12.05.2010 - Massachusetts Institute of Technology seleciona 10 novos produtos e serviços em desenvolvimento que deverão mudar nossa vida em breve
Todo ano a Technology Review, revista científica publicada pelo respeitado MIT (Massachussets Institute of Technology), faz uma lista de tecnologias emergentes que apresentam soluções para diversos problemas da humanidade. A seleção é feita entre pesquisas recentes de produtos e serviços que a indústria ainda não adotou em larga escala.
Confira a lista das tecnologias:
Busca em tempo real
O Google está muito interessado em incorporar as atualizações feitas em redes sociais aos resultados. O desafio, além de tornar essas informações buscáveis, é atribuir relevância para alguns updates em detrimento de outros, e assim acrescentar conteúdo útil. Rastrear e classificar conteúdos atualizados a todo instante em redes sociais exige muito mais velocidade e novos algoritmos para acompanhar, em tempo real, milhares de updates no Twitter e Facebook, por exemplo.
Estas duas redes de relacionamento não têm problema em vender suas atualizações para os buscadores. O Google não revela muito o segredo da análise das atualizações. Mas, Amit Singhal, o responsável por esse desenvolvimento, diz a Technology Review que um perfil no Twitter com muitos seguidores e muito retwitado sai na frente de outros menores. Uma atualização feita no Facebook tem mais relevância quanto maior o número de amigos do usuário e ainda quanto mais amigos seus amigos colecionam. Outra maneira é usar a geolocalização, dependendo do local de onde é produzida uma mensagem ela seria mais relevante. Se alguém postar sobre terremoto e estiver localizado próximo à área atingida sua informação será provavelmente mais relevante do que outras mais distantes.
3D móvel
Bryan Christie Design
(Bryan Christie Design / Reprodução: MIT)
Quem pensava que a popularização de imagens tridimensionais aconteceria pelo cinema ou grandes e modernos aparelhos de TV, pode ter uma surpresa com o Samsung W960 lançado na Coreia do Sul em março. O celular conta com um software desenvolvido pela empresa Dynamic Digital Depth que converte imagens em 2D para 3D. Na posição vertical, as imagens parecem bidimensionais, mas é só virar o aparelho para a posição horizontal que elas saltam da tela e ganham volume. O software cria ilusão de perspectiva nas imagens estimando a profundidade dos objetos em cena com várias pistas, como se há um céu numa paisagem, ele provavelmente estará mais ao fundo do que as montanhas. Então, o programa produz pares de imagens levemente distintas que nosso cérebro interpreta como se fosse uma só com profundidade.
A tecnologia até poderá ser usada em TVs 3D, mas a tecnologis funciona melhor quando existem poucos ângulos de visão envolvidos, por isso o smartphone seria a melhor opção. A Dynamic Digital Depth começa também a desenvolver meios de adaptar games para 3D sem óculos nos celulares. A empresa de pesquisa DisplaySearch divulgou uma pesquisa recente que prevê que até 2018 teremos 71 milhões de aparelhos móveis com a tecnologia.
Células tronco projetadas
Com o projeto de células tronco pesquisado pela empresa Cellular Dynamics, espera-se uma grande mundaça nos modelos de doenças e na maneira como as drogas são testadas. Em 1998, James Thomson, co-fundador da empresa, conseguiu isolar células tronco embrionárias, capazes de se transformarem em qualquer célula do corpo humano, mas a técnica levantava questões éticas, pois embriões precisavam ser sacrificados. Dez anos depois, os pesquisadores conseguiram produzir células tronco a partir de células adultas, adicionando quatro genes, normalmente ativos em células embrionárias. Chamadas de células tronco pluripontentes induzidas (iPS), podem se reproduzir muitas vezes e transformam-se em qualquer célula.
Além das iPS poderem substituir tecidos danificados, cientistas produzir células específicas para testar como elas agem e testar medicamentos e contra a diabetes, por exemplo. A Cellular Dynamics já produz células do coração para os testes da gigante farmacêutica Roche. Células do fígado e cérebro devem ser produzidas no futuro, assim como células de pessoas com diferentes cargas genéticas.
Combustível solar
Organismos geneticamente modificados em teste (Bob O'Connor / Reprodução MIT)
Todo biocombustível é feito de dióxido de carbono e água. Atualmente utilizamos matéria orgânica para produzi-lo, como cana e milho. Pesquisadores decidiram eliminar a biomassa intermediária e criar um sistema para sintetizar diretamente o combustível. A empresa Joule Biotechnologies manipula e projeta genes para criar microorganismos fotossintetizantes que usam a luz solar para transformar dióxido de carbono em etanol e diesel. Os organismos ficam em espaços chamados fotobioreatores, sem necessidade de água fresca e ocupando uma área muito menor do que a biomassa tradicional.De acordo com o fundador da empresa, Noubar Afeyan, os organismos produzem combustível continuamente e deve render 100 vezes mais por hectare do que o milho produz em etanol.
