21.12.2011 - As tropas americanas voltaram para casa e a guerra no Iraque está oficialmente encerrada, mas os militares ainda detêm uma importante lembrança do conflito: um extenso banco de dados com exames de retina, impressões digitais e outros dados biométricos de identificação de milhões de iraquianos. Os registros podem se tornar uma poderosa arma contra o terrorismo, mesmo daqui a vários anos.
Segundo a revista americana Wired, o centro de comando militar americano no Oriente Médio e no sul da Ásia confirmou que os dados biométricos, compilados pelas tropas dos EUA através dos anos, permanecerão sob propriedade de Washington. "O centro de comando tem os dados", disse o porta-voz, o major T.G. Taylor, que afirma que eles têm arquivos de três milhões de iraquianos. Em outras palavras, o govenro iraquiano não possui o controle sobre uma série de informações sobre seus cidadãos.
Durante a maior parte da guerra, tropas dos EUA carregavam equipamentos de visor com dispositivo de digitalização e registravam dados dos iraquianos que encontravam. Alguns tiveram suas informações coletadas por serem suspeitos de atividades insurgentes que estavam sendo levados para prisões. Moradores de cidades violentas, como Fallujah, só voltavam para casa após uma viagem se mostrassem a militares americanos um cartão de identidade completo com dados biométricos. Além disso, iraquianos passavam por exame de registro da íris quando queriam entrar para a polícia.
Tudo isso fez parte de um esforço para responder ao maior e mais incômodo desafio da guerra: distinguir insurgentes de civis iraquianos. E esse trabalho não vai desaparecer, apesar do fim da guerra. Ele fará parte das missões antiterroristas dos EUA por muito tempo. Segundo o major T.G. Taylor, o banco de dados digital não está disponível ao governo iraquiano, mas os cidadãos que quiserem acessá-lo podem ir até a embaixada dos EUA em Bagdá.
Fonte: Terra noticias
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