Papas, Santos e Teólogos falaram contra a comunhão na mão


30.12.2014 -

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A Sagrada Comunhão deve ser recebida na boca e de joelhos nos casos ordinários, as exceções sempre existiram, mas somente para os casos de urgência, como perseguição, evitamento de um sacrilégio, etc. As citações a seguir provam isso.

S. Justino Mártir (100-166)

Testificando que a eucaristia era distribuída até aos doentes somente pelos consagrados (diáconos e ministros): “Depois que o presidente deu ação de graças e todo o povo aclamou, os que entre nós se chamam ministros ou diáconos dão a cada um dos presentes parte do pão, do vinho e da água sobre os quais se pronunciou a ação de graças, e são também enviados aos ausentes por meio dos diáconos” [2]

S.Basílio Magno (330-379)

"É desnecessário notar que qualquer um em tempos de perseguição compelido a comungar com as próprias mãos sem a presença de um padre ou ministro não faz uma ofensa séria, como o longo costume sanciona a prática dos fatos. Todos os solitários no deserto, quando não há padres, tomam a comunhão eles mesmos, guardando-A em casa" [3].

Papa S. Leão Magno (400-461)

No capítulo sobre "A verdade da Encarnação é provada tanto pela festa da Eucaristia quanto pela divina Instituição das esmolas": "A pessoa recebe na boca o que ela acredita pela fé" [4].

Papa S.Gregório Magno (540-604) comentando o Papa S.Agapito I

Conta S.Gregório Magno que o Papa reinante de 535 a 536, durante os poucos meses do seu pontificado, dirigindo-se a Constantinopla, curou um surdo-mudo durante o ato de "ei dominicum Corpus in os mitteret (colocou em sua boca o Corpo do Senhor) " [5].

S.Tomás de Aquino (1225-1274)

"A distribuição do Corpo de Cristo pertence ao sacerdote por três razões.

Primeira, porque consagra na pessoa de Cristo. E assim como Cristo consagrou o Seu Corpo na (Última) Ceia e O deu também a partilhar aos outros, do mesmo modo tal como a consagração do Corpo de Cristo pertence ao sacerdote, assim também a Sua distribuição lhe pertence.

Segunda, porque o sacerdote foi nomeado intermediário entre Deus e o povo. Portanto, assim como lhe compete oferecer a Deus as oferendas do povo, assim também lhe compete entregar ao povo as oferendas consagradas.

Terceira, porque, por respeito para com este Sacramento, nada Lhe toca a não ser o que é consagrado; eis porque o corporal e o cálice são consagrados, e da mesma maneira as mãos do sacerdote, para que toquem este Sacramento. E assim, não é licito que qualquer outra pessoa Lhe toque, excepto em caso de necessidade, por exemplo, se caísse ao chão ou em qualquer outro caso de urgência" [6]

Concílio de Trento (1545-1563)

"Na comunhão sacramental sempre foi costume na Igreja de Deus receberem os leigos a comunhão das mãos do sacerdote... . Com razão e justiça se deve conservar este costume como proveniente da Tradição apostólica" [7].

São Pio X (1835-1914)

"640) Como devemos apresentar-nos no ato de receber a sagrada Comunhão?
No ato de receber a sagrada Comunhão devemos estar de joelhos, com a cabeça medianamente levantada, com os olhos modestos e voltados para a sagrada Hóstia, com a boca suficientemente aberta e com a língua um pouco estendida sobre o lábio inferior. Senhoras e meninas devem estar com a cabeça coberta.

642) Quando se deve engolir a sagrada Hóstia?
Devemos procurar engolir a sagrada Hóstia o mais depressa possível, e convém abster-nos de cuspir algum tempo.

643) Se a sagrada Hóstia se pegar ao céu da boca, que se deve fazer?
Se a sagrada Hóstia se pegar ao céu da boca, é preciso despegá-la com a língua, nunca porém com os dedos" [8].

D. Athanasius Schneider (1961-)

Expert em Patrística, autor do livro "A Sagrada Comunhão e a Renovação da Igreja", e Bispo auxiliar no Cazaquistão, sustenta que "a prática que hoje conhecemos da comunhão na mão nasceu no século XVII entre os calvinistas, que não acreditavam na presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Eucaristia. "Nem Lutero", que se cria nela ainda que não na transubstanciação, "o havia feito", disse o Bispo do Cazaquistão: "De fato, há relativamente pouco tempo os luteranos comungavam de joelhos e na boca, e todavia hoje alguns o fazem nos países escandinavos" [9].

