Sinal dos Tempos: Eutanásia, jovem americana tem data marcada para morrer


10.10.2014 -Brittany Mayanard, norte-americana de 29 anos, morrerá no dia 1° de novembro, um dia após o aniversário do seu marido. A jovem decidiu realizar a eutanásia logo após descobrir que um tumor no cérebro poderia matá-la em dois meses.

A descoberta da doença

A jovem havia voltado das férias com seu marido quando os médicos diagnosticaram um tumor no cérebro. A expectativa de vida dada a ela era de apenas dois meses (Huffington Post, 8 de outubro).

Decisão de suicídio

Após uma operação falha e com a ineficácia da cura, Brittany tinha todas as possibilidades de tratamento, mas manteve a convicção de que nenhum a ajudaria. A radiação total no cérebro e as outras opções disponíveis poderiam arruinar os seus últimos meses de vida, sem dar a ela uma real possibilidade de alongar o tempo de vida. Assim a jovem decidiu se transferir para Oregon, aproveitando a lei daquele Estado, que permite aos pacientes em fase terminal “se suicidarem” com a ajuda de um médico, ou seja, praticando a eutanásia. A família aceitou a decisão de Brittany (La Stampa, 9 de outubro).

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O drama de Brittany representa uma das tantas histórias onde a dor e o sofrimento parecem ter a última palavra sobre a vida. Mas não é assim, porque a americana de 29 anos, no fundo do seu coração, não desejava morrer. Ela mesma disse: “Não há uma célula do meu corpo que quer morrer. Quero viver. Por isso mesmo, tendo que morrer, escolhi fazê-lo com minhas condições. Vou aproveitar plenamente cada instante da minha existência, até quando puder. Depois morrerei. Gostaria que existisse uma cura para minha doença, mas não tem”.

Na dor de suas palavras emerge o grito do bem que está presente em cada um de nós, neste grito que se revela a reação mais verdadeira e, ao mesmo tempo, mais profunda do nosso ser: a Esperança. O que pode faltar talvez a Brittany é alguém que testemunhe a ela esta Esperança, em carne e osso.

Fonte:http://www.aleteia.org

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Nota de www.rainhamaria.com.br

O Papa João Paulo II, na encíclica Evangelium vitae: “A decisão deliberada de privar um ser humano inocente da sua vida é sempre má do ponto de vista moral, e nunca pode ser lícita nem como fim, nem como meio para um fim bom. (EV, 57).

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Isso não impede que algumas formas de eutanásia sejam mais ou menos graves que outras. João Paulo II distingue também vários graus de gravidade (EV, 66).

A primeira forma de eutanásia é a que resulta de uma falsa piedade. Neste caso, suprime-se a vida do doente com o objetivo de poupá-lo de mais sofrimento. No entanto, para a Igreja, a verdadeira compaixão, de fato, torna solidário com a dor alheia, não suprime aquele de quem não se pode suportar o sofrimento”.

A decisão da eutanásia torna-se mais grave quando se configura como um homicídio, que os outros praticam sobre uma pessoa que não a pediu de modo algum nem deu nunca qualquer consentimento para ela.”

Finalmente, “atinge-se o cúmulo do arbítrio e da injustiça quando alguns, médicos ou legisladores, se arrogam o poder de decidir quem deve viver e quem deve morrer”.

A liberdade de escolha do paciente não justifica a eutanásia. Segundo alguns promotores da eutanásia, esta poderia se justificar pelo “princípio de autonomia” do sujeito, que teria direito de dispor, de maneira absoluta, da sua própria vida. Para rejeitar esse direito, a Igreja se baseia no valor inalienável e sagrado de toda vida humana.

Segundo este princípio, assim como haveria um “direito ao suicídio”, existiria também um “direito ao suicídio assistido”. A Igreja não reconhece nenhum destes supostos direitos.

Seu ensinamento recordou isso muitas vezes: “A morte voluntária ou suicídio, portanto, é tão inaceitável como o homicídio: porque tal ato da parte do homem constitui uma recusa da soberania de Deus e do seu desígnio de amor".


Diz na Sagrada Escritura:

"Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos". (Mateus 19,17)

"Conheces os mandamentos: não mates; não cometas adultério; não furtes; não digas falso testemunho; não cometas fraudes; honra pai e mãe". (Marcos 10,19)

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Nos Dez Mandamentos, encontramos um que diz: “Não matarás”.  (Ex 20,13)

É certo que a expressão negativa enfática de não matar se refere às mais variadas formas que levam à morte. Dentre elas, lembramos do assassinato, da eutanásia e do aborto. O suicídio também é considerado como a quebra desse mandamento, tendo em vista que significa autodestruição, ou negação da própria vida. O termo se origina do latim sui, que quer dizer a si mesmo, e caedere que significa cortar, matar.

Diz ainda na Sagrada Escritura:

"Porque então a tribulação será tão grande como nunca foi vista, desde o começo do mundo até o presente, nem jamais será". (São Mateus 24,21)

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