25.07.2011 - “Quão grande é a loucura daqueles que não querem submeter-se à vontade de Deus! Não padecerão menos por isso, pois ninguém pode frustrar os desígnios de Deus. Quem poderá resistir à sua vontade? (Rm 9, 19). Se Deus nos envia tribulações é em vista de um bem superior e porque isso é melhor para nós. Para os que amam a Deus, todas as coisas cooperam para o bem (Rm 8, 28). A virtuosa Judite nos atesta que o Senhor não nos castiga com a intenção de nos perder, mas de nos corrigir e tornar felizes: Devemos pensar… que os flagelos do Senhor devem servir para a correção e não para a punição (Jdt 8, 27). Para nos preservar das penas eternas, protege-nos Deus com sua boa vontade como com um escudo. Senhor, coroastes-nos com o escudo de vossa boa vontade (Sl 5, 13). Deus não só mostra desejo de nossa salvação, mas também cuida seriamente disso. O Senhor é solícito por mim (Sl 39, 18). O que nos poderá negar esse Deus que nos deu seu Filho unigênito?, pergunta São Paulo. Aquele que não perdoou a seu próprio Filho, mas entregou-o por nós todos, como não nos havia de dar como ele todas as coisas? (Rm 8, 32).”
“Com que confiança, pois, não nos devemos pôr à disposição da divina Providência, visto que todas as suas determinações visam o nosso bem. Digamos, portanto, em tudo o que nos acontecer: Dormirei e descansarei em paz, porque vós, Senhor, me confirmastes de um modo singular na esperança (Sl 4, 9). Entreguemo-nos em seus braços: Ele cuidará carinhosamente de nós. Lançai nele toda a vossa solicitude, porque ele cuida de vós (1 Pd 5, 7). Pensemos somente em Deus e no cumprimento de Sua vontade, que Ele pensará em nós e cuidará de nosso bem. ‘Minha filha, pensa sempre em Mim, que Eu pensarei sem cessar em ti’, disse um dia o Senhor a S. Catarina de Sena. Digamos muitas vezes com a Esposa dos Cânticos: Meu Bem Amado é meu e eu sou dele (Ct 2, 6). Meu Bem Amado ocupa-se de meu bem-estar e eu quero ocupar-me em agradá-lo e em conformar-me em tudo com sua santa vontade. ‘Não devemos pedir a Deus que Ele faça a nossa vontade, mas que ele nos conceda a graça de fazer o que Ele deseja’, diz S. Nilo Abade. Se nos acontecer alguma coisa incômoda, recebamo-la das mãos de Deus, não só com paciência, mas mesmo com alegria, seguindo o exemplo dos Apóstolos, que se julgavam felizes quando padeciam pelo nome de Jesus.”
- Santo Afonso de Ligório
(Excerto extraído do livro Escola da Perfeição Cristã,
capítulo segundo, da felicidade que nos procura a perfeição
Fonte: http://beinbetter.wordpress.com/