21.09.2014 -
Roma, 19 de setembro de 2014 - O Sínodo consagrado à família que convocado em outubro no Vaticano tem um ponto em comum com o papa Francisco: não se pode prever como ele vai se desenrolar e muito menos como ele vai acabar.
O papa quis que ele fosse assim: aberto à livre discussão, aí incluso os pontos que mais dividem, como, por exemplo, a questão de saber se é preciso ou não dar a comunhão aos católicos divorciados que se casaram novamente civilmente.
Para encontrar outro sínodo que tenha provocado tanta agitação, é preciso voltar aos primeiros anos da história dessa instituição, ou seja, a 1971, há mais de quarenta anos, onde a questão, naquele momento, era saber se a obrigação do celibato para o clero da Igreja latina estava ou não superada.
Depois de uma longa e animada discussão, Paulo VI submeteu ao voto dos padres sinodais duas soluções contrárias, entre as quais eles deveriam escolher.
A primeira mantinha intacto o celibato para todos, sem exceções. A segunda reconhecia ao papa a faculdade de ordenar padres “em casos particulares, em razão de necessidades pastorais e para o bem da Igreja universal” homens casados de meia idade e de vida exemplar.
A primeira solução venceu com 107 votos, enquanto que a segunda obteve 87. Paulo VI quis que os resultados dos votos fossem publicados, incluindo aquele sobre o documento final do sínodo, que foi aprovado por 168 “sim”, 10 “não”, 21 sim com reservas e 3 abstenções.
Desde então, a obrigação do celibato não foi mais colocada em discussão oficialmente. E nenhum outro sínodo se viu obrigado a escolher entre proposições tão nitidamente contrárias. O interesse das mídias por essas questões diminuiu muito, ao ponto de tornar-se inexistente. Até este ano.
Na verdade, um sobressalto que voltou a ser notícia ocorreu em 1999.
Durante o sínodo que ocorreu naquele ano, o cardeal Carlo Maria Martini pediu a convocação de um tipo de concílio permanente, com sessões de curta distância, que seriam consagradas a questões candentes, tais como a contracepção, o divórcio, o lugar das mulheres na Igreja.
“Não sou um antipapa – dizia ele – mas um “ante” papa que caminha adiante para abrir o caminho“. Ele acertou. Porque hoje há um papa de quem não se sabe o que ele pensa pessoalmente sobre as qeustões levantadas por Martini, mas que as recolheu todas e as trouxe de volta à discussão.
Francisco começou distribuindo, há um ano, um questionário muito aberto sobre todas as questões relativas à família, desde a contracepção até o acesso dos divorciados recasados à comunhão, desde os casais de fato até os casamentos entre gays. E alguns episcopados nacionais, encabeçados por aqueles de língua alemão, divulgaram os resultados, suscitando expectativas de liberalização em matéria de disciplina da Igreja.
Porém depois, sobretudo, Francisco reuniu em Roma um consistório de cardeais, no mês de fevereiro último, com a ideia de que esse seria um ensaio geral para o futuro sínodo. E a quem ele confiou o discurso de abertura? Ao cardeal alemão Walter Kasper. Ora, esse já tinha sustentado com combatividade, no início dos anos 90, que a proibição de distribuir a comunhão aos divorciados recasados era um conceito ultrapassado, porém ele fora derrotado e reduzido ao silêncio, naquela época, por João Paulo II e por Joseph Ratzinger.
O único elemento desse consistório que fora publicado é o discurso de Kasper, todo o resto permaneceu em segredo. Todavia, a se julgar as declarações públicas que foram feitas ulteriormente por alguns cardeais, se supõe que as resistências às mudanças propostas por Kasper foram – e continuam sendo – importantes, enérgicas e solidamente argumentadas.
Entre os resistentes que se expuseram estão os cardeais Gerhard L. Müller, prefeito da congregação para a doutrina da fé, Raymond L. Burke, Timothy M. Dolan, Marc Ouellet, George Pell, Fernando Sebastián Aguilar, Carlo Caffarra, Angelo Scola, todos classificados, em geral, entre os conservadores. Contudo, sabe-se que há também cardeais reputados como progressistas, como, por exemplo, o austríaco Christoph Schönborn, que formaram um bloco com eles contra Kasper.
Eles vão se reencontrar no sínodo e duelar, sem poupar os golpes, com Kasper e seus partidários, que não são tão sólidos.
Além do mais, o fato de que os “reacionários” Caffarra, Scola e Aguilar foram chamados pessoalmente por Francisco a fazer parte do sínodo esfriou fortemente o entusiasmo suscitado pelo papa atual.
O jesuíta americano Thomas Reese, antigo diretor da revista “América” e líder de opinião muito escutado, foi um admirador fanático de Jorge Mario Bergoglio no início do pontificado desse. Depois desse último golpe, ele passou de modo definitivo para o campo oposto, contra o que constitui, segundo ele, uma traição da revolução esperada.
Porém a batalha mal começou. O eminente sínodo não culminará em nenhuma conclusão. Haverá um segundo round no mês de outubro de 2015. Depois do quê não cabe ao sínodo, mas ao papa Francisco decidir o que convém fazer.
Fonte: http://catolicosribeiraopreto.com - imagens www.rainhamaria.com.br
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Por Dilson Kutscher
Nossa Senhora já havia profetizado em Akita, Japão, no ano de 1973, que haveria vandalismo nas Igrejas e altares e a Igreja estaria cercada de asseclas do demônio.
Que haveria cardeais contra cardeais e bispos contra bispos...
Lembrando que essa aparição mariana foi considerada autêntica, como foram Lourdes, La Salette e Fátima.
A primeira mensagem recebida pela monja Agnes Katsuko Sasagawa em 6 de junho de 1973, era um chamado à oração e a sacrifícios para a glória do Pai e salvação de almas. A segunda mensagem, 3 de agosto de 1973, era para oração, penitência e sacrifícios corajosos para atenuar a ira do Pai diante da iniqüidade dos homens.
Disse Nossa Senhora:
"O Diabo se infiltrará até mesmo na Igreja de tal um modo que haverá cardeais contra cardeais e bispos contra bispos. Serão desprezados os padres que me veneram e terão opositores em todos os lugares. Haverá vandalismo nas Igrejas e altares".
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