Os Direitos de Deus: o Único a nos dar a vida e o Único com o direito de tirá-la


11.12.2014 -

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Quero render aqui um especial preito de homenagem Àquele que tudo é, e sem o qual nada nem ninguém existiria. Àquele que, se deixasse de pensar e sustentar o mundo e os homens, estes simplesmente se desfariam.

Entretanto, o dia 10 de dezembro, escolhido pelo orgulho humano libertado de preconceitos religiosos como data comemorativa de seus direitos — os quais, na maioria das vezes, têm significado o espezinhamento puro e simples dos Direitos de Deus — é na realidade a data da festa de Nossa Senhora de Loreto, d’Aquela que, por sua humildade, encontrou graça diante de Deus e cuja casa foi transportada milagrosamente do Oriente por Anjos, encontrando-se hoje na Itália.

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Interior da Santa Casa de Loreto, no altar a Imagem de Nossa Senhora de Loreto.

Com efeito, Deus é Senhor nosso por direito e por conquista. Por direito, por ser o nosso Criador, o único a nos dar a vida e o único com o direito de tirá-la. E por conquista, por nos ter remido pelo preço de seu preciosíssimo Sangue vertido até à sua última gota por nós na Cruz.

Pois bem, o Criador não nos criou e deixou-nos em seguida à deriva. Para que pudéssemos cumprir a razão de ser de nossa existência — conhecer, amar e servir a Deus e depois gozar da felicidade eterna no Céu —, Ele nos transmitiu os seus preceitos, consubstanciados nos Dez Mandamentos. Trata-se do mais perfeito dos códigos, cuja observância nos traria toda a felicidade possível nesta Terra de exílio.

Mas também, ao nos ensinar no Pai-Nosso “venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade, assim na Terra como no Céu”, Ele quis nos mostrar que os Dez Mandamentos não foram ditados apenas para serem praticados na esfera individual, mas devem regular toda a vida em sociedade, penetrando as leis, as artes, os costumes, a literatura, as instituições do Estado, etc. Assim, ao invés de milhões de leis, de várias dezenas de ministérios, de autarquias, e de quanto mais se queira, todos ineficazes ou quase tanto, tudo funcionaria indizivelmente melhor se os homens fizessem caso do preceituado em somente dez pontos pelo nosso Criador — que é também nosso Pai —, com vistas a alcançar a felicidade terrena e eterna.

Foi o que aconteceu na Idade Média, A doce Primavera da Fé, cujos detratores insistem em chamar de Noite de mil anos, embora vivam visitando as maravilhas surgidas de suas “trevas” e frequentando as suas Universidades em busca de luz…

Com efeito, na Idade Média, a generalidade das pessoas, das instituições e dos Estados procurava se inspirar na doutrina católica, dando origem a uma sociedade teocêntrica, ou seja, que tinha a Deus no centro. Mais tarde, por ocasião do Renascimento, o mundo ocidental se “emancipou”, indo exumar os restos do paganismo com os quais construiria uma sociedade antropocêntrica, cujo auge estamos vivendo com a exaltação dos direitos humanos e o completo olvido dos Direitos de Deus. Quem quiser se aprofundar a respeito, recomendo vivamente a obra-prima Revolução e Contra-Revolução, do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira.

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Imagem de Nosso Senhor no pórtico da construção medieval, a Sainte Chapelle.

Concluo com estas palavras lapidares da Encíclica Immortale Dei, com as quais o Papa Leão XIII descreveu a Idade Média:

“Tempo houve em que a filosofia do Evangelho governava os Estados. Nessa época, a influência da sabedoria cristã e a sua virtude divina penetravam as leis, as instituições, os costumes dos povos, todas as categorias e todas as relações da sociedade civil. Então a religião instituída por Jesus Cristo, solidamente estabelecida no grau de dignidade que lhe é devido, em toda parte era florescente, graças ao favor dos príncipes e à proteção legítima dos magistrados. Então o sacerdócio e o império estavam ligados em si por uma feliz concórdia e pela permuta amistosa de bons ofícios. Organizada assim, a sociedade civil deu frutos superiores a toda expectativa, frutos cuja memória subsiste e subsistirá, consignada como está em inúmeros documentos que artifício algum dos adversários poderá corromper ou obscurecer.”

Por Hélio Dias Viana

Fonte: Agência Boa Imprensa

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Nota de www.rainhamaria.com.br

Diz na Sagrada Escritura:

"Obedeçam a todos os meus decretos e a todas as minhas leis e pratiquem-nos. Eu sou o Senhor". (Levítico 19,37)

"A terra está contaminada pelos seus habitantes, porque desobedeceram às leis, violaram os decretos e quebraram a aliança eterna".  (Isaías 24, 5)

"Contudo, em sua maldade, ela se revoltou contra as minhas leis e contra os meus decretos mais do que os povos e as nações ao seu redor. Ela rejeitou as minhas leis e não agiu segundo os meus decretos'. (Ezequiel 5,6)

"...que segue os meus preceitos e observa as minhas leis, para proceder com retidão - esse homem é um justo: certamente viverá. Oráculo do Senhor Javé". (Ezequiel 18, 9)

"Eu lhes dei as minhas leis e lhes ensinei os meus preceitos, em virtude dos quais vive aquele que os observa". (Ezequiel 20, 11)

"Eu sou o Senhor, o seu Deus; ajam conforme os meus decretos e tenham o cuidado de obedecer às minhas leis". (Ezequiel 20,19)

"Nós temos cometido pecado e somos culpados. Temos sido ímpios e rebeldes, e nos afastamos dos teus mandamentos e das tuas leis". (Daniel 9, 5)

"Eis a aliança que, depois daqueles dias, farei com eles - oráculo do Senhor: imprimirei as minhas leis nos seus corações e as escreverei no seu espírito", (Hebreus 10, 16)

 


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