11.01.2013 - A cada dia que passa a ciência avançada revela que a quantidade de asteroides e corpos celestes potencialmente perigosos é muito maior do que imaginávamos e o pior: são descobertos da noite para o dia.
Qual é a verdadeira preocupação dos cientistas, com relação a aproximação de corpos errantes?
À espera de uma catástrofe.
Para os amantes do cinema catástrofe da vida real, estamos passando por uma fase sensacional, afinal, são inúmeros asteroides, alguns do tamanho de três estádios de futebol, se aproximando em alta velocidade de nosso delicado planeta azul.
Nos últimos anos observamos diversos cometas, alguns próximos à Terra e outros muito distantes, mas fato é que hoje, com o uso de instrumentação de alta capacidade ótica e radares espaciais, muitos objetos estão sendo descobertos rapidamente, causando uma certa apreensão na comunidade científica.
Através de tais observações, constatou-se que existem muito mais objetos potencialmente perigosos do que se pensava antes. As projeções estatísticas do passado indicavam um panorama tranquilo em termos do risco da Terra ser atingida por algum objeto espacial de tamanho avantajado.
Com a intensificação das observações celestes, constatou-se que existe na verdade, uma quantidade muito além do imaginado, de asteroides e rochas vagando pelas proximidades da Terra. Portanto, em alguns casos, estas rochas podem ser atraídas pelo campo gravitacional da Terra e provocar um cataclismo global de proporções épicas. E há vários indícios de que este cenário já se fez em passados remotos do planeta.
Cicatrizes geológicas
Através de análises geológicas, sabemos que a Terra já foi muito castigada por impactos de asteroides. Algumas dessas cicatrizes alcançaram expressiva amplitude sobre a vida na Terra, como o suposto asteróide que teria caído no Golfo do México, Dizimando a espécie dos dinossauros.
Muitas depressões geológicas, algumas delas alcançam quilômetros de diâmetro e são encontradas nos quatro cantos do mundo. Durante anos pensava-se que eram formações naturais, mas somente há pouco tempo, com o uso de tecnologia avançada de imagens e análise atômica do solo, a verdade veio à tona, chocando os pesquisadores: as depressões eram todas crateras criadas pelo impacto de asteroides.
Isso tudo alterou o grau de percepção do risco que a humanidade corre de ser extinta de uma hora para outra, ou pelo menos, sofrer uma repentina e catastrófica mudança. Nos últimos meses, cientistas encontraram diversos asteroides potencialmente perigosos, de tamanho considerável, em rotas que passavam próximas da Terra. A maioria destas descobertas foi realizada por astrônomos amadores, apenas com quatro dias de antecedência antes de se emitir uma notificação formal entre a comunidade científica astronômica.
A questão está ganhando respeito entre os cientistas. Alguns estão conjecturando que, até mesmo a vida biológica existente na Terra tenha se originado do espaço sideral longínquo, chegando ao nosso planeta através de bactérias ou aminoácidos. Desta maneira, estes elementos essenciais para a vida na Terra teriam viajado em um cometa que um dia se chocou contra o solo. Tal impacto espalhou o seu ingrediente inicial no ambiente terrestre, vindo a iniciar assim, uma extensa cadeia biológica que se desdobrou, desde os menores fragmentos de vida, até se formar a espécie humana. Destarte, este material extraplanetário também viera estabelecer alterações na complexa biosfera que envolve todas as espécies vidas no cenário terrestre.
O ramo da ciência espacial denominado Astrobiologia vem sendo alvo de grande interesse da Nasa e de outros departamentos de pesquisas e algumas teorias interessantes estão ganhando corpo, vindo cada vez mais a corroborar que, na Terra, nós somos os verdadeiros extraterrestres.
O casamento da Astrobiologia com a ciência dos cometas abre as portas para uma incrível linha de pensamento atual, que é a teoria da Panspermia. Esta ramificação científica acredita que cometas viajando pelo universo estão espalhando a vida biológica em bilhões de planetas ao longo da vastidão cósmica.
