05.12.2006 - Há 37 anos trabalhando no ramo, o titular do Cartório de Registro Civil do 2º Ofício em Londrina, Marcelo Julião, afirma que existe uma inversão na escolha dos nomes das crianças.''Pessoas que antes escolhiam nomes mais complicados, preferem hoje os nomes mais simples. Já as pessoas mais simples, que antes colocavam nomes comuns nos filhos, hoje preferem os mais complicados'', constata.

Entre vários casos curiosos, ele cita os nomes ''americanizados'', aqueles onde os pais desconhecem, inclusive, o significado. Há muito tempo, um pai tentou colocar o nome do filho de ''Murder'', que o significado em inglês é ''assassino''. ''Não deixei. Expliquei para o pai o significado e que aquilo futuramente traria constrangimento ao filho. Ele mudou de idéia na hora'', relembra.

Mas nem sempre o trabalho de convencimento é possível. Há pouco mais de três meses, um casal procurou o cartório de Julião, depois de já ter passado por outro, tentando registrar o nome do filho de ''Lúcifer''.

O cartorário explicou que não poderia registrar a criança com esse nome em função do significado. Numa atitude extrema e bastante estranha, os pais pediram, então, que colocassem o nome de ''Jesus''. ''Este era a segunda opção de nome''.

Diante da afirmativa do cartorário, o casal se mostrou revoltado e queria saber o porquê de concordar com um nome e com o outro não. ''Acho que o interesse deles era polemizar mesmo. Eles vieram preparados''. O caso foi parar na Justiça. ''Em situações como esta, que são raras, encaminhamos para avaliação de um juiz, que indeferiu o pedido dos pais''. Até hoje Julião não sabe o nome que foi dado à criança. ''Depois disso, o casal sumiu''.(M.O)

Fonte: Folha de Londrina

Enviado para o Portal Anjo pela amiga Rosimeyre, Londrina PR.

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