22.05.2012 - Um grupo de cientistas publicou recentemente um artigo desmentindo as "infladas" cifras sobre o aborto na América Latina difundidas pelo abortista Instituto Guttmacher, que em alguns casos chegou a superestimar em 18 vezes a cifra real.
O artigo científico, titulado Sobrestimación del aborto inducido en Colombia y otros países latinoamericanos" (Superestimação do aborto induzido na Colômbia e outros países), revela que para obter a cifra difundida pelo Instituto Guttmacher, dos supostos 400.400 abortos realizados na Colômbia em 2008, " não há dados objetivos baseados em eventos da vida real, a estimativa é baseada em números imaginários".
Na análise, os especialistas revisaram detalhadamente o método de estimativa do Instituto Guttmacher, "para as implicações que este relatório poderia ter sobre diferentes áreas de interesse".
Os cientistas latino-americanos, entre os quais se encontra o chileno Elard Koch, criticaram que no estudo difundido pelo instituto abortista "toda a estimativa se apóia em números imaginários subjacentes de opiniões".
Koch também um dos autores de um estudo que desmente a relação entre a legalização do aborto e a redução da mortalidade materna, como afirmam diversos grupos abortistas no mundo.
O artigo critica que no estudo dos abortistas, "Mesmo como pesquisa de opinião pública, a técnica de amostragem teve um grave viés de seleção no levantamento de informação".
Os cientistas revelaram que a metodologia usada pelo Instituto Guttmacher superestima em mais de nove vezes as complicações hospitalares por aborto induzido, e em mais de 18 vezes o número total de abortos em sete países da América Latina, incluindo o Brasil.
A denúncia não é novidade. Em diálogo com ACI Digital em março deste ano, fontes de um movimento pró-vida braseiro recordaram que uma investigação da Universidade da Brasilia em conjunto com o Instituto de bioética, direitos humanos e gênero (que não tem nenhuma relação com a Igreja Católica ou o movimento pró-vida no Brasil) calculava que os abortos provocados no país não passam de 100 mil por ano, uma cifra muito distante da que oferece o Ministério de Saúde afirmando que anualmente são realizados mais de 1 milhão e 500 mil abortos. Segundo as fontes do movimento pró-vida consultado pela nossa redação o Ministério não distingue entre abortos induzidos e abortos espontâneos (gravidezes que terminam na expulsão do feto do útero independentemente da vontade da mãe).
Os outros países afetados pelas cifras infladas do Instituto Guttmacher são: Argentina, Chile, México, Peru, Guatemala e República Dominicana.
"Estes resultados chamam à cautela com este tipo de informação que alarma a opinião pública", alertaram os cientistas.
Para ler o artigo completo em espanhol acesse: http://www.nietoeditores.com.mx/ginecologia-y-obstetricia-de-mexico/5/4883-sobrestimacion-del-aborto-inducido-en-colombia-y-otros-paises-latinoamericanos.html
Fonte: ACI