Casos de dengue aumentam mais de 400% no DF


17.02.2010 - Os casos de dengue aumentam 426% no Distrito Federal em um ano. Os mosquitos da dengue têm atacado em regiões onde antes era incomum. Agentes de saúde têm ido, de casa em casa, para orientar os moradores. A Vigilância à saúde fala em pedir a ajuda do Exército para tentar combater esse aumento de casos.

Quem mora nas regiões mais úmidas do país sabe. No verão, é preciso ter muito cuidado com a dengue. Em Brasília, uma cidade de baixa umidade, o número de casos sempre foi pequeno. Mas esse ano as coisas mudaram. Tanto que a recepcionista Rejane Nunes levou um susto.

“Eu pensava que comigo não aconteceria. Quando me deparei com a doença e vi que estava com dengue, é desesperador”, comenta Rejane Nunes.

No ano passado, os casos de dengue caíram 38%, em média, em todo o Brasil. No Distrito Federal, 60 pessoas foram infectadas nos dois primeiros meses de 2009. Este ano, no mesmo período, o número subiu para 316 casos. Um crescimento de 426%.

Qual o motivo? Não foi a água da chuva acumulada em vasos e plantas que atraiu o mosquito da dengue. De acordo com o Instituto de Meteorologia, o mês passado foi o janeiro menos chuvoso dos últimos onze anos em Brasília.

Para a Vigilância à Saúde, o aumento nos casos pode ser consequência da falta de cuidados em casa.

“Moradores não têm eliminado o recipiente. No primeiro momento que passamos eles dão atenção mas depois quando a gente sai, vira as costas, ele esquece daquilo”, comenta o fiscal Henrique Alves.

A Vila Planalto, área que fica perto dos ministérios, teve a maior incidência: 33% dos casos.

“Quase todo mundo pegou dengue na rua”, afirma o garçom Jorge Amaral.

“É muito preocupante. Estamos diante de uma epidemia da dengue, em que nós estamos deflagrando uma força-tarefa. Pedimos também 200 homens do Exército para nos ajudar nessa luta contra dengue”, informa Alan Kardec, da Secretaria de Vigilância Epidemiológica.

O Ministério da Saúde reforçou as ações de controle da dengue em cinco estados que indicaram aumento recente nos casos da doença: Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Alguns cuidados são tão simples. o desleixo é que acaba com qualquer tipo de prevenção.

Fonte: G1

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Lembrando...

OMS: mudança climática pode expor 2 bilhões à dengue

07.04.2008 - Em relatório divulgado hoje por ocasião do Dia Internacional da Saúde, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a mudança climática pode aumentar para dois bilhões o número de pessoas expostas à dengue até o ano de 2080.

Segundo a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, a pandemia de dengue que atinge a América do Sul não se deve única e exclusivamente à mudança climática, mas o aumento das temperaturas ajudou muito a expansão da doença.

"Os efeitos da mudança climática já podem ser percebidos. É necessária uma ação urgente para minimizar seus efeitos, não é especulação, mas uma realidade", declarou hoje em entrevista coletiva Margaret Chan.

A diretora-geral afirmou que a mudança climática é "uma ameaça direta à saúde", uma vez que as conseqüências do aquecimento global "podem afetar alguns dos elementos mais importantes para a saúde, como o ar, a água, os alimentos, um teto para se abrigar e a ausência de enfermidades".

Para Chan o ser humano já está exposto a doenças que sofrem significativa influência do clima e que causam milhões de mortes por ano.

Como exemplo citou a desnutrição - responsável por mais de 3,5 milhões de mortes por ano -, as doenças relacionadas à diarréia - que matam mais de 1,8 milhão - e a malária - causadora de mais de um milhão de mortes por ano.

"Com a mudança climática esta situação vai piorar", declarou a diretora-geral. Segundo ela, os efeitos nocivos da mudança climática já podem ser comprovados em recentes catástrofes, como a onda de calor na Europa em 2003 que matou 70 mil pessoas, o furacão Katrina - nos EUA -, a epidemia de malária na África Oriental agravada pelo aumento da temperatura e a pandemia de cólera em Bangladesh após as grandes inundações.

"Há muito a fazer hoje para evitar que estas situações se repitam", declarou Chan. As doenças causadas pelos mosquitos e outros agentes transmissores causam anualmente mais de um milhão de mortes e as doenças ligadas à diarréia mais 1,8 milhão.

Segundo o relatório, atualmente a poluição do ar causa 800 mil mortes por ano. As estimativas citadas pela OMS dizem que, caso a temperatura global aumente 1 grau centígrado, poderia haver 20 mil mortes anuais a mais por causa de doenças cardiorrespiratórias.

Por isto os membros da agência da ONU consideram que esta é a hora de se estudar profundamente as conseqüências que o aquecimento global pode ter para poder atuar imediatamente.

"Precisamos conhecer a magnitude do problema para melhor entender o tema, identificar os buracos negros e desenvolver programas para tapá-los", afirmou o diretor-geral adjunto da entidade, David Heymann.

A OMS e seus associados - o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, a Organização Meteorológica Mundial - estão desenvolvendo um plano de trabalho e uma agenda para elaborar estimativas melhores sobre o tamanho e a vulnerabilidade da saúde humana.

Quando estiver com todas as informações, serão elaboradas estratégias e instrumentos para ajudar os governos a implementar programas de planejamento e contingência.

Fonte: Terra notícias

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"E vi aparecer um cavalo esverdeado. Seu cavaleiro tinha por nome Morte; e a região dos mortos o seguia. Foi-lhe dado poder sobre a quarta parte da terra, para matar pela espada, pela fome, pela peste e pelas feras". (Ap 6,8)


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