"Enganar" as células fotovoltaicas
Kylie Catchpole, pesquisadora da Universidade Nacional da Austrália, trabalha desde 1994 no desenvolvimento de pequenas células fotovoltaicas mais eficientes em captar e transformar em energia elétrica a luz solar. Feitas de materiais semicondutores como silício amorfo e telureto de cádmio, elas são mais baratas do que células solares comuns, produzidas com grossos cristais de silício.
As novas células ainda seriam menos eficientes, pois, se a célula é mais fina do que o comprimento de onda da luz solar, esta será absorvida em menor quantidade. A pesquisadora passou então a estudar plasmons, uma espécie de elétron da superfície de metais que se agitam quando há incidência de luz. E descobriu que nanopartículas de prata, adicionadas às células fotovoltaicas finas, desviam os fótons (partículas ou ondas que formam a luz) que ficam indo e vindo na célula permitindo que mais comprimentos de onda da luz solar sejam absorvidos. O material produzido por Catchpole gera 30% mais energia que as células fotovoltáicas finas tradicionais.
TV social
(Bryan Christie Design / Reprodução: MIT)
A cientista convidada do MIT, Marie-José Montpetit, tenta fundir as redes sociais à TV tradicional e transformar a experiência até agora passiva dos telespectadores em algo mais colaborativo. Os grandes conglomerados da TV vêem com bons olhos a mudança, esperam que, ao linkar cada espectador com seus amigos, eles deixem de trocá-la por sites re relacionamento. A indústria publicitária também pode ganhar com isso, afinal, será mais fácil produzir conteúdo personalizado de acordo com os interesses do telespectador. Ainda é difícil saber quando e como a tecnologia vai tomar forma, mas a pesquisadora e seus alunos apresentaram um protótipo ano passado.
Concreto verde
Fazer cimento para concreto exige aquecer carbonato de cálcio pulverizado, areia, argila a mais de 1.450 °C com queima de combustível, atividade que libera dióxido de carbono, um dos elementos responsáveis pelo aquecimento da Terra. Os 2,8 bilhões de toneladas de cimento produzidos em 2009 no mundo causaram 5% das emissões do gás. Nikolaos Vlasopoulos, chefe da empresa londrina Novacem, quer produzir um material que absorva mais CO2 do que foi emitido em sua fabricação.
Ele misturou óxido de magnésio à formula e descobriu que ele reage com o CO2 da atmosfera para gerar carbonatos e - o melhor - deixa a mistura do cimentos mais resistente enquanto captura o gás. O pesquisador atualmente trabalha no refinamento da receita. Mais empresas procuram criar cimento com o mesmo conceito.
Implante de eletrônicos solúveis
Cientistas da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, trabalham em implantes óticos e eletrônicos a base de seda (a fibra produzida por uma larva). A ideia é que os aparelhos sirvam para o monitor de sinais vitais, aplicar medicação em dose e intervalos corretos, fazer testes sanguíneos e fornecer imagens para diagnósticos. Depois de tudo isso, quando o material não for mais necessário, ele se desintegra no corpo, sem necessidade de cirurgia para a retirada. Alguns testes já foram feitos e os pesquisadores falam até em fibra ótica feita de seda.
Anticorpos de dupla ação
A cientista Germaine Fuh e sua equipe da empresa Genentech desenvolvem um método para juntar dois compostos ativos de drogas contra o câncer: um combate uma substância que acelera o crescimento em alguns tipos de câncer, e o outro bloqueia uma proteína que estimula a formação de vasos sanguíneos para alimentar o tumor. Combinar os dois remédios em uma só molécula pode ajudar a solucionar problemas recorrentes em tratamentos quimioterápicos. Com o tempo, as células cancerígenas ficam resistentes a ele por meio de várias mutações e ainda conseguem driblar o efeito dos remédios. Os médicos, geralmente, misturam vários medicamentos antes que o câncer consiga se aproveitar dessa situação. Uma só droga que combaat a doença de várias formas poderá simplificar o processo de cura.
Programação em nuvem
A computação em nuvem já começa aparecer com mais frequência. Se fala dela muito sobre a previsão de que ela proporcione mais condições de processamento e armazenamento. Mas pouco se sabe sobre como a nuvem vai ser usada na programação. Com grandes bancos de dados geridos por empresas como Amazon e Google, as possibilidades são grandes. Fazer com que um programa em nuvem acesse em tempo real as informações sobre os posts mais vistos no Twitter e selecione anúncios que estejam relacionados a isso, por exemplo, pode trazer grandes mudanças na propaganda na web.
Hoje, esse tipo de uso exige desenvolvimento aplicações complexas dos programadores. O que Joseph Hellerstein, da Universidade da Califórnia, promete fazer é simplificar a vida dos programadores. Ele trabalha num software que diminuirá o trabalho complicado de rastear informações e classificar tudo o que acontece na rede. O programa já tem um nome, Bloom e deve ser lançado ainda em 2010.
Fonte: Redação Galileu
Enviado pelo colaborador Wilson Gomes - Limeira SP
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Nota de www.rainhamaria.com.br
Leia também...
