13.09.2011 - Grupos que representam vítimas de casos de abuso sexual cometidos por padres apresentaram nesta terça-feira uma denúncia ao Tribunal Penal Internacional (TPI) acusando o Papa Bento XVI e três autoridades de alto escalão do Vaticano de crimes contra a Humanidade. Mas são grandes os obstáculos para a abertura de uma investigação na corte.
A organização Rede de Sobreviventes de Vítimas de Abusos de Padres e o grupo de direitos humanos Centro para os Direitos Constitucionais alegam que as autoridades toleraram e permitiram a prática sistemática e a ocultação generalizada de estupros e crimes sexuais contra crianças.
O TPI já recebeu cerca de 9 mil propostas independentes como esta desde sua criação, em 2002, mas nunca abriu qualquer investigação baseada neste tipo de pedido. A corte, baseada em Haia e liderada pelo promotor-chefe Luis Moreno-Ocampo, já investigou casos de genocídio, assassinato e conflitos como o de Darfur e o da Líbia, a pedido dos países onde os crimes foram cometidos ou da ONU.
O Vaticano também não é membro do TPI, o que significa que o tribunal não tem autoridade sobre a Santa Sé. Mas a denúncia inclui diversos países onde houve casos de abuso e a corte é reconhecida.
Fonte: G1 Notícias
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