16.03.2015 - São Paulo da Cruz, estando uma noite para ir descansar na cama, ouviu de repente um grande ruído perto de seu quarto.
Crendo ser uma visita do demônio, que vinha, como de costume, perturbar o seu sono, aliás brevíssimo, deu-lhe ordem para retirar-se… Mas, repetindo-se por três vezes o estranho ruído, perguntou que era e o que queria.
- Sou, disse ao apresentar-se, a alma do sacerdote que faleceu esta tarde às seis e meia e venho comunicar-lhe que estou no Purgatório por não me haver emendado dos defeitos de que o Sr. me repreendeu muitas vezes. Oh! quanto sofro! Parece-me ter passado já mil anos neste oceano de fogo.
Comovido até às lágrimas, levanta-se o Santo, olha o relógio que marcava seis e três quartos, e diz ao sacerdote:
- Como? Faz um quarto de hora que falecestes e parece-vos que são mil anos?!
- Oh! respondeu o outro, como é longo o tempo no Purgatório!
E pedindo com instância que o aliviasse, não se afastou enquanto o Santo não lho prometeu.
Tomando sua disciplina de ferro, São Paulo da Cruz açoita-se até o sangue, ora e chora pedindo a Deus que livre aquela alma de tão grandes tormentos.
Não recebendo nenhum aviso do céu, como soía acontecer, toma de novo seus rudes instrumentos de penitência, querendo fazer violência à divina Misericórdia. Como a resposta não viesse, disse num transporte de confiança filial: – “Senhor, meu Deus, rogo-vos que livreis esta alma pelo amor que tendes à minha”.
Vencido por seus rogos, prometeu-lhe o Senhor que, no dia seguinte, antes do meio-dia, a alma do sacerdote sairia do Purgatório.
Apenas amanheceu subiu São Paulo ao altar e celebrou com mais fervor que nunca o Santo Sacrifício, oferecendo a Deus por aquela alma o precioso sangue de Jesus Cristo.
Ó maravilha! No momento da comunhão, viu o Santo passar diante de si, alegre e resplandecente de luz, a alma daquele sacerdote que subia ao céu.
Tesouro de Exemplos – Padre Francisco Alves
Fonte: Dominus Est
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Artigo publicado no site em 26.09.2008
O Purgatório existe? Infelizmente muitos não acreditam.
Infelizmente muitos não acreditam, porém...
Diz na Sagrada Escritura:
"Mas se és um mau servo, que imagina consigo, meu Senhor tarda a vir, e se põe a maltratar seu irmão e a comer e beber com os ébrios. O Senhor deste servo virá no dia em que ele não espera na hora em que ele não sabe, e o despedirá e o mandará ao destino dos hipócritas, ali haverá choro e ranger de dentes". (Mateus 24,48)
"Mas eu vos digo: todo aquele que se irar contra seu irmão será castigado pelos juízes. Aquele que disser a seu irmão: Raca, será castigado pelo Grande Conselho. Aquele que lhe disser: Louco, será condenado ao fogo da geena. Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta. Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás em caminho com ele, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e sejas posto em prisão. Em verdade te digo: dali não sairás antes de teres pago o último centavo". (Mateus 5, 22-26) Aqui está bem claro tanto o Inferno quando o Purgatório.
Sabemos que todo tempo que passamos no corpo é um exílio longe do Senhor. Andamos na fé e não na visão. Estamos, repito, cheios de confiança, preferindo ausentar-nos deste corpo para ir habitar junto do Senhor. É também por isso que vivos ou mortos, nos esforçamos para agradar-lhe porque teremos de comparecer diante do tribunal de Cristo. Ali cada um receberá o que mereceu, conforme o bem ou o mal que tiver feito, enquanto estava no corpo. (IICorintios 5,6).
Tendo sido feita uma coleta, Judas Macabeu enviou doze mil dracmas de prata a Jerusalém, a fim de que fosse oferecido um sacrifício pelos pecados dos mortos...È, pois, santo e salutar o pensamento de orar pelos mortos, a fim de que eles sejam libertos de seus pecados. (2 Macabeus12, 43). Ora, se Judas tivesse certeza que aqueles idólatras tinham se perdido, não mandaria rezar pelas almas deles.
Rezar pelas almas é rezar mil vezes por si mesmo. É uma amizade vantajosa. É aquela amizade de que fala Cristo no Evangelho: Fazei-vos amigos lá onde a traça não corrói e o verme não come!.
As almas sabem de tudo que se fala delas e o que se faz por elas. Encontram-se muito mais próximas a nós do que pensamos. Se cremos na vida Eterna, cremos no Purgatório. E se cremos no Purgatório, oremos pelos mortos. O purgatório é terrível e longo para algumas almas.
Purgatório vem de purgar que significa purificar.
