03.03.2012 - “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Sois semelhantes a sepulcros caiados, que por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão. Por fora pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade”.
Jesus de Nazaré (Mt 23,27.28).
Uma boa conversa pode ser um grande engano.
Um belo rosto não significa um lindo coração.
Um corpo colossal e estonteante não quer dizer uma cópula fenomenal.
Uma boa oratória não afirma e nem confirma o caráter do orador.
Uma linda mansão não mostra um excelente lar.
O luxo também revela o lixo.
A fortuna é reveladora da perversidade do afortunado.
O cargo muitas vezes presta para seduzir e manipular.
O poder que deveria ser uma forma de servir, na maior parte serve para destruir.
A manifestação demasiada de felicidade, gargalhada, abraços, doação e de amizade pode ser teatro.
Atitude exacerbada de paixão, amor e carinho, podem ser na verdade, doença psíquica.
O matrimônio não é um paraíso quando a encenação é a sua realidade.
Uma boa formação não é sinal de uma ótima educação.
Galgar a hierarquia pode ser por persistência e por fazer parte do esquema do grupo e não por ser intelectual e nem pelo talento que não possui.
Caríssimos paramentos e belíssimas celebrações não são sinônimos de santo sacerdote e de zelo pelo sagrado.
A casa paroquial ou pastoral pode ser uma moradia infernal.
A vida não é vivida em comunidade quando o outro é louco, inimigo e cemitério.
Na religião, muitos vivem um teatro que dar inveja aos profissionais da área.
A prática imposta e exagerada na busca de espiritualidade e normas radicais para vida religiosa são modelos de profissionais na hipocrisia.
A experiência da farsa, a arte do fingimento e a ganância controlada, alcançam o objetivo, no entanto...
Você pode ser enganado e perder tudo apenas no que vê.
A sua vida não depende das aparências, se depender é fatal. A sua vida depende de conteúdo, caminhada para o conhecimento e do respeito pela dignidade humana.
“Nós somos aquilo que fazemos repetidas vezes. A excelência, então, não é um ato, mas um hábito: o bem do homem é a alma trabalhar no caminho da excelência uma vida inteira”.
Aristóteles (384 – 322 a.C.) - Filósofo Grego
Ainda há tempo para mudar, e gente sábia mudar para melhor e constroem hábitos excelentes para promover a paz, a caridade, à justiça e a comunhão plena entre todos.
Pe. Inácio José do Vale
Escritor e Conferencista
Mestre em Psicanálise Educacional
Especialista em Ciência Social da Religião
E-mail: [email protected]
www.rainhamaria.com.br