Da Glória de São José, Esposo da Santíssima Virgem Maria, Mãe de Deus


18.03.2015 - Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados". (São Mateus 1, 20-21)

Dia 19 de Março - Solenidade de São José

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Qui custos est Domini sui, glorificabitur — “O que é o guarda do seu Senhor, será glorificado” (Prov. 27, 18).

Sumário. Devemos ter por certo que a vida de São José, sob a vista e na companhia de Jesus e Maria, foi uma oração contínua, cheia de fé, de confiança, de amor, de resignação e de oferecimento. Visto que a recompensa é proporcionada aos merecimentos da vida, considera quão grande será no paraíso a glória do santo Patriarca. Com razão se admite que ele, depois da Bem-aventurada Virgem, leva vantagem a todos os demais Santos. Por isso, quando São José quer obter alguma graça para seus devotos, não tanto pede, como de certo modo manda a Jesus e Maria.

I. A glória que Deus confere no céu a seus Santos é proporcionada à santidade de vida que eles levaram em terra. Para termos uma idéia da santidade de São José, basta que consideremos unicamente o que diz o Evangelho: Ioseph autem vir eius, cum esset iustus (1) — “José seu esposo, como era homem justo”. A expressão homem justo significa um homem que possui todas as virtudes; porquanto aquele a quem falta uma delas, não pode ser chamado justo.

Ora, se o Espírito Santo chamou a São José justo, na ocasião em que foi escolhido para Esposo de Maria, avalia, que tesouros de amor divino e de todas as virtudes o nosso Santo não devia auferir dos colóquios e da contínua convivência com a sua santa Esposa, que lhe dava exemplos perfeitos de todas as virtudes. Se uma só palavra de Maria foi bastante eficaz para santificar ao Batista e para encher Santa Isabel do Espírito Santo, a que alturas não pensamos que deve ter chegado a bela alma de José pela convivência familiar com Maria, da qual gozou pelo espaço de tantos anos?

Além disso, que aumento de virtudes e de méritos não deve ter adquirido São José convivendo continuamente por tantos anos com a própria santidade, Jesus Cristo, servindo-O, alimentando-O e assistindo-Lhe nesta terra?

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Se Deus promete recompensar aquele que por seu amor dá um simples copo de água a um pobre, considera quão alta glória terá dado a José, que O salvou das mãos de Herodes, Lhe forneceu vestidos e alimentos, O trouxe tantas vezes nos braços e carregou com tamanho afeto. — Devemos ter por certo que a vida de São José, sob a vista e na companhia de Jesus e Maria, foi uma oração contínua, cheia de atos de fé, de confiança, de amor, de resignação e de oferecimento. Se, pois, a recompensa é proporcionada aos merecimentos ajuntados na vida, considera quão grande será a glória de São José no paraíso!

II. Santo Agostinho compara os demais Santos com estrelas, mas São José com o sol. O Padre Soares diz que é muito aceitável a opinião que depois de Maria, São José leva vantagem a todos os demais Santos em merecimento e em glória. Donde o Ven. Bernardino de Bustis conclui que São José, de certo modo, dá ordens a Jesus e Maria quando quer impetrar algum favor para os seus devotos.

Meu santo Patriarca, agora que gozais no céu sobre um trono elevado junto do vosso amadíssimo Jesus, que vos foi submetido na terra, tende compaixão de mim, que vivo no meio de tantos inimigos, maus espíritos e más paixões, que me dão combates contínuos para me fazerem perder a graça de Deus.

Ah! Pela felicidade que tivestes, de gozar na terra, sem interrupção, da companhia de Jesus e Maria, alcançai-me a graça de passar o resto de minha vida sempre unido a Deus e de morrer depois no amor de Jesus e Maria, para que um dia possa ir gozar, convosco, da sua companhia, no reino dos bem-aventurados.

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E Vós, ó meu amado Jesus, meu amantíssimo Redentor, quando poderei ir gozar-Vos e amar-Vos no paraíso face a face, seguro de não Vos poder mais perder? Enquanto viver, estarei exposto a tal perigo. Ah, meu Senhor e meu único Bem, pelos merecimentos de São José, que Vós amais e honrais tanto no céu; pelos merecimentos de vossa querida Mãe; e mais ainda, pelos merecimentos de vossa vida e morte, pelas quais merecestes para mim todo o bem e toda a esperança: não permitais que em tempo algum eu me separe nesta terra de vosso amor, a fim de que possa ir para a pátria do amor, a possuir-Vos e amar-Vos com todas as minhas forças e nunca mais em toda a eternidade afastar-me da vossa presença e do vosso amor. (II 432.)

