20.03.2011 - Por Evelyn Mayer de Almeida
Não bastasse tornar o homossexualismo como uma primeira classe neste país, parece que agora querem transformar-nos em seus subalternos. Fica claro que, a cada dia que passa, o Brasil não enxerga as pessoas como pes-so-as, mas pelos rótulos, pelas tribos que representam.
Não bastasse o Governo Dilma lançar o Bolsa-Blogue
Para a Maria Bethânia, agora, vejam vocês, quer criar o Bolsa-Gay. A ideia é muito simples: sabe aquelas cotas que criaram para negros, índios e estudantes de escolas públicas - que nós sabemos que NEM TODOS que estudam na escola pública são pobres, mas já tem gente se passando por só pra aproveitar o bônus -? Pois é. Agora vai ter cota pra gay! Explico. A ideia vem da Secretária Especial de Direitos Humanos, sra. Maria do Rosário, apresentou esta semana o seu "Plano Nacional de Cidadania e Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais". Trago alguns itens da lista, comentando a seguir:
- Inclusão da população LGBT em programas de alfabetização em escolas públicas ( = cota para professores gays para alunos do Ensino Fundamental I);
Quem trabalha com Educação sabe que as crianças, até os sete anos, formam a sua personalidade. Todos os conceitos de moral, ética, respeito são formados nesta idade. Ao passar dos anos, a criança aprimora isso. Então, para aproveitar esta fase, o atual Governo quer que as crianças entendam, desde pequenina, não como se "torce" o pepino, mas como se "enfia". Entendeu? Em outras palavras: o governo quer que as crianças do nosso país cresçam crendo que o homossexualismo é algo natural, e assim, criar uma nação 'livre' de preconceitos homossexuais. Queria ver o que o Gabriel Chalita tem a dizer sobre isso, já que ele é um pedagogo. Será que ele apoia a ideia?
- Criar bolsa-estudo para qualificação profissional de travestis e transsexuais;
Já que queriam tornar a prostituição uma profissão sob pretexto de que é a profissão mais antiga do mundo, agora querem profissionalizar os travestis e transsexuais. O que eu tento enteder é: como é que se profissionaliza um negócio desses??? A gente pega o adolescente e ensina-o a se vestir como mulher? Vai ter disciplina sobre como esconder o pênis na calcinha??? Que negócio é esse de profissionalizar???
- Inserir em livros didáticos temáticas que abordem o novo contexto de família ( = pai, pai, filho; mãe, mãe, filha);
Como eu disse no primeiro item, para formar a personalidade de uma criança, temos apenas os sete primeiros anos. Depois ela vai aprimorar o que a ensinamos. Colocar nos livros didáticos que o homossexualismo é algo natural vai fazer com que as crianças compreendam que isso é uma tendência, e não uma escolha do indivíduo. Logo, teremos um futuro em que as crianças decidirão se querem ou não ser heterossexual. Agora, imaginem vocês a postura do professor diante desta realidade? Se uma professora da Educação Básica flagrar duas meninas ou dois meninos em atitudes libidinosas, dependendo da idade que tiverem, só poderão advertí-los a fazer isso num lugar "a sós". Não poderá dizer que aquilo é indevido, antinatural, que a idade em que eles estão não é adequada a se fazer... não! Se ela fizer isso, poderá ser enquadrada como homofóbica. Já pensou nisso???
- Distribuição de livros em bibliotecas de escolas públicas abordando a temática 'diversidade sexual' para o público infanto-juvenil;
Depois que moldamos a personalidade das nossas crianças sobre um homossexualismo-coisa-natural, vamos "profissionalizá-los". Isso ocorrerá levando às escolas livros sobre o tema. Mas não serão apenas livros teóricos. Pode esperar que vai nascer altos romances sobre o assunto e que as professoras de Língua Portuguesa terão de abordá-los. Machado de Assis, daqui uns anos, estará empoeirado em nossas pratileiras. Quem mandou não fazer um romancinho abaitolado, né?
- Reconhecer as famílias montadas por LGBT como normal com base na desconstrução da heteronormatividade;
Aqui mora a base do projeto de Lei de Homofobia. O objetivo desta lei não é dar direito aos gays, mas desconstruir a moral e a ética. É mostrar que todos os atos são naturais e normais, e que todos devam reconhecê-lo sob probabilidade de sofrer consequências danosas caso não as siga. Portanto, amigos, preparem-se: é já que as
perseguições virão àqueles que não quiserem seguir esta modinha. Sem contar que não vai demorar para os heterossexuais sofrerem bullying por não terem experiências com relações homoafetivas. Cuidado!!!
- Inclusão das famílias LGBT no bolsa-família;
O que vai de ter de família pobre, com pai tentando alimentar os filhos, perdendo a esmola-família do Governo por causa da cota-gay não vai estar no gibi...
- Criar o Conselho Nacional dos LGBTs;
= a Sindicato Gay. Sujeitinho não pôs a ver os direitos dos gays, vai ser rechaçado!
- Criar o Estatuto dos Direitos dos LGBTs;
E consequentemente distribuí-los nas escolas, Igrejas, associações...
