Lembrando: Monsenhor Daniel Jenny - O Sacrário em seu lugar de direito


07.05.2014 - Nota de www.rainhamaria.com.br

Artigo publicado no site em 14.04.2010 -

n/d

Monsenhor Daniel R. Jenny, Bispo de Peoria (USA), determinou que, dentro do prazo de cinco anos, o Sacrário deverá estar no centro de todas as paróquias e capelas da diocese. Apresentamos abaixo uma tradução da carta e suas diretrizes.

* * *

1º de abril de 2010
Quinta-feira Santa

Queridos sacerdotes, diáconos, religiosos e fiéis da diocese de Peoria,

Certamente, a Missa é o nosso ato de culto mais importante – a mesma fonte e ápice de tudo o que fazemos como Igreja. Uma profunda reverência ao Sacramento reservado está intrinsecamente relacionada à Liturgia Eucarística.

Portanto, o Sacramento reservado deve ser tratado com o maior respeito possível, porque devemos dar sempre ao Santíssimo Sacramento no Sacrário, como na Liturgia Eucarística, o mesmo o culto chamado “latria”, que é uma adoração dada a Deus Todo Poderoso. Esta honra deliberada é incomparavelmente maior que a reverência que damos aos sacramentais, às imagens sagradas, ao batistério, aos Santos Óleos, ao Círio Pascal. O Sacramento é reservado não apenas para que a Eucaristia possa ser levada aos moribundos ou aos que não possam assistir a Missa, mas também como o coração e o lugar da oração e devoção de uma paróquia.

Em nossa tradição católica temos uma série de ritos com os quais nos acercamos do Sacrário. Quando entramos ou saímos da Igreja fazemos o sinal da cruz com água benta, fazemos uma genuflexão em direção ao Sacrário, nos preparamos para a Missa ou damos graças depois da Missa, conscientes da presença do Santíssimo Sacramento. Nas orações e devoções, durante a Liturgia das Horas, em qualquer oração privada que ocorrer em uma Igreja católica, rezamos verdadeiramente perante o Cristo Ressuscitado substancial e realmente presente no Sacramento reservado no Sacrário.

Estas convicções católicas centrais e suas ramificações arquitetônicas foram afirmadas recentemente por muitos bispos nos Estados Unidos. Como bispo desta diocese, estou também convencido que o lugar onde colocamos o Sacrário – e nossa reverência ritual em direção ao Sacramento reservado – é tão importante para a contínua catequese eucarística como toda a nossa pregação e ensino. Com Jesus verdadeiramente Presente no Santíssimo Sacramento no centro físico de nossos lugares de culto, como Ele não vai se transformar mais firmemente no centro de nossa vida espiritual?

Depois de consultar o meu conselho presbiteral, peço, portanto, que naquelas poucas igrejas paroquiais e capelas onde o Sacrário não está no centro na parte posterior do santuário, que esses espaços sejam redesenhados de tal forma que o Sacramento reservado fique no centro.

Em alguns casos, pode-se fazer esta mudança facilmente, mas devido às limitações financeiras e ao desenho, as plantas para o redesenho poderão ser enviadas ao gabinete do Culto Divino em qualquer momento dos próximos cinco anos. As comunidades monásticas, cujas capelas estejam abertas aos fiéis como oratórios semi-públicos, também poderão pedir uma dispensa deste regulamento geral segundo as normas de sua tradição litúrgica particular. Talvez existam também capelas muito pequenas, nas quais a mudança seja impossível. Esses pedidos deverão ser enviados por escrito ao meu gabinete.

Estou convicto que a Liturgia Eucarística e a devoção eucarística não estão nunca em competição uma com a outra, mas informam e fortalecem o nosso culto e reverência. Que todos em nossa diocese cresçamos em um maior amor e apreço para com o dom da Eucaristia.

Sinceramente em Cristo,

Rev. Daniel R. Jenky, C.S.C.

BISPO DE PEORIA

Fonte: fratresinunum.com

Enviado pelo amigo e colaborador Daniel Pereira  -  www.rainhamaria.com.br

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A Remoçäo dos Sacrários: Tiraram o Senhor e não sabemos onde o puseram. (São João 20, 2)

14.03.2010 - Por Carlos Magno da S. Oliveira

O Sacrário no centro tem, no espírito tradicional da Sagrada Liturgia, o significado de dar a Nosso Senhor Jesus Cristo o destaque no lugar central. Pode-se considerar esta afirmação como sendo teocêntrica, isto é, que tem Deus como o centro, evidentemente não como centro geométrico. O teocentrismo significa que Deus é reconhecido como sendo a causa e o fim de todas as coisas, e sendo Deus imutável esse centro deve ser fixo e imutável.

