23.11.2013 - O governo do primeiro-ministro Mario Monti, da Itália, confirmou que a Igreja Católica terá de pagar impostos a partir de 2013 sobre suas propriedades de cunho empresarial, como hotéis, restaurantes, hospitais, clínicas, escolas, centros esportivos e imóveis para alugar. Propriedades que tenham templo ou outra instalação de fins exclusivos às atividades religiosas permanecerão isentas de tributo.
Por desfrutar da isenção do ICI (Imposto sobre Primeira Residência), a Igreja italiana concorre com vantagens nesses diferentes setores de negócios, o que a tornou uma das mais ricas da Europa.
No dia 1º de janeiro, quando começa o ano fiscal, o governo divulgará o marco regulatório sobre a cobrança do imposto.
O jornal La Repubblica estima que, com a medida, as finanças italianas obtenham uma arrecadação extra de até € 25 milhões (cerca de R$ 60 milhões) por ano. Cálculos do governo, contudo, preveem uma arrecadação mais elevada.
O governo italiano tomou a decisão depois de intenso debate, que incluíram de um lado a pressão da UE (União Europeia) e de contribuintes e, do outro, a resistência dos bispos em aceitarem o fim do privilégio.
A cobrança do imposto faz parte do pacote de medidas de austeridade que a UE está impondo à Itália para combater a recessão do país.
O comerciante Marco Catalano, 35, de Roma, foi um dos 180 mil signatários de uma petição para que houvesse o fim da mamata. “Eles [os bispos] possuem os mais belos edifícios do centro de Roma, em solo italiano, e os alugam a preços de mercado”, disse Catalano.
Com informação do National Secular Society. e Blog Paulo Lopes
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