A sra. Maria do Rosário não deveria ter este nome. Abrindo as portas do inferno desse jeito? Ah, não devia. É impressionante como esta mulher não nota que está abrindo chances para um desvirtuar da sexualidade, dos valores, morais; como ela passa por cima dos valores tradicionais, familiares; como ela quer destruir a verdade, transformando-a em algo mau. Quantas crianças não sofrerão abusos, serão corrompidas em sua moral graças a esta lei?
O projeto ainda não foi aprovado, mas nós não temos dúvidas de que o será, né? Se o Governo Dilma é do jeito que o Diabo gosta, esta suruba é que não pode ficar de fora...
Depois de escrever
este artigo, uma amiga me chamou no canto. Leu meu artigo e me deu algumas dicas, além de fazer algumas menções. Acolhi com muito carinho e cuidado. A partir do que ela me disse, resolvi escrever estas linhas para que algumas coisas se esclareçam e para que outros leitores não venham a ter dúvidas sobre o que eu realmente critiquei no referido artigo, bem como sobre o que eu penso a respeito do tema.
O que eu tenho observado é que o que estamos vendo no Brasil não é legislar o direito do gay, mas impor à nação que devemos aceitar o homossexualismo sem discutir. Querer impor a estudantes que estão em formação de personalidade uma prática que estão considerando normal não é a saída (ao menos para mim, como educadora, não procede). Ademais, TODA PESSOA, independente do seu credo, cor, raça, "opção" sexual DEVE ser respeitada. Só que não é isso o que está ocorrendo. O que ocorre é que decidiram IMPOR uma desconstrução de heteronormatividade. Trocando em miúdos: hoje, para a nossa sociedade, ser APENAS hetero não é mais normal. Mas da onde tiraram isso? Até hoje NINGUÉM, nenhum cientista, conseguiu provar a origem fiel do homossexualismo. Uma hora é opção, outra hora é descendência psicoistórica, outra hora é isso e aquilo... E enquanto eles não decidem isso, eu, como Mãe, sou vedada a dizer ao meu filho que homossexualidade não é algo natural porque o Governo disse. Então é assim que as coisas andam? Isto é liberdade de expressão? Não. Para mim, pelo menos, não é o que parece.
Eu tenho para mim o seguinte: se o sujeito quer viver sua homossexualidade, vá lá. Eu não tenho nada a ver com isso. Só pago as minhas contas. Cada um sabe de si e responderá pelo que fizer. Mas daí dizer que não posso, de forma alguma, nadar contra isso, já é o fim da picada. E mesmo que queiram tapar o sol com a peneira, a gente está vendo sim uma construção de uma ideologia em cima do homossexualismo (e eu, sinceramente, a partir de alguns gays que conheço, não acredito que seja um ideal real de todo o mundo homossexual, e sim, de alguns militantes. Aliás, até entre os gays há conflito sobre esse assunto). Que se deva abondanar toda espécie de agressão a um homossexual por que ele é homossexual, eu compreendo perfeitamente e APOIO. Porém, não admito que isso se faça vetando os meus direitos.
E eu também não acredito que o fato de alguém ser homossexual o torna um criminoso. Tenho amigos que o são, eu os conheço bem e sei que são pessoas de bom coração. Minha crítica, não são aos homossexuais, mas ao SISTEMA que quer impor uma ideologia a toda a sociedade. Esta mania do politicamente correto já está interferindo na maneira como o ser humano enfrenta a verdade dentro da sociedade. Até na educação familiar há interferência - vide a tal lei da palmada. O Brasil não tem que ficar criando mais leis em cima de rótulos. O Brasil precisa fazer valer as leis que já existem. Até quando a gente vai ver uma remontação de leis, de isso e aquilo enquanto os verdadeiros direitos não são postos em prática? É ao Governo, ao Sistema que critico. É isso o que me aborrece. Se a pessoa decidiu - ou sei lá eu como é que se define isso - ser homossexual, isto já não é problema meu. Porém, será problema meu quando esta opção, ação ou sei-lá-eu-o-quê passar a ditar as regras dentro da minha casa ou sala de aula, porque já estará interferindo com os meus valores, com a forma como eu enfrento a sociedade e da maneira como eu transfiro isso.
Por fim, devo dizer que eu também me sinto bastante magoada em ver que porque eu sou católica eu tenho que engolir um monte de coisas que o Governo quer que eu engula. E não só eu, como a qualquer outra pessoa que se sinta impedida de dizer algo porque pensa completamente diferente das regras que se estão ditando (e que nem por isso são cristãs). E nós sabemos bem que leis que impeçam qualquer tipo de preconceito a um cristão (alá "Cristãofobia") não serão criadas. E até as que já existam, como em tudo neste país, não são tão postas em práticas como deveriam. Até porquê, à nossa sociedade, ser cristão é o mesmo que ser um fanático, um atrasado intelectual, um adorador de tabus, um preconceituoso e etc e etc. Então, como cidadã civil, quero dizer que é hora de o Governo parar de expor a sociedade em uma guerra ideológica e passar a trabalhar com as pessoas a partir do que elas são (leia-se: pessoas, seres humanos, gente!), e não do que decidiram ser. Somos gente e queremos ser tratados como gente. Jogar o peixe numa piscina cheia de piranha e vê-las se matando não será a solução. Mas parece que o nosso Governo quer ver o circo pegar fogo. E está dando certo.
PS: Não estou pedindo a ninguém que concorde comigo, só não quero ser impedida de pensar sobre tudo.
Fonte: http://www.regina-apostolorum.com
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