Quando Nossa Senhora e São José foram a Belém, na ocasião do recenseamento, obedecendo ao edito de César, por serem eles pobres, disseram-lhes que não havia lugar para eles na estalagem. Por isso o Menino Jesus teve que nascer fora da cidade, numa cocheira miserável, onde havia um boi e um burro.

Nosso Senhor Jesus Cristo veio para o que era seu - Israel -- e os seus, os judeus, não O receberam. Ele nasceu numa cocheira, fora da cidade, assim como iria morrer fora da cidade de Jerusalém. Por que "os seus não O receberam" (São João I, 11). "O boi conhecerá o seu dono, e o burro conhecerá o presépio de seu Senhor" profetizou Isaías (Isaías. I, 3). Mas, os seus não o receberam...

Nasceu numa cocheira símbolo da Igreja. Porque, como explica Hugo de São Victor, na cocheira os animais -- o boi e o burro -- deixam suas sujeiras, e se alimentam no cocho, assim como nós, cristãos, vamos à Igreja, para deixar, no confessionário, nossos pecados, a fim de, depois, irmos nos alimentar com o Pão que desceu dos céus, na mesa da comunhão.

Mas "os seus não o receberam", e não havia lugar para eles na estalagem". Espantamo-nos com a frieza e a dureza de coração dos habitantes de Belém, que recusavam receber a Virgem Maria e São José, e com a cegueira da Sinagoga, que abria o rolo da profecia e respondia a Herodes: "Sim. É verdade. Estamos na época em que deve nascer o Messias prometido. E Ele vai nascer em Belém, palavra que significa casa do pão". E depois de ler a profecia, a Sinagoga fechava o rolo, e não ia a Belém adorar o Rei dos judeus que nascera. E O recusava, não lhe dando lugar na estalagem.

A Igreja, durante dois milênios, guardou o Corpo de Cristo, nascido em Belém, no sacrário. Adorou-O santamente, cercando-O de honras devidas ao Redentor, o Filho de Deus feito Homem.

Hoje, infelizmente, não há mais lugar para o sacrário de Jesus Cristo nos altares das Igrejas. O sacrário foi relegado para longe do altar. Para fora de Belém.

Por meio da encíclica Ecclesia de Eucharistia e no Decreto Redemptionis Sacramentum, o Papa João Paulo II mandou que se combatessem os abusos e desrespeitos que se fazem contra a Eucaristia. Entretanto, observamos que nada mudou. Aqueles mesmos que aplaudem o Papa João Paulo II se fazem de surdos, quando ele recomendou algo bom.

Os argumentos para a retirada dos sacrários são cada vez mais assustadores. Já não se fala mais em completo desconhecimento da realidade do Sacrário, como numa brutal e insanável cegueira que já beira a senilidade. A Loucura completa! Beira a hostilidade contra o Altíssimo!

Então colocam o sacrário longe, de lado, em capelas isoladas, em cantos escuros, tal como fazem os faxineiros que colocam em depósitos escuros a lata de lixo, a escória do templo. Lá se guardam as vassouras e o pano de chão! Ali também escondem o Sacrário, num último passo para o colocarem na rua.

Pois diz o Senhor: “porque me rejeitaste, também eu te rejeitarei” (Oséias IV, 6). E como rejeitaram a Deus, cumprem o projeto de satanás. É bem por isso que Nossa Senhora tem alertado o mundo, de que em breve milhares de igrejas se tornarão em pistas paras os demônios.

O espaço reservado para Deus fica cada vez menor, desde as capelas até os corações. Colocam Nosso Senhor Jesus Cristo em pequenas capelas, porque os corações dos homens estão pequenos, cada vez mais fechados, cada vez mais mortos. E quando retiramos Deus de seu espaço só sobra uma coisa: a energia do vácuo, ou seja, o desprovimento espacial absolutamente vazio...

Portanto, se no Sacrário o próprio Jesus está verdadeiramente presente em corpo, sangue, alma e divindade, sob as aparências de pão, sendo ele Deus, deve ocupar o lugar de destaque, o centro. “A arca foi introduzida e instalada em seu lugar, no centro do tabernáculo que Davi construíra para ela, e Davi ofereceu holocaustos e sacrifícios pacíficos (II Samuel VI, 17).”

Fonte: http://www.santamariadasvitorias.com.br    e     wwww.rainhamaria.com.br

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