31.10.2011 - Um grupo de cidadãos boicotou a estréia em Paris da peça de teatro “Sobre o conceito do rosto no filho de Deus” do italiano Romeo Castellucci, durante a qual o protagonista inunda o cenário com excremento diante de uma imagem de Cristo.
A polêmica peça de 55 minutos de duração apresenta a história de um ancião incontinente que padece diarréia. O protagonista defeca constantemente no cenário branco que tem como cortina de fundo uma réplica gigante da imagem de Cristo “Salvator mundi”, pintada por Antonello da Messina no século XV.
A obra termina com um grupo de crianças que irrompe no cenário para jogar granadas de plástico no rosto de Cristo e a aparição de um letreiro com a frase “Você não é meu pastor”.
No dia 20 de outubro, dia da estréia no Teatro de Ville, 10 jovens do grupo “Renouvau Francais”, que segundo o jornal La Croix está vinculado à Fraternidade São Pio X, irromperam no cenário e desdobraram um letreiro no que se lia “Basta de cristãofobia!”. Os manifestantes receberam as agressões do staff da obra e foram desalojados pela polícia.
Castellucci se queixou do boicote com uma carta dirigida ao grupo na que defende sua peça e alega que seu “espetáculo” é “espiritual e crístico, quer dizer, portador da imagem de Cristo”.
Longe de suspender a obra, o Teatro de Ville decidiu processar os jovens que protagonizaram o boicote “por atos de degradação do domínio público” e “atentar contra a liberdade de criação e de expressão artística”.
O jornal católico francês La Croix, representante de um setor “progressista”, publicou uma nota na que aprova a polêmica peça e condena os protagonistas da protesta.
O diretor do Teatro de Ville, Emmanuel Demarcy-Mota, rechaçou o boicote argumentando que este “espetáculo” já se apresentou em mais de uma dezena de países europeus sem “suscitar a mais mínima reação análoga”.
O Secretário Geral do Instituto Civitas vinculado também aos lefebvristas, Alain Escada, tentou sem êxito impedir a exibição através da via legal, e expressou seu beneplácito pelo boicote.
Para Escada, “é motivo de alegria “constatar que desde a primeira representação destes espetáculos obscenos e blasfemos em Paris, a indignação dos cristãos foi manifestada com dignidade e firmeza, sem nenhum excesso, apesar de tudo o que possa escrever uma imprensa especializada em desinformar”.
Sobre estes fatos, o porta-voz da Conferência Episcopal Francesa (CEF), Dom Bernard Podvin, assinalou à agência AFP que “a Igreja Católica na França condena a violência perpetrada nos recentes espetáculos” ao mesmo tempo em que “promove o diálogo entre a cultura e a fé”.
Depois de ressaltar que a Igreja “reage quando é necessário, com determinação e sempre por meios pacíficos”, o sacerdote destacou que a CEF “apela a uma liberdade de expressão respeitosa do sagrado”.
Finalmente, o Pe. Podvin sublinha que “a Igreja Católica na França não é nem integrista nem obscurantista. Os católicos aspiram, como cidadãos, a serem respeitados no que consiste o coração de sua fé”.
Fonte: http://www.comshalom.org/blog/carmadelio/
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Diz na Sagrada Escritura:
“Se não se abreviassem aqueles dias, não se salvaria pessoa alguma; porém, serão abreviados aqueles dias em atenção aos escolhidos." (Mt. 24, 22).
"Ninguém de modo algum vos engane. Porque primeiro deve vir a apostasia, e deve manifestar-se o homem da iniqüidade, o filho da perdição," (2Ts 2,3)
"Mas o Filho do Homem, quando vier, será que vai encontrar fé sobre a Terra?" (Lc 18, 8)
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