20.10.2014 -
A Igreja Católica está em polvorosa, e esse fato, que por si só já é chamativo por ser incomum, surpreende ainda mais porque foi o papa que provocou isso. Duas decisões de Francisco no início do Sínodo de Bispos sobre a Família – que as discussões fossem francas e divulgadas ao público – provocaram um terremoto atestado pelo documento final aprovado pela maioria dos 191 participantes. Dos 62 parágrafos, os três que não reuniram os dois terços necessários de apoio foram os relativos ao possível regresso aos sacramentos para os divorciados que casam de novo e à atitude da Igreja em relação aos homossexuais.
A natureza delicada dos assuntos colocados em discussão – homossexualidade, casais não casados, divorciados que voltam a casar – fez com que o setor mais conservador da Cúria reagisse com hostilidade diante do temor de que o Vaticano pudesse rever velhos conceitos e dogmas. Em seu discurso final, Jorge Mario Bergoglio procurou tranquilizar os inquietos, descartando a ideia de que estivesse em dúvida a indissolubilidade do matrimônio, mas não deixou de advertir tanto os “tradicionalistas” como os “progressistas” quanto à “tentação” de aferrar-se a posturas excludentes e equivocadas. Os primeiros, por sua determinação de seguir presos às tábuas da lei “sem se deixar surpreender por Deus”. Os segundos, por pregar uma “misericórdia enganosa que leva a tapar as feridas antes de curá-las”.
Até certo ponto, é lógico que os príncipes da Igreja, tão cômodos até agora na penumbra de seu poder, tenham se sentido cegos pelo compromisso de transparência total assumido pelo Papa. Assim, todo mundo pôde observar – alguns com empolgação, outros com preocupação – que o primeiro documento surgido do Sínodo se abria, sem deixar espaço para dúvidas, aos gays e às novas famílias, utilizando uma linguagem nova e inequívoca, “os homossexuais têm dons e qualidades a oferecer para a comunidade cristã”...
Que significava de fato o fim das hostilidades em relação a uma comunidade que se sentiu, em muitas ocasiões, perseguida pela Igreja oficial. Também se soube publicamente, poucos dias depois, que o setor conservador tinha se mobilizado para deixar claro que nem todos os bispos e cardeais participantes do Sínodo estavam de acordo com uma abertura rápida e incondicional. Agora, o documento final confirma os três aspectos mais interessantes do Sínodo: a transparência, as divergências sobre o grau de abertura e, envolvendo tudo, uma linguagem sem dúvida distinta, mais propensa à tolerância.
Quanto à transparência, o Papa quis que fosse publicado o resultado das votações ponto por ponto. Assim, foi possível saber que o parágrafo que obteve menos apoio – 104 votos a favor e 74 contra – foi o referente à readmissão, nos sacramentos, dos divorciados que voltam a casar. Foi aprovado, embora com bastante discussão – por 118 votos a 62 –, o parágrafo que determina uma atenção pastoral aos homossexuais “com respeito e delicadeza”, evitando a “injusta discriminação”.
Entre os perigos de passar a imagem de uma Igreja dividida e de continuar sendo uma Igreja obscurantista, Jorge Mario Bergoglio decidiu que a primeira opção era menos ruim, tanto que incitou ao debate e o divulgou. No final, dirigiu-se aos participantes – que terão de continuar trabalhando no documento até o Sínodo de 2015 – e os convidou a seguir caminhando e discutindo, juntos. “Teria sido muito triste se houvesse reinado uma falsa paz”.
Fonte: El Pais e www.rainhamaria.com.br
==============================
Nota de www.rainhamaria.com.br
Por Dilson Kutscher
Uma frase do discurso de Francisco por ocasião do encerramento do Sínodo da Familia.
"A tentação de descer da cruz, para acontentar as pessoas, e não permanecer ali, para realizar a vontade do Pai; de submeter-se ao espírito mundano ao invés de purificá-lo e submeter-se ao Espírito de Deus".
Sou obrigado pelo meu coração a Serviço do Rei Jesus e de sua Mãe e Rainha Maria, o seguinte...
Aqui se encontra chave para a falsa espiritualidade de Francisco: Ora, submeter-se ao espírito do mundo. O espirito mundo é o de rebelião contra tudo que é Sagrado e Santo, contra as Leis e Preceitos do Deus Altíssimo. O espírito do mundo é o do anjo rebelde que disse: NÃO SERVIREI... “Tu, desde o princípio, quebraste o meu jugo, rompeste os meus laços e disseste: — Não servirei!” (Jeremias 2, 20).
Jesus dá o Seu Espírito para o homem a viver no mundo, não viver para o mundo. Você não pode comparar o espírito do mundo ao Espírito de Deus.
"Aquele que vem de cima é Superior a todos. Aquele que vem da terra é terreno e fala de coisas terrenas. Aquele que vem do Céu é Superior a todos". (São João 3, 31)
Porque você não pode servir a dois senhores: ou a alma está com Deus e, portanto, tem o Espírito de Deus; ou alma está com o diabo e, portanto, vive totalmente voltada para as novidades e modas do mundo mundano, que é regido pelo próprio diabo. Você não pode purificar o demônio. O inferno existe e os demônios não podem voltar a ter o Espírito de Deus.
Disse no sinodo o conservador Cardeal Burke: "A Igreja deve sempre chamar uma pessoa que está envolvida em atos pecaminosos [...] à conversão, de forma amorosa, mas, obviamente, como um pai ou mãe de família, de maneira firme para o bem da própria pessoa. Não pode haver uma diferença entre a doutrina e a prática sobre questões como o homossexualismo ou qualquer outra coisa", disse Burke.
