14.12.2011 - Por Pedro Paulo Di Bernadino, OCD – Editora Paulus
“Onde não há amor, ponha amor e colherá amor.” São João da Cruz
“Ao entardecer desta vida, examinar-te-ão no amor.” São João da Cruz
“Desnorteado por tantas vozes barulhentas e desconhecendo por completo as vias misteriosas de Deus, muitos se perdem no caminho que deveria levar à realização plena de suas aspirações e potencialidades.” Frei Pierino Orlandini, OCD
São João da Cruz “como mestre experimentado nos caminhos do Espírito Santo, leva-nos, passando pelas noites das provas e da purificação, à comunhão plena com ‘Aquele que nos ama’ desde sempre e para sempre”.
“Só Deus é a fonte verdadeira de toda autêntica humanidade.” Os santos nos mostram “a necessidade de ser de Deus, se queremos voltar a ser verdadeiramente humanos.”
“A humanidade é a primeira feliz experiência que fazemos ao nos aproximarmos do homem de Deus. Melhor, diria que somente os santos são homens no pleno sentido da palavra. Quanto mais o homem se deixa tomar por Cristo participando da plenitude de sua vida – aquela verdadeira, ou seja, eterna – mais se enriquece de humanidade.”
Gonçalo é conquistado pela beleza, pelos modos suaves, pela graça e por aquele candor invisível que as almas boas emanam sem o perceber e que conquista os espíritos sensíveis às exigências das transparências. p.17
Ama-a devido àquele fascínio misterioso e vinculativo que as almas simples, inocentes e retas exercem inconscientemente sobre o coração dos homens. p.18
“[...] não deu nem mesmo o justo peso aos conselhos [...]” p.18
Por enquanto dorme tranqüilo, ignorante da realidade que o espera e sem ver as lágrimas da mãe, habilmente escondidas entre sorrisos e carícias. p.21
Escolhe, talvez, as calçadas das ruas para oferecer-se ao dinheiro? Nem por sonho! p.21
O Senhor não o chama para a vida religiosa; nenhuma voz, nenhum sinal revelador para consagração total; não será monge ou eremita; o anseio de Deus, porém, o acompanhará por toda a vida, terá filhos, será cristão autêntico. p.29 (sobre Francisco, irmão de João)
A cidade medieval, construída sobre penhasco escarpado, com as cinco torres de sua fortaleza, recorda a altivez do espírito castelhano, religioso e guerreiro ao mesmo tempo, inclinado à ternura, mas também indomável e bravio. p.30
“Aqui vivem, em criança, são João da Cruz.” (inscrição da lápide do lugar de seu nascimento)
Muitos anos mais tarde, quando começa a difundir-se a fama de santidade de são João da Cruz, o padre Cristóvão afirmará: “Francisco de Yepes é santo como seu irmão.” p.32
Se o tempo não nos aproxima de Deus, é vazio, perigoso. p.33
O tempo passou e João já completou 14 anos. Atinge [...] o máximo de sua altura que, [...] não passa de um metro e meio. Seu porte é modesto e sereno, tem o rosto moreno e agradável, constituição robusta, olhos negros e vivos, é encantador e tranqüilo. Todos lhe querem bem, a todos parece simpático. p.38
24 de fevereiro de 1563, entrada de são João da Cruz no Carmelo.
São João da Cruz dizia que há 12 estrelas que nos guiam pelo caminho da perfeição. São elas:
- Amor a Deus
- Amor ao próximo
- Obediência
- Castidade
- Pobreza
- Assistência ao coro
- Penitência
- Humildade
- Mortificação
- Oração
- Silêncio e
- Paz, p. 57
A plena liberdade do espírito é necessária e indeferível a quem oferta a própria existência ao Senhor. p.42
A Regra da Ordem não oferece programa diferente: “Cada um permaneça em sua própria cela, meditando de dia e de noite na lei do Senhor, e vigiando em oração.” As outras atividades, quando necessárias e oportunas, devem conduzir à realização deste programa fundamental, ou seja, devem favorecer a intimidade com Deus. p.42
Frei João intui imediatamente: a origem da Ordem encontra-se nos tempos veterotestamentários, e precisamente na pessoa e na missão profética do homem que se consumiu pela honra e glória de Deus. Elias, o tesbita. A figura deste profeta – que, possuído pelo espírito de Deus, é como espada de fogo e que, perseguido à morte pela ímpia Jezabel, através do deserto e da humilhação, faz, na gruta do Horeb, a experiência da presença de Deus – impressiona profundamente o noviço. p.43
O carmelita deve, pois, entregar-se a Deus à semelhança de Elias, tornando-se chama de Deus para renovação deste mundo. O que se dá pela profunda oração que acontece no recolhimento e no silêncio, além da confiança e abandono em Deus avivados pelas provações, sofrimentos.”
