09.02.2010 - São Paulo - O número de casos de dengue no Estado de São Paulo em janeiro deste ano quadruplicou em relação ao registrado no ano passado. De acordo com o primeiro balanço de 2010 sobre a doença, divulgado na sexta-feira pela Secretaria de Estado da Saúde, o número absoluto de casos chega a 1.383, contra 323 em janeiro de 2009. A cidade de São José do Rio Preto, com 502 casos, lidera o ranking de municípios com o maior número absoluto de doentes, seguida por Araçatuba (267) e Ribeirão Preto (246).
Na capital paulista, a secretaria registrou apenas um caso no mês passado. No entanto, os dados dos governos estaduais são tradicionalmente defasados em relação aos das prefeituras. Até ontem, por exemplo, só a prefeitura de Ribeirão Preto já confirmava 804 casos e outros 1.187 sob suspeita, que aguardam resultados de exames laboratoriais feitos no próprio município. Do total de ocorrências confirmadas, 769 são de janeiro e 35, dos primeiros dias de fevereiro. A secretaria estadual recomenda ações de contenção da doença a partir dos casos suspeitos.
O aumento da doença em São Paulo já era previsto pelo Ministério da Saúde, principalmente em razão da volta do vírus tipo 1 da doença no Estado. Segundo divulgou a pasta na semana passada, o sorotipo 1, que circulou pela última vez no País há dez anos, já é predominante no Estado - ele substituiu o sorotipo 2. Isso influencia o aumento do número de afetados, pois muitas pessoas, principalmente crianças, nunca tiveram contato com o agente causador e não estão imunizadas.
Além disso, avaliou o Ministério da Saúde, a alta pluviosidade e as condições de limpeza e saneamento favorecem epidemias. O mosquito transmissor da doença prefere água parada e limpa e o calor atual facilita sua procriação. Procurada ontem, a Secretaria de Estado da Saúde não se manifestou até o fechamento desta edição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Fonte: UOL noticias
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Lembrando...
Aquecimento aumentará casos de doenças como a dengue e a malária na América Latina
10.04.2007 - O aquecimento global aumentará o número de casos de doenças como a dengue e a malária na América Latina, advertiram nesta terça-feira (10) em Buenos Aires especialistas sobre o impacto das mudanças climáticas na região.
"Não se pode descuidar do aspecto da saúde quando se fala em mudança climática. Há uma diferença importante na dispersão de doenças como a dengue ou a malária na América do Sul", indicou o cientista argentino, Osvaldo Canziani.
Canziani é vice-presidente do Grupo de Trabalho II, que estuda os "Impactos, vulnerabilidade e Adaptação à Mudança Climática" dentro do Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre a Evolução do Clima da ONU (IPCC, pela sigla em inglês).
A especialista Graciela Magrin, do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) e integrante do Instituto do Clima e Água da Argentina, afirmou que "as mudanças no clima vão favorecer o desenvolvimento de doenças como a dengue".
Segundo o IPCC, a América Latina pode enfrentar mais furacões, mais secas, tempestades, chuvas de granizo e desertificação nos próximos anos. "Entre os anos 2000 e 2005, a região teve 2,5 vezes mais fatores climáticos extremos do que entre 1970 e 2000 e esta é a tendência", advertiu Magrin.
Mas, segundo especialistas, a falta de informação básica, de bons sistemas de informação e a ausência de políticas coordenadas são as mais graves falhas da América Latina para prevenir e suavizar o impacto da mudança climática.
"Controlar os dados meteorológicos é uma responsabilidade, e os governos não fazem isso", denunciou Canziani em entrevista à imprensa na sede do Centro de Informação das Nações Unidas para a Argentina e o Uruguai (CINU).
O cientista responsabilizou os governos da região pela falta de visão política e de planejamento para a prevenção, a adaptação e a redução do impacto das ocorrências climáticas. "Não é o clima o elemento que gera os problemas, e sim o aumento da população, os problemas ambientais, os aspectos sociais e econômicos", acrescentou.
Fonte: Globo.com
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"E vi aparecer um cavalo esverdeado. Seu cavaleiro tinha por nome Morte; e a região dos mortos o seguia. Foi-lhe dado poder sobre a quarta parte da terra, para matar pela espada, pela fome, pela peste e pelas feras". (Ap 6,8)