“A Igreja não exclui ninguém quem é de boa vontade, mesmo que essa pessoa está sofrendo de atração pelo mesmo sexo ou mesmo agindo segundo essa atração“, disse Burke. “Mas, Se as pessoas não aceitam a doutrina da Igreja sobre essas questões, então elas não estão pensando com a Igreja e precisam examinar a si mesmas sobre esso ponto e corrigir sua maneira de pensar ou sair da Igreja, se elas não podem absolutamente aceitar. Elas certamente não são livres para mudar o ensino da igreja de acordo com suas próprias idéias".
Diz na Sagrada Escritura:
"Portanto, não permitam que o pecado continue dominando o corpo mortal de vocês, fazendo que obedeçam aos seus desejos. Não ofereçam os membros do corpo de vocês ao pecado, como instrumentos de injustiça; antes ofereçam-se a Deus como quem voltou da morte para a vida; e ofereçam os membros do corpo de vocês a ele, como instrumentos de justiça. Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da Lei, mas debaixo da graça. E então? Vamos pecar porque não estamos debaixo da Lei, mas debaixo da graça? De maneira nenhuma! Não sabem que, quando vocês se oferecem a alguém para lhe obedecer como escravos, tornam-se escravos daquele a quem obedecem: escravos do pecado que leva à morte, ou da obediência que leva à justiça? Mas, graças a Deus, porque, embora vocês tenham sido escravos do pecado, passaram a obedecer de coração à forma de ensino que lhes foi transmitida. Vocês foram libertados do pecado e tornaram-se escravos da justiça. ". (Romanos 6, 12-18)
"Porque o desejo da carne é hostil a Deus, pois a carne não se submete à lei de Deus, e nem o pode. Os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus.
Vós, porém, não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito, se realmente o espírito de Deus habita em vós. Se alguém não possui o Espírito de Cristo, este não é dele". (Romanos 8,7-9)
No entanto, o Rei Jesus também nos ensinou a falar de outro modo: "Dizei somente: Sim, se é sim; não, se é não. Tudo o que passa além disto vem do Maligno".(São Mateus 5, 37).
Abrir as "portas" da Igreja para a vontade dos homens, não é beber da Fonte da Água Viva de Cristo, mas é beber a mesma água da fonte poluida que o mundo oferece.
"Mas o que beber da água que eu lhe der jamais terá sede. Mas a água que eu lhe der virá a ser nele fonte de água, que jorrará até a vida eterna". (São João 4, 14)
A Igreja não pode compactuar com as idéias de hereges, cismáticos e apóstatas da fé. Se a Igreja deseja verdadeiramente salvar o pecador, não pode alimentar mais ainda a "lama" imunda do pecado na sua alma, fazendo o pecador ir direto para o inferno, por não se arrepender de seus atos rebeldes as Leis e Preceitos do Deus Altíssimo.
"Todo aquele que peca transgride a lei, porque o pecado é transgressão da lei.
Aquele que peca é do demônio, porque o demônio peca desde o princípio. Eis por que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do demônio". (I São João 3, 4 e 8)
"Por minha vida - oráculo do Senhor Javé -, não me comprazo com a morte do pecador, mas antes com a sua conversão, de modo que tenha a vida. Convertei-vos! Afastai-vos do mau caminho que seguis; por que haveis de perecer, ó casa de Israel". (Ezequiel 33, 11)
Quanto ao acolhimento da Igreja para os homossexuais, seria ensinar-lhes a verdade absoluta da fé em Cristo Salvador, para salvação de suas almas. Que os homossexuais renunciassem seu modo de vida imoral e pecaminoso, renunciando as suas paixões mundanas.
"Veio para nos ensinar a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver neste mundo com toda sobriedade, justiça e piedade". (Tito 2, 12)
POIS...
"Se teu olho te leva ao pecado, arranca-o e lança-o longe de ti: é melhor para ti entrares na vida cego de um olho que seres jogado com teus dois olhos no fogo da geena". (São Mateus 18, 9)
PORQUE...
"Porque o salário do pecado é a morte, enquanto o dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor". (Romanos 6, 23)
SEMPRE LEMBRANDO...(para não alegarem que não sabiam)
"Mando-te hoje que ames o Senhor, teu Deus, que andes em seus caminhos, observes seus mandamentos, suas leis e seus preceitos, para que vivas e te multipliques, e que o Senhor, teu Deus, te abençoe na terra em que vais entrar para possuí-la.
Tomo hoje por testemunhas o céu e a terra contra vós: ponho diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe, pois, a vida, para que vivas com a tua posteridade, amando o Senhor, teu Deus, obedecendo à sua voz e permanecendo unido a ele. Porque é esta a tua vida e a longevidade dos teus dias na terra que o Senhor jurou dar a Abraão, Isaac e Jacó, teus pais". Deuteronômio 30, 16 e 19-20)
"Mas agora, eu te rogo, perdoa-lhes o pecado; se não, risca-me do teu livro que escreveste". (Êxodo 32,32)
Disse-lhe, pois, o Senhor: "As acusações contra Sodoma e Gomorra são tantas e o seu pecado é tão grave". (Gênesis 18,20)
Dilson Kutscher - www.rainhamaria.com.br
VEJA TAMBÉM...
Igreja não deve temer mudança, diz Francisco ao fim do sínodo
O Momento de Escolher entre São João Batista e Herodes
A Fumaça de Satanás na Igreja: Bispo de Belo Horizonte apoia acolhida a gays
Cardeal brasileiro pede em sínodo de bispos que a Igreja aceite os gays
Cardeal Kasper, a grande força junto a Francisco no Sínodo, pego faltando com a verdade