O Opus Dei constitui, naturalmente, a ocupação principal, a liturgia é a gálico-romana do Santo Sepulcro. p.44
Deus penetra no coração como fogo ardente que se encerra nos ossos, como diz o profeta Jeremias. (Jr 20,9)
Na vida espiritual, para frei João, subtrair-se à obediência significa expor-se a todos os perigos.
Mas, como vemos, o Carmelo sofreu profundas e significativas transformações: de ordem eremítico-contemplativa tornou-se ordem mendicante. p.60
Um coisa é certa; o Carmelo de eremítico tornou-se apostólico.
Naquela época, só o fato de ter freqüentado a Universidade de Salamanca é título de respeito e admiração. p.65
A cultura universitária o iluminou profundamente nos mistérios de Deus e da salvação. p.66
A casa não está repleta de Deus onde se podem ver os sinais da presença do mundo; e aonde está o espírito do mundo, não pode estar quem é de Deus. Luz e treva não se coadunam. Dois contrários no mesmo espaço não podem coexistir. p.67
“Vamos daqui, antes que aquele diabo chegue.” p.69 Alguns diziam isso em referência a São João da Cruz.
Deseja subir ao altar com as mãos puras. p.69
“Antes morrer e deixar-se fazer em pedaços do que pecar.” São João da Cruz p. 70
Frei João não se ilude; sabe que deve ter “medo” de si mesmo. Treme como tremeram e tremem todos os amigos de Deus conscientes de portarem riquezas divinas em vasos de barro.
“Pedi a graça de não ofender a Deus gravemente, mas de sofrer nesta vida por todas as culpas que teria cometido se Deus não me tivesse sustentado.” “Padre, - continua irmã Ana Maria – crê que foi atendido?” “Creio – é a sua resposta [...]. p.71
Deixar-se levar por aquilo que não é Deus, significa abraçar o nada. p.72
O silêncio é para aqueles que falam com o coração, a solidão é para os amantes. O Senhor faz tanto um quanto a outra pra os que vivem nele. p.72
Foi no início de setembro de 1567 que São João celebrou sua primeira missa. p.73
[...] e logo se disse missa. p.75
“Desejamos, pois, que se consagrem inteiramente de modo particular à contínua e familiar conversação com Deus, e que, voltados à oração discursiva ou contemplativa, se esforcem por se unirem a ele tão estreitamente [...].” p.75
“ [...] movido pelo desejo de incrementar a nossa ordem.” p.75
Fundação de algumas casas de religiosos contemplativos, os quais se ocuparão em celebrar a missa, rezar, cantar o Ofício Divino; além disso consagrarão à oração, à meditação e às outras práticas de piedade um número de horas convenientes de modo a merecer o nome de casa ou mosteiro dos carmelitas contemplativos. Esses ajudarão também aos outros e viverão segundo as antigas Constituições. p.76
Teresa o faz compreender que louvaria muito mais ao Senhor se, ao invés de buscar a Cartuxa, realizasse o mesmo ideal em sua própria Ordem. p.78
“Os do pano”, quer dizer “os calçados.”