Reportagem de revista pergunta: A ciência vai matar Deus ?
11.11.2006 - Parte da Reportagem da Revista Época, Edição 443 - Novembro 2006
Por que um grupo de cientistas partiu para uma cruzada contra a fé no mundo. Os ateus negam o papel de Deus na criação do Universo. Eles acham que as pessoas estariam melhor sem Deus.
Os novos ateus condenam não apenas a crença em Deus, mas também o respeito pela crença em Deus. Segundo eles, a religião não está apenas errada. Ela é perversa. A face mais visível dessa cruzada contra a religião são as dezenas de livros lançados neste ano por cientistas influentes. Três deles estão causando mais impacto. O primeiro é do zoólogo britânico Richard Dawkins, um dos mais conhecidos pesquisadores do evolucionismo. Respeitado há três décadas por suas pesquisas e seus livros de divulgação científica, ele publicou em setembro o livro The God Delusion (algo como A Ilusão de Deus), baseado em um documentário que fez para a TV inglesa. No mesmo tom, o neurocientista americano Sam Harris publicou Letter to a Christian Nation (Carta a uma Nação Cristã), uma espécie de desafio à fé cristã, amparado em uma crítica racional da religião. O mais ponderado dos três é Dennett. No livro Breaking the Spell (que sairá neste mês pela Editora Globo), ele oferece explicações naturais para o surgimento da fé e questiona o papel das religiões.
Embora usem palavras fortes, esses desafiantes não querem soar desrespeitosos. Eles dizem não pretender abalar a fé dos devotos. Seu público-alvo seriam as ovelhas desgarradas, que já trilham caminhos mais céticos. O objetivo, afirmam, é fazer os agnósticos, gente que alimenta dúvidas sobre Deus, assumir o ateísmo. Para isso, brandem o argumento mais incendiário. Dizem que a religiosidade faz mais mal do que bem à humanidade
Foi nos Estados Unidos que o grupo de militantes ateus ficou mais ruidoso. O fenômeno cultural já pode ser observado nas bancas de jornal e nas livrarias. De acordo com a Associação Americana dos Livreiros, em 2005 as obras que se enquadram na categoria "céticos e ateus" registraram o maior crescimento da História e o segundo maior entre os gêneros catalogados. A Sociedade dos Céticos edita uma revista mensal com a quinta maior tiragem entre as publicações especializadas do país. Na televisão, a dupla de mágicos Penn Jillette e Raymond Joseph Teller desmascara truques místicos e agora prega o ateísmo no programa Bullshit, no canal Fox News (exibido no Brasil pelo canal pago FX). Fim
(Para ler a reportagem completa é preciso ser assinante)
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11.11.2006 - Nota do Portal Anjo: www.portalanjo.com
Se Deus está morto... (assim dizem os ateus)
Certa vez, em Paris, alguém escreveu num muro: "Deus está morto! assinado: Nietzsche". E um outro, respondendo, escreveu embaixo: "Nietzche está morto! assinado: Deus".
"Deus não morre!", assim gritou Garcia Moreno, heróico presidente do Equador, ao cair vítima dos punhais assassinos dos inimigos da religião.
Evidentemente, Deus, eterno e imutável, não pode morrer. Caso contrário não seria Deus. Jesus Cristo, Deus e homem, morreu na cruz enquanto homem, não enquanto Deus.
Mas se Deus, objetivamente falando, não morre nunca, as pessoas podem matar Deus nos seus corações, isto é, nas suas consciências. É nesse sentido que o Apóstolo São Paulo fala que os que pecam crucificam de novo Jesus Cristo nos seus corações. Claro, quem peca, quem coincidentemente quer satisfazer a sua vontade, mesmo estando contra a vontade de Deus, tem desejo de que Deus não existisse naquele momento, e mataria Deus, se isso lhe fosse possível. Assim acaba matando-o no seu coração, na sua consciência.
Desse modo, o mundo de hoje, que "perdeu o senso do pecado", na expressão do Papa, vive como se Deus não existisse. Os homens mataram Deus, nos seus corações!
E, como disse Dostoievski, "se Deus está morto, tudo é permitido". A ausência de Deus nas consciências leva a todas as desordens morais, familiares, sociais e políticas. Como lamentava o Papa Pio XII: "uma economia sem Deus, um Direito sem Deus, uma política sem Deus". É a fonte de todo ódio, egoísmo, violência e império da sensualidade. É a causa última do caos atual.
E o contrário é obviamente verdadeiro. "O temor de Deus é o princípio da Sabedoria", como diz a Sagrada Escritura. Deus presente e respeitado nas consciências é o princípio da ordem e da felicidade pessoal, familiar, política e social.
Assim, a reforma do mundo, pessoal, político e social, só será real e séria, se começar pelas consciências. Aí está o papel do cristianismo verdadeiro na reforma da sociedade.
Por Dom Fernando Arêas Rifan,
Bispo Coadjutor da
Administração Apostólica Pessoal
"São João Maria Vianney"
[email protected]
Artigo quinzenal para o Jornal "Folha da Manha"