Cardeal Bertone convida a todos os eclesiásticos na Santa Sé a usar a batina


16.11.2012 - Uma circular interna assinada pelo Cardeal Bertone convida a todos os eclesiásticos que trabalham na Santa Sé a usar a batina preta ou o “clergyman”.

O hábito deve fazer o monge, ao menos no Vaticano. No último dia 15 de outubro, o Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado, assinou uma circular enviada a todos os entes da cúria romana para enfatizar que os sacerdotes e religiosos devem se apresentar ao trabalho com a vestimenta adequada, isto é, o “clergyman” ou a batina preta. Nas ocasiões oficiais, sobretudo na presença do Papa, os monsenhores já não poderão deixar no armário as vestes de botões vermelhos e a faixa violeta.

Um chamado ao respeito às normas canônicas que representa um sinal preciso, que seguramente terá eco inclusive fora das fronteiras do menos estado do mundo: de fato, no Vaticano são raríssimos os religiosos que não se vestem como tal. E é provável que este chamado a uma apresentação fiel e impecável, formalmente, seja interpretado como um exemplo aos que vêm de fora do Vaticano, isto é, para os bispos ou sacerdotes de passagem por Roma. Uma forma de “dizer à sogra que entenda a nora”, como se diz em italiano.

O Código de Direito Canônico estabelece que “os clérigos devem portar um hábito eclesiástico digno”, segundo as normas emanadas pelas diferentes conferências episcopais. A Conferência da Itália, por exemplo, estabelece que “o clero, em público, deve usar a batina ou o ‘clergyman’”, isto é, o traje negro ou cinza com o colarinho branco. O nome em inglês revela a sua origem protestante, mas passou a fazer parte do vestuário dos eclesiásticos católicos, mesmo que no início tenha sido uma concessão aos que tinham de viajar.

A Congregação vaticana para o Clero explicava, em 1994, os motivos sociológicos do hábito dos sacerdotes: “Em uma sociedade secularizada e tendente ao materialismo”, é “particularmente necessário que o presbítero — homem de Deus, dispensador de seus mistérios — seja reconhecível aos olhos da comunidade”.

A circular de Bertone pede aos monsenhores que usem o hábito de botões vermelhos nos atos “em que esteja presente o Santo Padre”, assim como nas demais ocasiões oficiais. Um convite que também se estende aos bispos que assistem a uma audiência com o Papa, que, a partir de agora, deverão seguir rigorosamente a etiqueta.

O uso de vestes civis para o clero esteve relacionado, no passado, a situações particulares, como no caso da Turquia, durante os anos oitenta, ou do México, até há pouco tempo, onde os bispos estavam acostumados a sair de casa vestidos como empresários. Este costume foi se estendendo pouco a pouco pela Europa: não devemos esquecer as famosas imagens do jovem teólogo Joseph Ratzinger de palitó e gravata escura durante os anos do Concílio. Há anos, sobretudo entre os jovens sacerdotes, registra-se uma contracorrente. Uma mudança “clerical” que agora está formalizada em uma circular do Secretário de Estado.

Fonte: http://fratresinunum.com/

======================================================

Nota de  www.rainhamaria.com.br  -  por Dilson Kutscher

Este artigo acima lembrou-me das palavras do Padre Leonardo Holtz, que disse:

Há aqueles sacerdotes que NÃO USAM o hábito, mas adoram comentar e criticar os que usam; estes senhores, bem no fundo de suas almas, sentem o incômodo da consciência, porque sabem que a presença daquele hábito é para eles uma constante lembrança de suas infidelidades e que deveriam viver a sua consagração com mais dedicação.

Um sacerdote que passa de batina nas ruas faz aquele que está afastado da Igreja há algum tempo lembrar que ele precisa se reconciliar com Deus; Às vezes a pessoa está em seus afazeres diários e nem está pensando em Deus; mas ao ver aquele padre passar, DUVIDO que dentro de sua cabeça e de seu coração a vozinha da consciência não diga “já faz tempo que você não vai à Igreja” ou “você tem tanto tempo pra tudo… precisa de um tempo para Deus também”.

Até mesmo os ateus ou os hereges sentem a consciência arder quando um sacerdote passa de batina. Nem que seja para dar-lhe um olhar de desdém ou cantarolar uma música pentecostal (que não é, em absoluto, para louvar a Deus, mas, antes, para ‘provocar’ o padre). Se eles REALMENTE não ligassem e não se importassem, ficariam em silêncio e ignorariam o sacerdote. Se fazem algum gesto, por menor que seja, é porque algo dentro deles diz: “você está errado e precisa de conversão!”

A batina é um sinal de consagração a Deus. Sua cor negra é sinal de luto. O padre morreu para o mundo, porque tudo o que é mundano não lhe atrai mais

Leia também...

Melhor a batina! Quem ama o sacerdócio, não brinca com o seu uniforme!

Sinal dos Tempos: Padres velhos jogaram batina fora para dar impressão de jovens?

As Sete Excelências da Batina

Padres de Batina: Benefícios do uso do Traje Clerical

Padre Michel Rosa, 31 anos, longa batina preta e missas rezadas em latim

 


Rainha Maria - Todos os direitos reservados
É autorizada a divulgação de matérias desde que seja informada a fonte.
https://www.rainhamaria.com.br

PluGzOne