27.09.2014 -
São Roque de Minas e Montes Claros – A redução da disponibilidade de recursos hídricos na Bacia do São Francisco, agravada pelo inédito secamento da nascente principal do rio, situada no Parque Nacional da Serra da Canastra, em São Roque de Minas, se alastra pelo leito e atinge afluentes em efeito dominó. Em território mineiro, a crise se estende da área onde brota o Velho Chico, no Centro-Oeste do estado, à divisa com a Bahia, no Rio Verde Grande, passando pela represa de Três Marias, a segunda maior da bacia. Pelo caminho, o regime de escassez de água já deflagra conflitos entre produtores rurais, que resultaram em mais de 30 ocorrências registradas apenas nos últimos três meses pela Polícia Militar, em pelo menos oito municípios do Alto São Francisco. A situação é tão crítica que motivará reunião emergencial do comitê nacional da bacia, amanhã, em Belo Horizonte. Entre as providências em estudo está a possibilidade de racionamento.
No parque nacional que abriga a nascente histórica do rio, em São Roque de Minas, a seca tem se agravado nos últimos três anos, mas piorou a partir do último mês de abril. O ponto alto do estado de alerta ocorreu com o secamento da chamada nascente principal do Velho Chico, localizada em meio a uma paisagem hoje esturricada por sucessivos incêndios. Em julho, 40 mil hectares de vegetação foram consumidos. Em agosto e setembro, houve mais oito queimadas no parque. Na semana passada, outros quatro dias de labaredas atingiram a área do manancial, segundo o secretário de Meio Ambiente, Esporte, Lazer e Turismo de São Roque de Minas, André Picardi. Como medida de proteção, na sexta-feira a visitação à unidade de conservação foi suspensa e deve permanecer assim até 16 de outubro, se não chover.
Algumas fazendas da região têm até seis nascentes de água. “Essas fontes agora são temporárias. O impacto maior da seca que estamos sofrendo é que as pessoas estão se dando conta de que a água não está garantida”, afirmou André Picardi. Segundo ele, conflitos entre proprietários rurais vêm sendo registrados com frequência em alguns dos 29 municípios na região que fazem parte do Comitê da Bacia do Alto São Francisco. “Isso não existia há três anos. Se havia um caso, era muito. Hoje, a água é fonte de briga entre vizinhos. Antes, as nascentes não secavam”, disse.
A disputa pela água entre fazendeiros para manutenção das atividades em suas propriedades é confirmada pelo presidente do Comitê de Afluentes do Alto São Francisco, Lessandro Gabriel da Costa, que é também secretário de Meio Ambiente de Lagoa da Prata, a 160 quilômetros de São Roque de Minas. Fontes da Polícia Militar de Meio Ambiente na região confirmam o quadro e informam que a situação piorou desde que a seca se agravou, nos últimos 40 dias, período em que têm sido registrados diariamente boletins de ocorrência relacionados a brigas pela água.
Segundo revelou ontem um integrante da Polícia Militar de Meio Ambiente que trabalha na região do Alto São Francisco, a própria corporação tem tomado precauções no sentido de evitar o acirramento dos ânimos entre fazendeiros. “Quando um agricultor denuncia outro por fazer um açude, por exemplo, e manifesta vontade de nos acompanhar até a propriedade do vizinho, aconselhamos que não vá, exatamente para evitar contato direto entre eles”, afirmou o militar, que, por questão de hierarquia, pede anonimato.
O marco do padroeiro cercado por cinzas: após sucessivas queimadas, unidade de conservação da Serra da Canastra está fechada
Lessandro Costa confirma que o origem da disputa é o desaparecimento de nascentes e de vários pequenos rios e córregos que correm em direção ao Velho Chico. “Os conflitos ocorrem porque produtores situados à beira de cursos represam a água, prejudicando o abastecimento em propriedade situadas abaixo”, explicou. “A água é pouca e não chega para todo mundo.” Em casos como esses, os militares ouvem o reclamante e vão até a propriedade do denunciado, registrando a ocorrência, que é encaminhada ao Ministério Publico, a quem compete tomar providências legais. (Fonte: Estado de Minas Noticias)
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Por Dilson Kutscher
A maior seca acontece no coração dos homens e reflete nas fontes de água da Terra.
Diz na Sagrada Escritura:
"Muito tempo guardei o silêncio, permaneci mudo e me contive. Mas agora grito, como mulher nas dores do parto; minha respiração se precipita.
Vou devastar montanhas e colinas, secar toda a vegetação, transformar os cursos de água em terras áridas, e fazer secar os tanques". (Isaias 42)
"O quarto derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com o fogo. E os homens foram queimados por grande calor, e amaldiçoaram o nome de Deus, que pode desencadear esses flagelos; e não quiseram arrepender-se e dar-lhe glória". (Apocalipse 16, 8 -9)
"Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro animal clamar: Vem! E vi aparecer um cavalo preto. Seu cavaleiro tinha uma balança na mão. Ouvi então como que uma voz clamar no meio dos quatro Animais: Uma medida de trigo por um denário, e três medidas de cevada por um denário; mas não danifiques o azeite e o vinho!" (Apocalipse 6, 5-6)
"Estava grávida e gritava de dores, sentindo as angústias de dar à luz". (Apocalipse 12, 2)
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