Para esquentar o assunto já polêmico por si, no dia 28/08 passado, foi descoberto um asteroide do tamanho de três campos de futebol, vindo pela órbita de Marte, que passou raspando pela Terra no dia 14/09. O objeto denominado 2012-QG42 viajou a a 2.8 milhões de quilômetros da Terra, o equivalente à 7.4 LD (Distância Lunar). A Distância Lunar equivale ao espaço entre Terra e Lua em quilômetros. Em termos astronômicos, seria o mesmo que um motoboy em alta velocidade passasse de raspão, mas sem tocar no retrovisor de seu carro.
Se por algum motivo esse asteroide desviasse sua rota e se chocasse com a Terra, a energia cinética liberada no momento do impacto seria tão grande que poderia destruir um país inteiro. Mas, se caísse no mar, poderia levantar uma onda de até três quilômetros de altura, que arrasaria praticamente todas as cidades litorâneas do mundo. Tal tsunami poderia fazer a água do mar adentrar por uma distância de mais de 500 quilômetros por continente adentro. Seria uma perturbação de ordem planetária que afetaria toda geografia do mundo.
Para termos uma visão mais clara sobre o bombardeio recebido pela Terra ao longo dos bilhões de anos, basta observarmos o solo da Lua, com milhões de crateras de todos os tamanhos e idades bastante variadas. Todas aquelas crateras foram formadas por impactos violentos de asteroides ou meteoritos e, provavelmente, alguns dos quais, por pouco não atingiram nosso planeta ao serem barrados pelo “escudo lunar”.
Outro grande salvador da pátria é o planeta Júpiter, que devido à sua enorme massa é o planeta de mais forte atração gravitacional do nosso sistema solar. Seu incrível campo gravitacional fez com que grandes asteroides e cometas - que poderiam entrar em rota de colisão com a Terra, fossem atraídos por seu corpo gigantesco, livrando nosso planetinha de uma grande destruição ou quiçá, da aniquilação total.
PHA - Asteroides Potencialmente Perigosos
Mas nem tudo pode ser sugado por Júpiter. No dia de 28/09 passado, o laboratório Space Weather, que monitora as atividades e tormentas cósmicas, identificou 1332 asteroides PHA, sigla que significa “Asteroides potencialmente perigosos”, rodando próximos da Terra. De acordo com cálculos de probabilidades, com uma cifra elevada como esta se repetindo dia a dia, durante séculos, é certo que a qualquer momento, um asteroide de tamanho considerável deverá atingir o planeta.
Antigamente, a pergunta era “se isso vai acontecer?”; mas hoje, com tudo o que sabemos, a pergunta é “quando vai acontecer?”. E a resposta será “a qualquer momento”.
Nibiru e o fim do mundo
Entre os corpos celestes do momento, podemos citar o rei de todos eles, o já famigerado Nibiru. Segundo a crença popular, Nibiru é uma estrela morta que por questões particulares, foi arremessada ao espaço em trajetória curvilínea. Este astro possuiria tamanho equivalente a oito planetas Júpiter. Acreditam alguns, tal “astro errante” deverá passar próximo da Terra no final do ano de 2012, causando diversas perturbações em nosso planeta. Devido à extrema força gravitacional exercida por um corpo de tamanha envergadura, que chega a ser milhares de vezes maior que a Terra.
Segundo as crenças - sobretudo, difundidas pela internet e sem nenhum fundamento científicos -, nesse cenário apocalíptico, a Terra poderá ser deslocada da órbita atual, alterando a sua relação espaço-tempo. Além disso, afirma-se, depois do impacto, a Terra poderá “parar de girar por três dias e três noites”, remetendo à profecia do Livro do Apocalipse, a qual diz que haverá “trevas durante três dias seguidos”.
Especulação ou ‘apocalismo’, fato é que diversos observatórios captaram a presença de um grande corpo celeste no espaço próximo. Por ser escuro e não refletir a luz, o suposto Nibiru só é visto através de telescópios que captam a largura de onda da luz infra-vermelho, que não só o revela, como exibe um incrível “par de asas” ao redor do objeto central, trazendo ainda mais sensação às antigas previsões sumerianas, egípcias e astecas, que profetizaram a aproximação de um cometa justiceiro que levaria com ele todas as almas maléficas vivendo sobre à Terra.