Quando Deus é posto sempre em primeiro lugar, a alma goza de imensa paz. p.81
28 de novembro de 1568, professam os primeiros descalços: Frei Antônio de Jesus ( ex-frei Antônio de Herédia), frei João da Cruz ( ex-frei João de São Matias) e frei José de Cristo ( ex-diácono frei José). p.84
O profeta Elias, tido sempre e com justa razão como pai e fundador da Ordem. p.85
Os três eremitas estão felizes e fervorosos, edificam os vizinhos com a sua vida retirada, pobre e penitente. p.85
A 11 de junho de 1570, os descalços se transferem de Duruelo, onde fundaram sua primeira casa, para Mancera. p.89
É a encarnação de ideal que atrai, é a coerência de vida que conquista. Os descalços falam pouco, vivem em silêncio, raramente saem, preferem a solidão, vestem-se com pobreza, andam com os pés desnudos e têm comportamento que revela aos espíritos atentos a comunhão com Deus. p.90
Não vive de maneira diversa do que ensina. p.91
O programa é simples, mas empenhativo; conhece-o bem porque é sua vida de todo dia. O ideal é o mais alto: a comunhão com Deus, isto é, o vértice da contemplação. p.91
Por mundo, frei João entende tudo o que não conduz a Deus, tudo o que neutraliza a ação do Espírito nas almas e impede que se lancem à plenitude do amor. p.92
Como é possível viver no mundo sem conformar-se com seu espírito? De que maneira se pode ir contra a corrente sem se cansar, sem se deixar levar? O mundo tem tamanha força de atração que para resistir a ela é necessário o exercício das virtudes evangélicas em grau heróico. p.92
Quem amarra o coração às contingências não pode, nem mesmo com todo esforço que empenhe e boa vontade que tenha, unir-se ao Criador. p.92
Contingente = adj. 1. que pode, ou não, suceder ou existir; duvidoso, eventual, incerto 4. filos. Que não é necessário ou essencial, mas depende das circunstâncias. S.m. filos. o que não é necessário ou essencial.
A renúncia, ainda se, nos primeiros tempos, muito dolorosa, é necessária para fruir das criaturas segundo as intenções do Criador. p.94
Este ( o homem) é chamado a possuir sem ser possuído; e isso só é possível quando a criação não é mais, nele, rival de Deus. p.96
“Não são as coisas deste mundo que ocupam a alma nem a prejudicam, [...] mas somente a vontade e o apetite que nela estão e a inclinam para estes mesmos bens.” São João da Cruz
Se a justiça é a virtude que dá a cada um o que é seu, a ascese de frei João, antes de ser exigência de amor, é dever de justiça. Nenhuma criatura pode apropriar-se do coração do homem. Ele pertence a Deus. p.97
Segurança contingente = segurança inútil
Ensina com a palavra e o exemplo. p.99
O que escreve é também o que sempre viveu e ensinou, e sobre o qual porá o selo da autenticidade com a verificação pessoal. p.100
Frei João da Misericórdia foi a única pessoa a pintar um retrato de Madre Teresa sendo ela viva. E Teresa, vendo ela o seu retrato, exclama: “Deus lhe perdoe, frei João! Pintou-me bem feia e ramelenta!” p.104
Ramelenta, var. de remelenta
[...] Madre Teresa que, há tempos, por experiência própria, compreendera que somente os sacerdotes verdadeiramente doutos seriam os melhores diretores de almas. p.106
Para ele (S. João da Cruz) não há dúvidas a serem esclarecidas. Não se pode ser mais douto que santo; é necessário ser uma coisa e outra; mas antes da doutrina vem a santidade. p.107
“Religioso e estudante, religioso vai por diante.” São João da Cruz p.107
“Mudança em giro de parafuso” p.109
Nunca tem pressa, não demonstra jamais aborrecimento, responde com calma a todas as perguntas, desfaz com competência as dúvidas, esclarece situações, intui perigos, oferece sugestões iluminadas às suas penitentes. p.111
Santa Teresa chamava São João de seu Senequita. p.113
Os noviços de Pastrana desafiaram suas irmãs de Ávila na observância regular, no espírito de obediência, no exercício da penitência e da mortificação. p.112
Diz Santa Teresa de São João: “Encontrei um homem segundo o coração de Deus e meu.” p.114
É religioso singular. Sua austeridade não incute medo, tal serenidade de espírito cativa, seu recolhimento chama a atenção, sua vida penitente lembra continuamente que assinalados com o selo do Deus vivente são todos os que passam pela grande tribulação (cf. Ap 7,15). p.115
Frei João semeia, mas não com pressa, não demonstra impaciência; sabe esperar que as coisas de Deus amadureçam no silêncio da consciência. p.117
A comunhão com Deus e a vida na sua caridade, na forma mais plena e acabada (consumada) são a recompensa de ascese longa e fatigosa. p.122
Não encontrou ( o diabo) homem mole, mas fortaleza contra a qual, inutilmente encarniça-se. p.126
O santo reconhece também que havendo muita humildade e união com Deus, “não existe demônio transfigurado em anjo de luz, que bem observado, não dê a perceber quem é.” (Dit. 15) p.127
“É, pois, de advertir que todos os danos recebidos pela alma procedem de seus já citados inimigos, isto é, mundo, demônio e carne. O mundo é o inimigo que menos dificuldades oferece. O demônio é o mais obscuro de entender. A carne é o mais tenaz deles e suas arremetidas duram enquanto durar o homem velho.
