Artigo adicionado ao Portal Anjo em 31.07.2007 - www.portalanjo.com
CAPÍTULO II
AS DUAS CRUZES DA NOVA CRIAÇÃO
INTRODUÇÃO:
A dupla plenitude dos tempos
Desde o início da criação do mundo, a sabedoria eterna do Criador determinou que a completa redenção do nosso mundo seria realizada através de duas Plenitudes dos Tempos. O tempo, e toda a criação, brotaram da eternidade divina e para a eternidade voltarão, através dos lances e avanços da criação em marcha. O tempo teve começo e terá fim, ao passo que a eternidade não teve começo e não terá fim.
Eternidade e tempo estão vinculados, conforme esperamos analisar em tempo oportuno. Aqui somente tratamos a questão bíblica da Plenitude dos tempos e sua relação com a Cruz.
A primeira Plenitude dos Tempos
Plenitude dos tempos significa, na Bíblia, a vinda de Deus, prometida pelo próprio Deus, por meio dos seus profetas.
A primeira promessa de salvação do mundo e dos homens começou no Paraíso, invadido pelo sedutor do mundo inteiro, quando o próprio Deus amaldiçoou esse satanás e prometeu salvar o mundo, dizendo-lhes perante os primeiros Pais: “Porei hostilidade entre ti e a mulher, entre tua descendência e a descendência dela: Ela te pisará a cabeça e tu lutarás contra o seu calcanhar.” (Gn 3,15). Mais tarde, essa promessa divina foi outorgada aos profetas e sempre melhor esclarecida. Os mais antigos foram Abraão e os patriarcas, mais tarde Moisés e Davi, Elias e Eliseu. Entre os anos 700 a 400 antes de Cristo, os profetas foram mais numerosos e suas profecias foram principalmente orientadas para a segunda plenitude dos tempos. Entre eles o profeta Daniel anunciou o tempo da morte do Messias (Dn 9,26), Jesus Cristo.
“Quando chegou a plenitude dos tempos, enviou Deus seu Filho unigênito, nascido da mulher” (Gal 4,4) “... e filho de Davi, segundo a carne” (Rm 1,3). Sendo Verbo eterno e Filho de Deus Pai, entrou no tempo e na história dos Homens. Tudo isso aconteceu por sua encarnação e seu Natal, por sua vida e seu Evangelho, por sua morte e ressurreição e, finalmente, por sua ascensão à direita de Deus Pai. Tudo isso aconteceu como na vida de qualquer homem, em pleno sétimo dia da criação – dia em que Deus Pai foi descansar de tudo o que criou, e entregou o comando da criação ao homem – que é sua imagem e semelhança – até o dia de hoje, e até chegarmos ao oitavo dia da criação.
Ali já entraremos na segunda Plenitude dos tempos
Os judeus não entenderam a primeira Plenitude dos tempos, mas os desígnios de Deus a respeito de Israel são irrevogáveis (Rm 11,29). Com raras exceções, eles caíram na cegueira (Rm 11,25) porque as profecias do exílio de 700 até 400 a.C., quase só falam da segunda Plenitude dos tempos. Eles esperam, cheios de esperança, a vinda gloriosa do Messias, o Cristo. Somente cerca de 10% destas profecias se referem à primeira vinda de Cristo, especificamente em Isaías, nos capítulos do servo de Javé (50, 4-11; 52, 13-15; 53, 1-12). Além disso, em vários versículos isolados em alguns profetas do exílio.
A questão foi levantada na Quarta-feira da Semana Santa, presentes os gregos que desejavam ver Jesus e, principalmente, ouvi-lo (Jô 12, 20-36). Quando Jesus falou que chegou a hora em que será levantado (na cruz), os irredutíveis fariseus e doutores da lei protestavam que ele não pode ser o Messias porque “Nós sabemos pela lei que o Messias permanece para sempre” (e não podia morrer na cruz) (12,14). Jesus já tinha falado que o grão de trigo lançado na terra, “...primeiro deve morrer para depois produzir muito fruto” (12,23-24). Isto na primeira Plenitude dos tempos. Só na segunda vinda ele será o Emmanuel, que é o Deus conosco. Que permanece para sempre.
A “perspectiva profética” coloca no mesmo lugar os fatos que, no tempo, são muito distantes uns dos outros. Jesus falou dezenas de vezes sobre sua volta na glória. Estamos acostumados a ver a criação sob a sucessão dos fatos. Mas, para Deus, todo o passado é “agora”, e todo o futuro também é “agora”, na visão divina. Os judeus não entenderam isso e, para nós, o “eterno agora” também é um mistério neste mundo, mas quando se trata de palavra de Deus é uma certeza pela fé.
Antes da segunda vinda de Cristo, os judeus em peso se converterão (Rm 11, 25-32) e serão novamente o povo eleito – após dois mil anos de diáspora (dispersão). Coincidirá, outrossim, com a “Plenitude dos tempos das nações” (Lc 21,29). E em vésperas da nova criação universal.
A SEGUNDA PLENITUDE DOS TEMPOS
Jesus está à direita de Deus Pai, com todo o poder no céu e na terra (Mt 28,18). Dali há de voltar para o julgamento das nações em geral (Sl 97,9; 95,13...) e cada pessoa em particular, os vivos e os mortos. Tudo devia ter acontecido no ano 2000 – em vez do grande jubileu – mas os homens não quiseram compartilhar o plano que Deus ofereceu em Dozulê, desde 1974.
