Risco de ataque terrorista com bomba nuclear aumentou, diz Obama


13.04.2010 - O risco de uma guerra nuclerar entre os países diminuiu, no entanto, aumentou a possibilidade de um ataque atômico por parte de grupos terroristas. A análise foi feita pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante discurso nesta terça-feira (13) na Cúpula de Segurança Nuclear, em Washington. Em seu discurso, Obama pediu um minuto de silêncio em memória das vítimas do acidente aéreo que matou representantes do governo da Polônia, incluindo o presidente Lech Kaczynski.

Obama pediu ainda que se aja mais e se fale menos sobre a questão de segurança nuclear.

O principal assessor do presidente americano na luta contra o terrorismo, John Brennan, afirmou que existem provas irrefutáveis de que dezenas de grupos radicais têm procurado armas de destruição em massa. Segundo informações de um oficial da inteligência do governo americano, citados pela emissora americana CNN, a Al Qaeda é um dos grupos que pretendem adquirir capacidade nuclear e não estaria longe de conseguir.

"Neste momento, eles não parecem ter feito muito progresso, mas continuamos revisando as informações para determinar se eles têm avançado", disse o oficial. "O desenvolvimento de um dispositivo nuclear envolve um processo técnico altamente sofisticado e a Al Qaeda não parece ter aprendido isso com base no que sabemos hoje."

A preocupação de que os terroristas consigam material nuclear e o utilizem em um ataque é uma ameaça muito maior do que a antiga preocupação de uma guerra nuclear global, de acordo com o presidente do grupo responsável pela Revisão da Postura Nuclear, documento em que a administração americana expressa a sua visão estratégica no que diz respeito ao emprego militar do nuclear.

O conselheiro presidencial John Brennan disse que a Al Qaeda. em particular, tem tentado ativamente nos últimos 15 anos adquirir armas nucleares.

"A Al Qaeda é especialmente notável por seu interesse de longa data em armas e material nuclear utilizável e também pelas competências necessárias que lhe permitam desenvolver um rendimento de produção dispositivo nuclear improvisado", disse Brennan.

Segundo Brennan, com capacidade nuclear, a Al Qaeda seria capaz de alcançar “seu único objetivo”. "Eles têm a capacidade não só de ameaçar a nossa segurança (dos EUA) e à ordem mundial de uma forma sem precedentes, mas também para matar e ferir milhares de inocentes, homens, mulheres e crianças", disse.

O crime organizado está ciente, segundo o conselheiro, do interesse do grupo terrorista na aquisição de bomba e matéria-prima, e isso levou os criminosos a buscar formas para obter esses itens em seu próprio benefício.

Sobre a possibilidade da existência de informações reais que indiquem uma ameaça ativa, Brennan disse: "Acredito que se pode perceber uma série de atividades e declarações públicas da Al Qaeda que enfatizam sua determinação em promover ataques contra os EUA e os interesses ocidentais."

De acordo com um relatório divulgado ontem pelo grupo de defesa norte-americano Nuclear Threat Initiative, houve 18 casos documentados de roubo ou perda dos dois principais ingredientes para a construção de armas nucleares.

Fonte: UOL noticias

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Lembrando em 2007 (imaginem agora)

Estudo alerta para possível uso de armas mais sofisticadas por terroristas

08.02.2007 - Um novo estudo britânico alerta para a possível utilização de armas químicas, biológicas ou nucleares mais sofisticadas por grupos terroristas.

O estudo, publicado pelo instituto britânico de relações internacionais, conhecido como Chatham House, recomenda aos Governos uma estratégia antiterrorista que leve em conta as ameaças representadas por diferentes tipos de armas.

A preocupação com possíveis ataques pode fazer com que os governantes fixem sua atenção quase exclusivamente em um tipo de ameaça, relegando as demais a segundo plano.

Essa é uma estratégia arriscada, porque os terroristas poderiam utilizar outros meios e escolher alvos diferentes, segundo os autores do estudo.

Embora reconheçam que a possibilidade de um ataque terrorista com armas de destruição em massa é "remota", suas conseqüências seriam "devastadoras e não devem ser descartadas porque sua probabilidade é considerada remota demais para ser levada em conta".

"As armas químicas, biológicas ou radiológicas mais básicas, e até mesmo algum artefato nuclear improvisado, podem ser tentadores" para um grupo terrorista, afirma o relatório.

Para os autores do estudo, as diferentes armas de destruição em massa são parte de um "sistema" à disposição de todo tipo de grupos terroristas, "dos maiores até os menores, dos praticamente improvisados até os mais organizados, dos mais pobres até os mais bem financiados".

Segundo seus autores, é importante que os Governos enfrentem o que qualificam de "sensação desmoralizante de estar indefeso". Eles acrescentam que a compreensão dos cidadãos deve ser "proporcional à ameaça, antes e depois de um ataque" terrorista.

O relatório da Chatham House explica detalhadamente quais são os diferentes tipos de armas de destruição em massa, o que um grupo terrorista pode fazer com elas e analisa a gravidade do perigo de sua eventual utilização.

A respeito das armas químicas, que alguns qualificaram como "arma atômica dos pobres", o relatório afirma que, apesar de sua produção em grande escala ser difícil, seria fácil para um grupo terrorista bem organizado e bem financiado esconder e transportar artefatos pequenos desse tipo.

A vulnerabilidade dos cidadãos às armas químicas de conseqüências letais, especialmente os agentes nervosos como o gás sarin, é evidente desde os ataques terroristas de meados dos anos 90 em Tóquio.

A probabilidade de um ataque desse tipo, ainda que em pequena escala, provocar uma reação de pânico desproporcional na população poderia fazer com que os perigos e o custo de fabricação de armas químicas valessem a pena para alguns grupos terroristas.

As armas biológicas, que empregam microorganismos e toxinas, são mais fáceis de adquirir e fabricar do que as nucleares, afirma o estudo.

Segundo o relatório, este tipo de armas teria maior impacto na consciência pública e política do que as químicas. Por isso, muitos consideram que elas poderiam se transformar nas favoritas dos terroristas.

A utilização de armas radiológicas, que podem espalhar material radioativo por uma ampla área utilizando algum engenho explosivo - a chamada "bomba suja" - e que podem ser fabricadas com material radioativo procedente da indústria, de hospitais ou de laboratórios de pesquisa, teria conseqüências políticas e econômicas graves, mas o efeito imediato de um ataque desse tipo seria limitado.

Apesar disso, um ataque radiológico provocaria pânico e a possibilidade de contaminação radiológica causaria ansiedade generalizada, afirma o relatório.

O estudo considera ainda que, apesar de a construção e o manejo de uma arma desse tipo apresentarem riscos para os terroristas, os desafios técnicos de sua fabricação não são insuperáveis.

Por último, o relatório menciona a possibilidade de um ataque nuclear. Ele poderia ser realizado com uma bomba comprada ou fabricada pelos terroristas, ou com uma ofensiva a uma usina nuclear com meios convencionais, como o impacto de um míssil.

Os efeitos de um ataque desse tipo são bem conhecidos: um elevado número de mortes e a devastação de áreas inteiras, além da destruição dos sistemas de comunicações por ondas eletromagnéticas.

Os autores destacam o temor de que grupos ou indivíduos terroristas, encorajados por uma visão religiosa ou apocalíptica, pensem na possibilidade de utilizar uma arma nuclear, pelo impacto "fortemente simbólico" e o caráter espetacular de um ataque desse tipo.

Fonte: Terra notícias
 


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