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(A Tradição nos conta que José morreu nos braços de Nosso Senhor e de Nossa Senhora, e, por isso, se tornou o patrono da boa morte. Como São José é fidelíssimo e como na sua ladainha ele é chamada de “Alívio dos miseráveis”, na hora da nossa morte podemos confiar na graça de Cristo e nele, pois ele não deixará as nossas almas sejam tomadas pelo medo e aflição)

Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo I – Santo Afonso

Fonte: Dominus Est   e   www.rainhamaria.com.br

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Artigo do Padre José do Vale: Glorioso São José

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“Eis que o Anjo do Senhor manifestou-se a ele em sonho, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, pois o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1, 20.21).

No decorrer da História Eclesiástica, a Igreja foi reconhecendo a santidade e a fidelidade de São José, até que o Santo Padre Pio IX em 1870, no Concílio Ecumênico Vaticano I, o proclamou Patrono da Igreja Universal. O Papa Pio II proclamou São José “Patrono dos operários e do mundo do trabalho”.
São José, esposo castíssimo de Nossa Senhora. Modelo de esposo e de pai.
São José, advogados dos lares cristãos, declarado pelo Papa Leão XIII.

O dia 19 de março, a Santa Madre Igreja celebra solenemente a santidade do seu Patrono. São muitos os testemunhos sobre esse santo homem justo e piedoso, pai nutrício de Jesus. Com experiência Santa Teresa d´Ávila, através dos seus escritos, demonstra uma forte devoção particular a ele, ao registrar que, todas as vezes em que recorreu á sua intercessão, ela nunca ficou sem resposta.
A grande mística e doutora da Igreja Santa Teresa dizia: “Quem não achar mestre que lhe ensine a orar, tome São José por mestre e não errará o caminho”.

José é o pai de Jesus (Mt 1,24), agiu como o guardião de Jesus, e providenciou sustento para Jesus e para Maria, sua esposa. É por causa dessa paternidade legal de José, filho de Davi, que a profecia do Antigo Testamento, que dizia que o Messias viria da linhagem de Davi (2 Sm 7,9-16), foi cumprida.

Na Sagrada Escritura estão as principais referências a São José, e outras mais foram sendo acrescentadas ao longo dos anos. A Tradição nos conta que José morreu nos braços de Nosso Senhor e de Nossa Senhora, e, por isso, se tornou o patrono da boa morte. Como São José é fidelíssimo e como na sua ladainha ele é chamada de “Alívio dos miseráveis”, na hora da nossa morte podemos confiar na graça de Cristo e nele, pois ele não deixará as nossas almas sejam tomadas pelo medo e aflição.
A sua figura é a sua missão o Papa João Paulo II dedicou à exortação apostólica Redemptoris custos (O protetor do Redentor), publicado a 15 de agosto de 1989. Relembra o documento como os cristãos, desde os primeiros séculos, dedicaram a este santo uma particular devoção, pois “assim como cuidou com amor de Maria e se dedicou com empenho à educação de Jesus Cristo assim também guarda e protege o seu Corpo Místico, a Igreja” (nº1).
Toda a vida do glorioso São José passou-se no silêncio, na humildade, no trabalho e na proteção da Sagrada Família.

O Glorioso São José é o santo da profunda espiritualidade do silêncio.
Não consta na Bíblia o registro de suas palavras.
São José é o agente secreto do bom Deus. Tudo foi realizado corretamente na graça e na sabedoria do silêncio.
Não resta dúvida, São José é um grande mestre da excelência da vida. Ensina-nos retidão e a perfeição do bom viver.
“Se amais São José, imitai-lhe as virtudes”, diz Santo Ambrósio de Milão.
O grande homem de Deus, fundador da Congregação dos Redentoristas, bispo e doutor da Igreja, Santo Afonso de Ligório disse de forma magistral: “A verdadeira sabedoria é a sabedoria dos Santos: Saber amar a Jesus Cristo”.

ORAÇÃO

Ò Deus que nos destes São José, como exemplo de fé viva, concedei-nos imitar seus exemplos nesta vida, para vos contemplarmos na eternidade. Por Cristo Nosso Senhor, Amém!

Pe. Inácio José do Vale
Pároco da Paróquia São Paulo Apóstolo
Professor de Historia da Igreja
Faculdade de Teologia de Volta Redonda
Email: [email protected]

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