Claro que como toda profecia apocalíptica, corre o risco de não acontecer nada e de Nibiru não existir ou que nenhum objeto oito vezes maior que Júpiter passe próximo à Terra. Para não esfriar o ânimo dos amantes do apocalipse, um novo candidato à ‘cometa justiceiro’ surgiu há poucos dias. O AS03D20, um grande asteroide, cujas dimensões ainda estão sendo apuradas, foi descoberto pelo Observatório robótico ISON-Kislovodsk.
O AS03D20 será o cometa mais visível pelo homem moderno, pois presume-se que atingirá magnitude -15 (a lua cheia tem magnitude -13 e o sol -26). Pelos cálculos dos cientistas, o dia de maior aproximação do cometa será em 15 de novembro de 2013 e tudo promete ser um excelente e histórico evento astronômico. Os dados de trajetória, densidade e tamanho real do objeto estão nesse momento em fase de levantamento, mas tudo indica que será algo muito interessante e talvez, arrepiante.
Mudanças vindas do espaço
O ser humano possui em sua natureza o desejo da renovação, talvez por isso muita gente anseie por algo que venha a mudar drasticamente a forma com que vivemos aqui na Terra. Muitos acham que isso virá para trazer algum equilíbrio, entre homem e natureza. Ocorrendo, quem sabe a sociedade melhore e se torne mais espiritualizada e dê um passo à frente nesta dura evolução moral que parece nunca acontecer na prática.
A ciência com sua impotência, não promete a salvação, caso um asteroide venha a se chocar com a Terra, ela apenas nos abre os olhos para uma dura verdade: que nossa vida é muito mais delicada e sensível do que imaginamos e que a qualquer momento tudo pode ser arrasado num piscar de olhos. Colocando à prova, o nosso desejo egoísta de achar que temos um poder imenso, que somos os únicos seres pensantes do universo, que toda a criação foi destinada somente a nós e que todo o resto é vazio, frio e escuridão.
Um evento desta natureza, que nos pegue de surpresa, possivelmente, nos faria pensar em muita coisa jamais imaginada. Poderia nos levar a refletir sobre a nossa vida e o que realmente fazemos neste planeta. Realmente talvez seja a hora mesmo da humanidade passar por alguma grande provação, só nos resta saber se isso será pela “Justiça Divina” ou por um fator cíclico e puramente natural. Sobre isso, Sir Isaac Newton afirmou “a ciência explica que os planetas giram em torno do Sol por causa da gravidade, mas não seria Deus quem criou a gravidade para que sua vontade faça com que os planetas girem em torno do sol?”.
Diante de tudo isso, se você é apocalíptico e começa a achar que nada vai acontecer e o Nibiru provavelmente não vai causar nenhum estrago a Terra, não desanime, em novembro de 2013, o AS03D20 poderá gerar novos momentos de ansiedade e emoção.
* Fábio Bettinassi (MG) é publicitário e coeditor do portal - ASTROVIA.
- Com informações da Nasa e tradução do autor. - Blog Um Novo Despertar
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra a aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações pelo bramido do mar e das ondas". (Lc 21,25)
"O terceiro anjo tocou a trombeta. Caiu então do céu um astro enorme, ardendo como um facho. Precipitou-se sobre a terça parte dos rios e nas fontes de água. O nome do astro é Absinto. E se converteu em absinto a terça parte das águas. Muitos homens morreram das águas que se tornaram amargas. O quarto anjo tocou a trombeta. Foi ferida então a terça parte do sol, da lua e das estrelas, de sorte que escureceram em um terço. O dia e a noite perderam uma terça parte de seu brilho.
O quinto anjo tocou a trombeta. Vi uma estrela que caíra do céu sobre a terra. Foi-lhe dada a chave do poço do abismo. Abriu o poço e do poço subiu uma fumaça como a fumaça de um grande forno. O sol e o ar escureceram por causa da fumaça do poço." (Livro do Apocalipse – São João)
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