24.08.2014 - Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Até que voltes para a terra, pois dela foste tirado. Tu és pó, e ao pó voltarás". (Gênesis 3, 19)
Neste quadro da morte, caro irmão, reconhece-te a ti mesmo, e considera o que virás a ser um dia: “Recorda-te que és pó, e em pó te converterás”.
Pensa que dentro de poucos anos, quiçá dentro de alguns meses ou dias, não serás mais que vermes e podridão. Este pensamento fez de Jó um grande santo: “À podridão eu disse: tu és meu pai; aos vermes: sois minha mãe e minha irmã”.
Tudo se há de acabar, e se perderes tua alma na morte, tudo estará perdido para ti. “Considera-te desde já como morto, — disse São Lourenço Justiniano — pois sabes que necessariamente hás de morrer” . Se já estivesses morto, que não desejarias ter feito por Deus? Portanto, agora que vives, pensa que algum dia cairás morto.
Disse São Boaventura que o piloto, para governar o navio, se coloca na extremidade traseira do mesmo; assim o homem, para levar a vida boa e santa, deve imaginar sempre o que será dele na hora da morte. Por isso, exclama São Bernardo: “Considera os pecados de tua mocidade e cora; considera os pecados da idade viril e chora; considera as desordens da vida presente, e estremece”, e apressa-te em remediá-la prontamente.
São Camilo de Lélis, ao aproximar-se de alguma sepultura, fazia estas reflexões:
Se estes mortos voltassem ao mundo, que não fariam pela vida eterna?
E eu, que disponho de tempo, que faço eu por minha alma? Este Santo pensava assim por humildade; mas tu, querido irmão, talvez com razão receies ser considerado aquela figueira sem fruto, da qual disse o Senhor: “Três anos já que venho a buscar frutas a esta figueira, e não os achei” (Lc 13,7).
Tu, que há mais de três anos estás neste mundo, quais os frutos que tens produzido? Considera — disse São Bernardo — que o Senhor não procura somente flores, mas quer frutos; isto é, não se contenta com bons propósitos e desejos, mas exige a prática de obras santas. É preciso, pois, que saibas aproveitar o tempo que Deus, em sua misericórdia, te concede, e não esperes com a prática do bem até que seja tarde, no instante solene quando te diz: Vamos, chegou o momento de deixar este mundo. Depressa! O que está feito, está feito.
AFETOS E SÚPLICAS
Aqui me tendes, Senhor; sou aquela árvore que há muitos anos merecia ouvir de vós estas palavras: “Cortai-a, pois, para que debalde há de ocupar terreno?” (Lc 13,7). Nada mais certo, porque, em tantos anos que estou no mundo, ainda não dei frutos senão cardos e espinhos do pecado. Mas vós, Senhor, não quereis que desespere. Dissestes a todos: aquele que me procurar, achar-me-á (Mt7,7). Procuro-vos, meu Deus, e quero receber vossa graça. Detesto, de todo o coração, as ofensas que cometi e quisera morrer de dor por elas. No passado fugi de vós, mas agora prefiro vossa amizade à posse de todos os reinos do mundo. Não quero mais resistir ao vosso chamamento. Quereis-me todo para vós e sem reserva entrego-me inteiramente. Na cruz, destes-vos todo a mim; todo me dou a vós.
Senhor, vós dissestes: “Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu a darei” (Jo 14,14). Meu Jesus, confiado nessa grande promessa, pelo vosso santo nome e pelos vossos méritos, peço a vossa graça e o vosso amor. Fazei que deles se replete minha alma, onde antes morava 6 o pecado. Agradeço-vos por me terdes inspirado o pensamento de dirigir- vos esta oração, sinal evidente de que quereis ouvir-me. Ouvi-me, pois, meu Jesus! Concedei-me grande amor por vós, dai-me um grande desejo de agradar-vos e depois a força de cumpri-lo.
Ó Maria, minha excelsa intercessora, escutai-me vós também e rogai a Jesus por mim!
Fonte: http://catolicosribeiraopreto.com
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