Fontes:
[1] Catequese Mistagógica V 21 s
[2] I Apologia, 66
[3] Carta 93, Sobre a Comunhão, Nicene and Post-Nicene Fathers, Second Series, Vol. 8, 1895. Disponível em newadvent.org
[4] Serm. 91.3, III, Comentários ao Evangelho de S.João, capítulo 6
[5] Diálogos, III, 3
[6] Summa Theologica, Pars III, Q.82, Art. 13
[7] Sessão XIII, de 11-10-1551 – Decreto sobre a Santíssima Eucaristia – capítulo 8
[8] Catecismo de S.Pio X, números indicados
[9] Religion en Libertad 13 agosto 2011. Disponível em http://www.religionenlibertad.com/articulo.asp?idarticulo=17082

Fonte: O Principe dos Cruzados

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Lembrando...o Artigo Publicado em 25.03.2009

Monsenhor Ranjith: A situação da fé na presença real da Eucaristia é bastante preocupante

A situação da fé na presença real da Eucaristia é bastante preocupante. Não quero dizer que todos tenham perdido a fé. Contudo, nós da Congregação para o Culto Divino fizemos recentemente uma sondagem sobre a Adoração Eucarística, que será o tema de nossa próxima reunião plenária. Dos informes das diversas conferências episcopais, no que diz respeito aos aspectos negativos, surge a constatação de que no clero influenciado por certas tendências teológicas não existe mais uma fé clara na presença real de Cristo. Em alguns seminários se ensina que Cristo está presente apenas no momento da Consagração e da Comunhão, depois não. Se trata de uma posição mais protestante que, depois, abre caminho para abusos e até mesmo sacrilégios das espécies eucarísticas. Uma situação lamentável.

É necessário aquele sentido de reverência, fruto da consciência que temos em relação com o Corpo do Senhor, Jesus vivo em sua forma eucarística, que nós comemos, que nós adoramos. Para tanto, se necessitará ver urgentemente como dar uma formação teológica e sacramental que assegure aos jovens seminaristas, aos sacerdotes e também aos religiosos e religiosas, um reforço deste sentido da real e contínua presença de Cristo nas espécies eucarísticas. Se não, as conseqüências só poderão ser dramáticas para a Igreja e causa de inumeráveis problemas".

PS.: Não é a primeira referência que Mons. Ranjith faz à perda da fé por parte do clero

Na festa da Assunção da Santíssima Virgem - Dom Ranjith - 2008

Queridos irmãos e irmãs, hoje muitos discípulos de Jesus em todos os estados e vocações da Igreja estão faltando com a reverência e alegria que vêm da verdadeira, contínua presença de Jesus entre nós, especialmente no Santíssimo Sacramento do Altar. Então, hoje nós devemos rezar mais do que nunca à Santa Mãe de Deus e pedir a ela que possa nos abrir aos tesouros de seu Imaculado Coração: sua fé e seu amor por Jesus em sua missão Eucarística. Não infreqüentemente nós ouvimos hoje de padres que, revelando uma falta de fé e de entendimento, celebram os Sagrados Mistérios da Eucaristia de uma maneira que é indigna de sua celestial magnificência. Também muitos fiéis perderam o sentido para o sagrado do Sacríficio da Missa. O convite de Jesus de se tornar completamente um com Ele e de receber a vida Dele, vida que corre de Seu tremendo Sacrifício do Gólgota, e de ser parte de Sua celestial assembléia do novo povo de Deus, — como o Senhor diz: Enquanto o Pai vivo me enviou, e eu vivo pelo Pai; assim aquele que me come, também viverá por mim. — esse convite maravilhoso está sendo degradado por uma visão puramente intra-mundana e horizontal da Santa Eucaristia, na qual não se vê mais que apenas o pão terreno. Nós não podemos honrar Maria se nós não podemos honrar Jesus Eucarístico! Nós devemos rezar para uma verdadeira renovação da Igreja, como quer o Santo Padre, acima de tudo na e através da Santa Missa e na veneração da Santa Eucaristia, através de uma fé aprofundada, uma digna celebração e um corajoso testemunho. Hoje, mais do que noutros tempos, nós precisamos amar e conhecer Maria para que nós amemos mais e conheçamos melhor Jesus, e O honremos mais.

Mons. Albert M. Ranjith Patabendige, Secretário da Cong. para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, à Revista Radici Cristiane - Fonte: Frates in Unum

 

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