Para vencer qualquer destes três inimigos é mister vencê-los os três, e, enfraquecendo m, se enfraquecem outros dois, e vencidos estes três, cessa a guerra para a alma.” São João da Cruz p. 126-127
Como se pode conformar com Cristo crucificado sem a cruz? p.138
O traidor não é homem virtuoso, e o malfeitor não é homem paciente. Além disso, depois de o ver resignado e sereno nos maus tratos, descobre-o orante. Aquele frade, tão fraco, é homem que reza, homem recolhido. Deste modo – pensará consigo o arrieiro – só se comportam os amigos de Deus. p.139
Treva após treva; um tormento mais atroz que o outro; com o corpo é martirizada a alma.
Frei João de Santa Maria foi o carcereiro que foi bom com São João da Cruz e lhe facilitou a fuga.
“É necessário renunciar a qualquer apetite ou gosto que não seja puramente para honra e glória de Deus.” São João da Cruz
O santo acolhe com amor, oriente com paciência, purifica as práticas de piedade dos vazios e perigosos sentimentalismos, indica os caminhos seguros da fé e da verdadeira devoção e aconselha os meios idôneos para alcançar a plenitude da comunicação com Deus. p.168
Assim, graças ao interesse do rei, Gregório XIII, os 22 de junho de 1580 assina o Breve da separação que dá novamente aos Descalços a confiança, tranqüilidade e paz. p.172
As sessões são celebradas com toda a solenidade por ordem e vontade expressa do próprio Filipe II, o qual se dispõe a pagar todas as despesas. p.173
“Praza a Deus me atenda!” p.174
Os santos são seres humanos; sentem também eles a necessidade de ambiente propício que sirva de estímulo para as ascensões em direção a Deus. p.174
“Deus o fez por bem, pois enfim o desamparo é instrumento de purificação, e resulta em grande luz o padecer trevas.” São João da Cruz
Agradam-nos estas fraquezas dos santos; elas nos ajudam a não esmorecer quando sentimos o peso das nossas, que não são poucas. p.175
Frei Alonso da Mãe de Deus foi o jovem a São João da Cruz resolveu a vocação. Ver p. 178
“Vá à sua cela recomendar esta necessidade a Deus.” p.180 São João da Cruz
“Aprenda, filho, a ter confiança em Deus.” p.182 São João da Cruz
“Nosso Padre, se o tempo que devo gastar para fazer visitas a estas pessoas a fim de persuadi-las a me darem esmolas, ocupo-o na nossa cela pedindo a nosso Senhor que leve estas almas a fazer por ele o que deveriam fazer por persuasão minha, e o Senhor me provê do necessário, por que devo ir a visitá-las se não há necessidade e se não se trata de obras de caridade?” São João da Cruz p.182
Ao padre João Evangelista, que lhe diz: “Deus meu, nosso Padre, quanto gozo Vossa Reverência acha em meio à cal e às pedras!”, o santo responde: “Não se admire, filho, porque tenho menos ocasião de queda tratando com elas do que com os homens.” p. 191
Naqueles instantes em que o tempo se apodera de um fragmento de eternidade, a Igreja se percebe mais rica, [...]. p.193
“Entretenha-se exercitando as virtudes de mortificação e paciência, desejando, de algum modo, tornar-se semelhante, no padecer, a esse nosso grande Deus humilhado e crucificado, pois que esta vida não é boa se não for para o imitar.” p.196 São João da Cruz
“Não pense outra coisa senão que tudo é ordenado por Deus. E onde não há amor, ponha amor e colherá amor.” p.197 São João da Cruz
Para frei João tudo se resolve com a paciência do amor. p.197
