03.03.2010 - A Câmara dos Lordes (a câmara alta do Parlamento britânico) aprovou, nesta quarta-feira, uma emenda em um projeto de lei que suspende a proibição da realização de cerimônias de união civil entre homossexuais em igrejas.
A emenda na chamada Equality Bill, que está sendo discutida pelos parlamentares britânicos, permitiria, mas não obrigaria organizações religiosas a realizarem esse tipo de cerimônia.
A emenda, que não foi apoiada pelo governo, ainda precisa da aprovação da Câmara dos Comuns (a câmara baixa), onde é pouco provável que o texto sofra alterações significativas.
A aprovação foi comemorada por ativistas dos direitos dos homossexuais.
"Existem muitos casais de gays e lésbicas que querem celebrar suas uniões civis com as congregações que eles participam e são devotos", disse o lorde Alli, que propôs a medida.
Segundo ele, se trata de uma questão de "liberdade religiosa".
"A liberdade religiosa requer que deixamos os outros fazerem coisas que nós não faríamos. Essa liberdade não pode começar ou terminar com o desejo de apenas uma religião", afirmou.
Críticas
Apesar do apoio, alguns membros da Câmara se manifestaram contra a emenda e decidiram não votar sobre a medida.
Segundo o bispo de Bradford, o reverendo David James, que votou contra a proposta, a medida tem "conseqüências despropositais".
"Quando consideramos mudanças na lei, precisamos ser claros sobre o que queremos atingir com elas e o que, na prática, elas atingem", afirmou.
Segundo ele, a dificuldade fundamental que muitas igrejas e doutrinas enfrentarão, caso a medida seja aprovada, é que "nós, como o governo e os tribunais, fomos claros desde quando as uniões civis foram introduzidas, que elas não representavam o mesmo que o casamento".
As uniões civis entre casais do mesmo sexo foram aprovadas na Grã-Bretanha em 2004. A lei entrou em vigor no ano seguinte.
Apesar das discussões entre membros da Câmara dos Lordes, o diretor executivo da ONG Stonewall, que defende os direitos dos homossexuais, Bem Summerskill, comemorou a aprovação inicial da medida.
"Estamos absolutamente satisfeitos com esse voto pela liberdade de religião", disse.
Fonte: Terra noticias
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Lembrando...
Católicos e ortodoxos expressam “tristeza” com a decisão dos luteranos suecos de aceitar o “casamento” homossexual
09.11.2009 - ESTOCOLMO, Suécia, 26 de outubro de 2009 (Notícias Pró-Família) — Representantes da Igreja Católica e da Igreja Ortodoxa na Suécia estão se unindo aos luteranos conservadores que estão denunciando a recente decisão da Igreja Luterana da Suécia de realizar cerimônias de “casamento” homossexual, noticiou a Agência Noticiosa Católica.
Numa declaração conjunta, autoridades católicas e ortodoxas expressaram “tristeza” ao ficarem sabendo “da decisão do sínodo da Igreja da Suécia”, que é a maior organização religiosa do país.
“Em nossas igrejas e comunidades, não uniremos casais homossexuais, pois isso contradiz completamente a tradição da igreja e nossa visão da criação”, acrescentou a declaração, que também afirmou que a decisão “é um distanciamento não só da tradição cristã, mas também do ponto de vista da natureza do casamento que é típico de todas as religiões”.
Eles observaram que embora o diálogo com os luteranos vá continuar, “essa decisão da Igreja da Suécia aumentaria as diferenças”.
As opiniões dos representantes católicos e ortodoxos foram ecoadas por luteranos mais conservadores, tais como o Bispo Hans Stiglund, prelado do norte Suécia.
“Em meu modo de ver, o casamento é definido como uma relação entre homem e mulher sem nenhum espaço para uma relação entre parceiros do mesmo sexo”, disse ele.
De cada quarto suecos, três são membros da Igreja Luterana. A decisão de permitir “casamentos” homossexuais foi feita por representantes filiados aos partidos políticos nacionais, que são eleitos para uma assembléia nacional. A decisão foi aprovada por um voto de 176 contra 62 com 11 abstenções.
Embora as autoridades luteranas suecas estejam há anos “abençoando” uniões entre homossexuais, a nova decisão lhes permite chamar a união de “casamento”. Os pastores que tiverem objeções de consciência não serão obrigados a realizar a cerimônia.
Andrew Brown, do jornal esquerdista Guardian, expressou reservas sobre a decisão, comentando que a Igreja da Suécia passou agora dos limites até mesmo da ultra-esquerdista Igreja Anglicana.
“Fora da Igreja da Suécia, essa decisão com certeza levará a tensões nas relações ecumênicas”, escreveu Brown num recente editorial. “A Igreja Luterana Sueca em teoria compartilha seu sacerdócio com a Igreja da Inglaterra, por exemplo. Mas nenhum sacerdote inglês teria permissão de casar um casal gay e poucos iriam querer. Eles nem mesmo têm permissão de ter cultos de bênção. E, conforme mostram os detalhes do caso, virá a ser uma lição prática de como não separar a Igreja do Estado”.
Embora o líder da Igreja Luterana sueca, o arcebispo Anders Wejryd, tenha apoiado a decisão, até ele pareceu não ter se sentido bem com ela.
“De minha parte, a decisão certa foi tomada, mas consigo me identificar com os muitos que acreditam que isso foi longe demais”, disse ele numa coletiva à imprensa.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/ldn/2009/oct/09102701.html