28.07.2011 - Por Everth Queiroz Oliveira
A Igreja não vai abrir o sacerdócio a mulheres simplesmente porque ela não tem este poder. Foi o que declarou o bem-aventurado João Paulo II, em uma declaração ex cathedra, no ano de 1994. “Para que seja excluída qualquer dúvida em assunto da máxima importância, que pertence à própria constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar os irmãos (cf. Lc 22, 32), declaro que a Igreja não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja.”
“Esta sentença deve ser considerada como definitiva”. Ponto final. O sucessor de São Pedro, exercendo o poder das chaves que recebeu do Cristo, falou; não haverá mudança. A ordenação de mulheres não é uma hipótese; é uma proposta que foi de todo rejeitada pelo Sagrado Magistério. A Congregação para a Doutrina da Fé, em documento publicado ainda no ano de 1995, já reiterou a resposta solene da Igreja a este questionamento. O até então prefeito para a Congregação para a Doutrina da Fé, Joseph Ratzinger, foi incisivo: “Esta doutrina exige um assentimento definitivo, posto que, baseada na Palavra de Deus escrita e constantemente conservada e aplicada na Tradição da Igreja desde o princípio, foi proposta infalivelmente pelo Magistério ordinário e universal.”
Mas, há gente no próprio clero que parece não entender o recado do Papa.
É a conclusão a que chegamos quando tomamos conhecimento de sacerdotes, na Áustria e nos Estados Unidos, fazendo um verdadeiro “apelo à desobediência”: “Vamos aproveitar todas as oportunidades para nos manifestar publicamente em favor da ordenação de mulheres (…). Vemo-los como colegas, e colegas bem-vindos, ao serviço pastoral.”
Em que se transforma a autoridade de padres desobedientes a Roma? Ora, já dizia São João Bosco, “ninguém está apto para mandar se não for capaz de obedecer”. Um sacerdote que se desliga de Roma busca autoridade em si mesmo, quando a autoridade legítima procede de Deus. O católico obedece ao Papa porque esta submissão tem um fundamento anterior ao próprio São Pedro. O Verbo, gerado pelo Pai desde toda a eternidade, se fez carne, e confiou a Pedro a missão de apascentar as Suas ovelhas, de confirmar seus irmãos na fé. Aqui está a origem de nossa obediência ao Sumo Pontífice: nas palavras divinas. Submetemo-nos a Bento XVI e a João Paulo II porque eles são sucessores daquele a quem foram confiadas as chaves do Reino dos céus: “O que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16, 19).
Se até mesmo o Céu acolheu as palavras de João Paulo II, porque não as acolheram alguns padres?
A desobediência é uma invenção demoníaca, esta é a resposta. Para, a exemplo de Satã, dizer “Não servirei!”, faz-se de tudo. Transforma-se “assentimento definitivo” em “diálogo democrático”, “declaração infalível” em “discurso pastoral”… A regra para quem ignora a doutrina do Salvador é a mesma regra que conduz ao inferno um número incontável de almas: Seja feita a minha vontade.
Fonte: http://beinbetter.wordpress.com/
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