Em Hebreus 12,16 diz: Procurai a paz com todos e a Santidade sem a qual ninguém verá o Senhor.
Quem não estiver puro, santo não verá o Senhor. Isso só acontecerá depois da purificação no Purgatório.
São Francisco de Sales tinha medo de seus admiradores. Crendo que não receberia oração depois de sua morte, pois pensaria que ele iria direto para o Céu.
Santa Tereza pedia: Pelo amor de Deus, eu peço a cada pessoa uma Ave-Maria ou um Pai-Nosso, a fim de que me ajudem a sair do Purgatório e apresse a hora em que hei de gozar à vista de Jesus Senhor Nosso.
Frederico Ozanan disse: Não vos deixeis levar por aqueles que vos disserem: Ele já está no céu. Rezai sempre Por aqueles que muito vos ama.
Santo Agostinho pede oração pela alma de Mônica, sua mãe, a todos os leitores de seus livros. Não podemos ignorar o rigor da justiça divina.
No purgatório as almas são completamente impotentes. Parecem como paralíticas, que não podem fazer o menor movimento para ter alívio.
As mensagens de Nossa Senhora em Medjugorge diz: Rezai o terço pelas almas do purgatório. O sofrimento lá é terrível. Um só dia de sofrimento no purgatório corresponde a todo nosso sofrimento enquanto estávamos na terra.
Diz uma alma, que no mundo ignora-se que o fogo do purgatório é semelhante ao do inferno. Se possível fosse fazer uma visita a essas mansões de dor, não haveria na terra, quem quisesse cometer um só pecado venial, visto o rigor com que é punido.
São Francisco Xavier percorria, à noite as ruas da cidade, convocando com uma campainha, o povo a orar pelas almas do purgatório.
São Francisco Xavier diz que outrora muitas almas saiam do Purgatório graças às orações dos parentes e fiéis. Mas hoje poucos saem de lá. Pois poucos rezam pelas almas de seus parentes e amigos.
São Francisco de Sales entendia que se deve presumir sempre bem da pessoa que expira. Entre o último suspiro e a eternidade, há um abismo de misericórdia. Passam-se entre Deus e a alma certos mistérios de amor que nós só conheceremos no céu.O agonizante precisa do perdão, da luz que é Jesus.
Aos agonizantes é necessário muitas orações, para que possam receber essa luz esse perdão. E a misericórdia triunfa.
Com a morte abrem-se os olhos, e a pena consiste na privação da alma da vista de Deus. Essa privação, essa sede Deus é uma tortura imensa para a alma.
Essas almas lembram-se agora do tempo em que Deus estava tão perto delas, em que lhes batia a porta, e elas, não lhe abriam, preferindo um prazer, uma das muitas ninharias deste mundo. E agora ardem de desejos de estar na presença de Deus. Mas primeiro tem que se purificar no fogo ardente.
Santa Tereza dizia que a alma sente um desejo irresistível de Deus. Não tem nenhuma consolação, é um martírio que a natureza custa a suportar: os ossos se separam e ficam como que deslocados. Sentem-se uma dor tão violenta; um só desejo nos consome: morrer, morrer, morrer.! Ir a Deus.
Santo Ambrosio dizia que todos os tormentos e sofrimentos que sofreram os mártires, jamais atingirão a intensidade de sofrimento dos que padecem no purgatório. É o fogo penetrante, que se estremece só de ouvir falar.
Santa Catarina de Gênova, teve uma visão do Purgatório e exclama: Que coisa horrível! Confesso que nada posso dizer e nem conceber que se aproxime sequer da realidade. As penas que lá se padecem são tão dolorosas, como as do inferno, somente diferencia porque é temporária e passageira, sendo que no inferno é eterna.
São Nicolau Tolentino teve uma visão de um imenso vale onde multidões de almas se retorciam de dor num braseiro imenso e gemiam de cortar o coração. Ao perceberem o Santo, bradavam suplicantes, estendendo os braços e pedindo misericórdia e socorro dizendo: Padre Nicolau, tem piedade de nós! Se celebrares a santa missa por nós quase todas seremos libertadas de nossos dolorosos tormentos. São Nicolau celebrou sete missas em sufrágio dessas almas, durante a última missa apareceu-lhe uma multidão de almas resplandecentes de glória que subiam ao céu.
São Vicente Ferrer, assegura que há almas que ficaram no purgatório um ano inteiro por um só pecado.
Santa Francisca afirma que a maioria das almas sofre no purgatório por volta de 40 anos, por falta de oração. E muitas estão destinadas a sofrer até o fim do Mundo.
As almas simples e humildes, sobretudo as que muito sofreram neste mundo com paciência e se conformando perfeitamente com a vontade de Deus, podem ter um purgatório curtíssimo, às vezes horas apenas.
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