13.12.2012 - Ante o aumento do pedido de ajuda por parte dos fiéis que acreditam estar afetados pelo demônio, a arquidiocese de Milão na Itália, encabeçada pelo Cardeal Angelo Scola, habilitou uma linha de atenção e nomeou mais sacerdotes exorcistas para facilitar o processo complexo de discernimento nestes casos que a Igreja leva muito a sério.
Dom Angelo Mascheroni, Bispo Auxiliar de Milão e responsável pelo colégio de exorcistas da arquidiocese explicou que começamos com esta iniciativa "a partir da necessidade" e busca ser uma melhor coordenação dos esforços pastorais.
A Arquidiocese dispôs um telefone central habilitado durante as tardes que pode dirigir os fiéis ao exorcista mais próximo. "Quem precisa, pode ligar e encontrar uma pessoa que lhe dê os endereços mais próximos da zona para que as pessoas não tenham que viajar por distâncias longas" e ressaltou que "a Igreja deve escutar a estas pessoas, faz parte do seu ministério".
A atenção pastoral dos fiéis que temem sofrer um ataque do maligno é cuidadosa e atenta, na qual se discernem as possíveis causas naturais e espirituais das situações. "No ministério dos exorcistas é fundamental escutar e dar consolo, porque vêm pessoas afetadas que afetam aos demais", relatou o Prelado. "Todos são recebidos com grande serenidade e não podemos permitir que se desalentem, porque o Senhor é mais forte que o demônio".
O Cardeal Angelo Scola, arcebispo de Milão, habilitou seis novos sacerdotes exorcistas ante o número de pedido de ajuda por parte dos fiéis.
Os doze sacerdotes exorcistas informaram à arquidiocese os lugares e horários nos quais se encontram disponíveis. "Sugeri a eles que tenham a sua própria agenda e que não se aflijam pela grande quantidade de trabalho", afirmou Dom Mascheroni. "Devem ter entre duas ou quatro conversas por dia, não mais que isso, pois já seria demasiado". O critério de discernimento é complexo: "envolve a mente, a ética, a dor física e psíquica".
O Prelado também explicou que os casos de verdadeira presença do demônio são estranhos, e que muitas pessoas que vão aos exorcistas o fazem porque padecem dificuldades que atribuem ao maligno. Nesses casos "é importante discernir bem as situações", expressou o Bispo.
Os exorcistas também precisam observar a vida de fé das pessoas, depois de escuta-las. "Pergunto-lhes se costumam ir à missa aos domingos, quando se confessaram pela última vez..." "Se já faz mais de dez anos que a pessoa não se confessa, digo-lhe que vá primeiro se confessar e que depois vemos as outras coisas".
Finalmente, Dom Mascheroni expressou a vontade da Igreja de ajudar a quem sofre este tipo de situações para que não sejam vítimas de bruxos e estelionatários que podem tirar um benefício econômico das dificuldades destas pessoas.
"A Igreja deve escutar a estas pessoas, faz parte do seu ministério. Então, se o demônio estiver verdadeiramente presente, o Evangelho nos diz como se comportou Jesus: orando, jejuando e amando", concluiu.
Fonte: ACI
==================================================
Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
"Eis que um homem exclamou do meio da multidão: Mestre, rogo-te que olhes para meu filho, pois é o único que tenho.
Um espírito se apodera dele e subitamente dá gritos, lança-o por terra, agita-o com violência, fá-lo espumar e só o larga depois de o deixar todo ofegante". (Lc 9, 38-39)
"Sede sóbrios e vigiai. Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar". (1Pd 5,8)
Leia também...
Polônia. Lançada primeira revista católica do mundo dedicada ao tema do Exorcismo
A existência concreta do diabo e a importância do retorno dos exorcismos
Brasil: Filho adepto do satanismo mata mäe por ela acreditar em Jesus
Padre Amorth; O diabo gosta de apropriar-se dos que ocupam cargos políticos
Famoso exorcista Padre Fortea: Sacerdotes devem vestir-se como tal