26.05.2014 -
Jean-Marie Le Pen, fundador da Frente Nacional, partido de extrema-direita da França, sugeriu, durante um evento na última terça-feira, em Marselha, que o vírus Ebola poderia resolver “a explosão populacional” do planeta, e, consequentemente, os “problemas de imigração” da Europa.
No evento, que antecedeu um comício em Marselha dias antes das eleições europeias, nas quais a Frente Nacional lidera as pesquisas entre os franceses, Le Pen falou sobre a explosão demográfica no mundo.
— O sr. Ebola poderia resolver isso em três meses — afirmou Le Pen aos jornalistas presentes.
No comício, Le Pen, de 85 anos, que representa o sudeste francês no Parlamento Europeu, falou de seu temor de que a população francesa seja “substituída por imigrantes”.
— No nosso país e em toda a Europa, vivemos um cataclismo, uma invasão migratória que está apenas começando — afirmou o líder da Frente Nacional. — A imigração em massa pode produzir uma substituição das populações se não chegarmos ao poder em tempo de dar um fim à política decadente que vem sendo seguida há décadas.
Le Pen afirmou ainda que a religião é um “fator agravante” nas imigrações, já que muitos imigrantes são muçulmanos, e “o Islã tem uma vocação para a conquista, que se intensifica quando os muçulmanos se sentem poderosos e numerosos”.
O líder da Frente Nacional foi seguido no palco por sua filha, Marine, que falou sobre os dois pilares do manifesto do partido: a oposição à imigração e à Europa.
— Já basta. Queremos ser os donos de nossa casa novamente — disse Marine, sob um forte ovação da plateia. — De um lado temos a importação de culturas estrangeiras por uma onda de imigrantes que, ao contrários dos que os antecederam, querem impor mudanças em nosso comportamento e nossas vidas. Do outro lado, estão os comissários europeus que forçam as loucuras de sua gestão em todos os aspectos do nosso dia a dia.
Jean-Marie Le Pen foi acusado e condenado diversas vezes por xenofobia e antisemitismo. Em 1987 ele apoiou a isolação forçada de portadores do vírus HIV, e em 1996, ele criticou a seleção nacional de futebol por ter muitos jogadores de diferentes etnias, e condenou os jogadores que não cantaram o hino nacional, dizendo que eles “não eram franceses”.
Fonte: G1 noticias
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Nota de www.rainhamaria.com.br
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"Porque não há nada oculto que não venha a descobrir-se, e nada há escondido que não venha a ser conhecido". (São Lucas 12, 2)
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