10.02.2015 -
Cidade do Vaticano, 9 de fevereiro de 2015 – CNA/EWTN News | Tradução: Fratres in Unum.com: O Cardeal Raymond Burke afirmou que estava “respondendo a uma situação hipotética” quando declarou que resistiria a qualquer eventual distanciamento do Papa Francisco da doutrina católica.
“Eu simplesmente afirmei que é sempre o meu sagrado dever defender a verdade do ensinamento e da disciplina da Igreja a respeito do matrimônio”, declarou o Cardeal Burke a CNA ontem, 9 de fevereiro.
“Nenhuma autoridade pode me dispensar dessa responsabilidade e, portanto, se qualquer autoridade, mesmo a mais elevada, negar ou agir contra essa verdade, eu seria obrigado a resistir, em fidelidade à minha responsabilidade perante Deus”.
O Cardeal Burke disse que sua entrevista ao canal de televisão francês France 2, transmitida em 8 de fevereiro, foi “fielmente relatada” quanto à questão e à resposta sobre resistir ao Papa Francisco.
Segundo uma transcrição da entrevista divulgada no blog Rorate Caeli, o cardeal enfatizou a necessidade de prestar bastante atenção ao poder do múnus do papado conforme o entendimento católico.
O poder papal “está a serviço da doutrina da fé”, explicou”, “e, assim, o Papa não tem o poder de mudar o ensinamento, a doutrina”.
A jornalista então perguntou: “De um modo um tanto provocativo, podemos dizer que o verdadeiro guardião da doutrina é o senhor, e não o Papa Francisco?”
“Nós devemos, deixemos de lado a questão do Papa”, respondeu o cardeal. “Em nossa fé, é a verdade da doutrina que nos guia”.
“Se o Papa Francisco insistir neste caminho, o que o senhor faria?”, perguntou a entrevistadora.
“Resistirei. Não posso fazer outra coisa”, afirmou.
A declaração do cardeal sobre resistir atraiu grande atenção.
O Cardeal Burke continuou afirmando à France 2 que o a Igreja Católica está enfrentando “um tempo difícil” que é “doloroso” e “preocupante”.
Ao mesmo tempo, quando questionado se a Igreja enquanto instituição estava em perigo, ele manifestou confiança.
“O Senhor nos assegurou, como assegurou a São Pedro no Evangelho, que as forças do mal não prevalecerão — ‘non praevalebunt’, como dizemos em latim. Que as forças do mal não alcançarão, digamos assim, a vitória sobre a Igreja”.
Perguntando se o Papa Francisco é seu amigo, o cardeal respondeu: “Eu não gostaria de fazer do Papa um inimigo, certamente!”.
O Cardeal, arcebispo emérito de Saint Louis, trabalho de 2008 a 2014 como Prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, efetivamente a suprema corte da Igreja Católica. Ele também esteve na Congregação para os Bispos por vários anos.
O Papa Francisco o removeu de suas funções da cúria e o designou como Patrono da Soberana Ordem Militar de Malta, uma instituição de 900 anos focada na defesa da fé e no cuidado aos pobres. A ordem está presente em 120 países, com 13 mil membros e 80 mil voluntários.
Burke foi um protagonista durante o Sínodo Extraordinário sobre a Família realizado em outubro de 2014. À época, ele declarou a CNA que grande parte da mídia apresentou de modo impreciso o Papa Francisco como sempre favorável à permissão da distribuição da Sagrada Comunhão a divorciados recasados, bem como outras propostas.
Fonte: http://fratresinunum.com e www.rainhamaria.com.br
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