios distinguiam-se por formas horríveis e asquerosas de animais espantosos e desconhecidos, mas transparentes como negros carvões em brasa”. Concordância com Fátima

Sobre a Justiça, inseparável da Misericórdia

No dia 1º de novembro de 1937, depois das Vésperas, as freiras fizeram a procissão habitual ao cemitério para visitar e rezar no túmulo das religiosas falecidas.

Santa Faustina conta:

    “Eu não podia ir porque estava na função de porteira, mas isso não me impediu de rezar por aquelas almas queridas.

    “Quando a procissão do cemitério voltou para a capela, a minha alma sentiu a presença de muitas almas. Eu entendi a grande justiça de Deus e como cada um tem que pagar até o último centavo” (p. 457).

Fonte: http://aparicaodelasalette.blogspot.com.br  e   www.rainhamaria.com.br

 

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