Frei João gosta também de ir rezar nas grutas do convento, onde ninguém o vê. A quem lhe pergunta o motivo, responde: “Quando me retiro nelas, tenho menos pecados para confessar do que quando converso com os homens.” p.198
Naturalmente, a chama de que fala São João da Cruz e que envolveu a alma, penetrando-a divinamente é o Amor do Pai e do Filho: o Espírito Santo. p.200
“Mistério da inabitação da Santíssima Trindade”
“Missa votiva da Santíssima Trindade” p.200
“Já sabe, filha, os trabalhos que agora se padecem. Deus assim permite para provar seus escolhidos. A vossa fortaleza estará no silêncio e na esperança (Is 30,15). Deus a guarde e a faça santa. Encomende-me a Deus.” p.201
“Filho, não se aflija por isso, pois o hábito não me podem tirar a não ser que eu me mostre incorrigível ou desobediente, e eu estou bem preparado para emendar-me de tudo aquilo em que tiver errado e para obedecer em qualquer penitência que me derem.” São João da Cruz p.202
O Senhor pode pedir certos sacrifícios porque é o único a conhecer perfeitamente aquilo de que temos necessidade.
Os sacrifícios que o Senhor nos pede é para nossa correção.
Não ter voz passiva nem ativa, isto é, não poder votar nem ser votado. p.207
Não teme as palavras injuriosas; teme, sim os elogios. [...] Os elogios o distraem do pensamento de Deus, porque tem o sabor do mundo. p.208
“A primeira cautela é que compreendas que não viestes para o convento senão para que todos te instruam e exercitem. [...] convém pensar que todos os que se encontram no convento são agentes encarregados de te exercitar, como o são na realidade: que uns te hão de aperfeiçoar por palavras, outros, por obras, outros pensando mal de ti e que a tudo hás de estar sujeito, como a estátua está ao que a lavra, e pinta e doura. E se não observares esta norma, não conseguirás conviver em harmonia no convento com os religiosos, nem alcançarás a santa paz, nem te livrarás de muitos tropeços e males.” São João da Cruz p.214
Ver nos acontecimentos a mão de Deus que tudo permite para o nosso bem e alimentar a paciência, virtude essencial a quem sofre injustiças.
Ninguém pode se encontrar com Deus por caminho diverso daquele da cruz. p.217
Para sabermos o que somos, nada melhor do que a humilhação e a dor. p.218
Cada um faz o que pode para aliviá-lo, mas a hora da dor é também a hora de Deus, por isso o doente deseja vivê-la com plena consciência e em total abandono. p.218
Para frei João o sofrimento traz o sinal das bênçãos, é dom de Deus. p.219
Na noite, frei João afirmou que os sofrimentos conferem à alma a certeza das bênçãos divinas: “O caminho do padecer é mais seguro, e até mais proveitoso, do que o do gozo e da atividade. Primeiramente, porque no padecer a alma recebe força de Deus, enquanto no agir e gozar, exercita as suas próprias fraquezas e imperfeições; depois, porque no padecer há exercícios e aquisição de virtude, e a alma é purificada, tornando-se mais prudente e avisada.” São João da Cruz p.219
“Assim, a morte de semelhantes almas é suavíssima e dulcíssima, muito mais do que lhes foi a vida espiritual inteira; morrem com os mais súbitos ímpetos e deliciosos encontros de amor, assemelhando-se ao cisne que canta mais suavemente quando vai morrer.” São João da Cruz p.223
A alma não deve apegar-se nem mesmo às consolações espirituais para ser totalmente livre para Deus e caminhar pela estrada mais segura: a nudez da fé. p.114
Fonte: http://alexbenedictus-et-patensis.blogspot.com
Enviado por Alex Borges
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