Papa conclama empenho católico por evangelização


23.12.2007 - O papa Bento XVI afirmou hoje, durante seu discurso na celebração do Ângelus, que "nada pode eximir os católicos de seu empenho de evangelizar".
Bento XVI lembrou a recente publicação, por parte da Congregação para a Doutrina da Fé (antigo Santo Ofício), de um documento no qual são esclarecidas "as razões" da evangelização.

"Nada pode nos eximir do oneroso e fascinante empenho de evangelizar o mundo", afirmou o papa, acrescentando que "nada é mais belo, urgente e importante do que comunicar a salvação que se recebeu como dom".

Bento XVI pediu aos católicos que "deixem que a alegria do Natal lhes façam anunciar a todos a presença de Deus". "Vem, ó Senhor, transformar nossos corações para que no mundo se divulgue a justiça e a paz", disse o papa.

Nas saudações aos fiéis presentes na Praça de São Pedro, Bento XVI dirigiu uma mensagem aos funcionários do jornal vaticano L'Osservatore Romano, que iniciou ações para recolher fundos para destinar às crianças de Uganda.

"Expresso meu apreço pela especial atenção que o L'Osservatore Romano dedica às causas humanitárias em todas as partes do mundo. Espero que tenham grande êxito", disse o pontífice.

Fonte: Terra notícias

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Vaticano defende seu dever de evangelizar

14.12.2007 - A Congregação para a Doutrina da Fé, o ex-Santo Ofício, publicou hoje um documento no qual rejeita as acusações de proselitismo e reafirma o "dever e direito irrenunciável" de evangelizar da Igreja Católica.

A Nota Doutrinal, aprovada pelo Papa Bento XVI e apresentada hoje no Vaticano pelo presidente de desta congregação, o cardeal William Joseph Levada, pretende esclarecer o conceito da evangelização como é entendido pela Igreja Católica, "que é o de anunciar o Evangelho de Jesus Cristo".

Segundo o documento, de 19 páginas, existe uma "confusão crescente" sobre a atividade missionária da Igreja, pois alguns opinam que "qualquer tentativa de convencer outras pessoas em questões religiosas constitui um limite à liberdade".

Diante disto, a Igreja Católica assegura que "o ensino e o diálogo que pede a uma pessoa, em plena liberdade, que conheça e ame Cristo não é uma intromissão indevida na liberdade humana, mas uma oferta legítima e um serviço que pode tornar mais férteis as relações entre os seres humanos".

Segundo o documento, "qualquer tentativa de diálogo que comporte a coação ou uma instigação imprópria, desrespeitosa da dignidade e da liberdade religiosa dos dois atores do diálogo, não pode subsistir na evangelização cristã".

Para o ex-Santo Ofício, com a evangelização ocorre uma troca recíproca, pois "as culturas se enriquecem positivamente" e "os membros da Igreja Católica se abrem para receber os dons de outras tradições e culturas".

A congregação vaticana ainda rejeita neste documento qualquer tipo de acusação de proselitismo.

Para o Vaticano, quando um cristão não católico pede para entrar na Igreja Católica assume esta postura guiada pelo Espírito Santo e "como expressão de liberdade de consciência e de religião".

E quando a evangelização acontece em um país não católico, os católicos devem cumprir sua missão prestando a máxima atenção ao "verdadeiro respeito por suas tradições e riquezas espirituais" e "com um sincero espírito de cooperação".

"A evangelização pode progredir com o diálogo e não com o proselitismo", acrescenta.

Fonte: Terra notícias


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