Na segunda vinda, com todo o poder e majestade, acontecerá a nova criação, no céu e na terra. “Eis que venho fazer novas todas as coisas” (Ap 21,5). A principal novidade se refere aos homens. Por causa da vossa fé sois guardados pelo poder de Deus para a (completa) redenção, que já está pronta para se manifestar no fim dos tempos. (1Pd 1, 5-9). A nova criação abrange cada um dos três reinos da natureza: o mineral, o vegetal e o animal, conforme lemos no profeta Isaías. Também será o fim da história (não do mundo), isto é, fim do comando dos homens sobre a criação, enquanto o Criador descansa, durante todo o tempo do sétimo dia, desde a criação do homem, até a segunda Plenitude dos tempos. A nova criação é o verdadeiro Emmanuel – o Deus conosco, como sócios do Criador, que é a sabedoria eterna. A criação avançará com segurança – rumo ao infinito. Não mais aos tropeços e na ganância predatória, como acontece atualmente, desrespeitando e violando os postulados e princípios da ecologia. Será também a era da “gloriosa liberdade dos filhos de Deus” (Rm 8,21), que participam da natureza divina (2Pd 1,4) e com pleno conhecimento de toda a verdade, infundida pelo Espírito Santo (Jo 16,13; 14, 16-17).
“Jesus nos manifestou o misterioso desígnio do Pai, que em sua benevolência preparou desde sempre: o desígnio de subordinar (reunir) em Cristo todas as coisas, tanto no céu como na terra, na (segunda) plenitude dos tempos” (Ef 1, 9-10).
Tudo isso converge para o oitavo dia da criação. Esse dia será eterno, jamais conhecerá ocaso. O avanço da criação, sempre compartilhado por todos os redimidos, não terá fim. Seu destino é o infinito, o eterno, que é próprio de Deus.
É lamentável que os homens tenham capitulado perante a generosa oferta em Dozulê. É o triste e crescente avanço da apostasia que forjou essa indiferença, perante os valores eternos da existência. Durante os anos da construção da Cruz, todo o mundo ficaria envolvido e interessado, com as bênçãos do céu e a promessa de Jesus de “atrair a si todas as coisas”. Foi uma oferta inaudita que Deus ofereceu aos homens, oferta que, quando aceita e reconhecida pelos homens, poderia, pelo poder divino, impedir as terríveis tragédias da grande tribulação, já predita pelos profetas antigos. Basta ler o capítulo 24 de Isaías, o sermão escatológico e muitos outros. O próprio Jesus já predisse, várias vezes em nossos dias, aos carismáticos, videntes e confidentes: “Se os homens se converterem, eu posso mudar tudo, sem mudar a Bíblia”. Assim? Exatamente. Porque a Bíblia tem muitas ameaças preditas que foram canceladas, devido à conversão. Um caso prático é o do profeta Jonas que, em Nínive, por ordem divina, anunciou os castigos, devido às atrocidades seculares ali cometidas: “Dentro de 40 dias a cidade será destruída”. Todos acreditaram, fizeram jejuns de arrependimento com silício e cinza, e Deus cancelou o castigo. Pobre Jonas, frustrado na profecia, ameaçou suicidar-se. Mas Deus o consolou. Leiam o profeta Jonas. Para Deus tudo é possível.
Todavia, pouco depois, os ninivitas recaíram na prática das crueldades. Deus não mais cancelou o destino. Nínive foi destruída até os alicerces, em 612 a.C. – e nunca reconstruída. A cidade chamada Mossul fica no lado oposto das ruínas de 2.630 anos.
Que tudo fique claro – o jubileu do ano 2000 foi dignamente celebrado – em vez da nova criação. E as profecias apocalípticas dos profetas antigos e do novo testamento se cumprirão ao pé da letra, quando chegar a hora de Deus. É que a apostasia do mundo avança mais e mais. Por isso “haverá fatos espantosos no céu e na terra: sangue, fogo e turbilhões de fumo” Talvez guerra atômica. “O sol se converterá em trevas e a lua em sangue, antes que venha o glorioso e terrível dia do Senhor” (Joel 3, 3-4).
Mas a salvação não está descartada para ninguém: “Quem, então, invocar o nome do Senhor, será salvo” (Joel 3,5) Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva (Ez 18,23). Bendito seja Deus para sempre.
Durante a grande tribulação, toda a América Latina terá uma proteção especial do céu. Assim o prometeu Nossa Senhora, diversas vezes, ao Pe. Gobbi. Mensagens de Jesus confirmam essas promessas feitas por sua Mãe.
As duas Cruzes da nova criação
1ª: A cruz no Firmamento
O último acontecimento antes da vinda gloriosa de Jesus é o “Sinal do Filho do homem”, isto é, a Cruz no Firmamento:
“Aparecerá no céu o sinal do Filho do homem: lamentar-se-ão todos os povos da terra” (Mt 24, 30).
Em outras palavras: converter-se-ão todos, pela segunda vez.
Na verdade, então, todos os sobreviventes da grande tribulação já foram instruídos, convertidos e purificados pelo Espírito Santo, “...lavando e alvejando suas vestes no sangue do Cordeiro de Deus (Jesus) – que tira os pecados do mundo (Apocalipse 7, 9-16). Trajando vestes brancas, diante do Cordeiro ressuscitado e glorioso, que vem com todo o poder no céu e na terra. Todos começam a verter lágrimas de dor e arrependimento renovado, e , ao mesmo tempo, lágrimas de alegria incontida, até que “Deus enxugará toda lágrima de seus olhos” (Ap 7, 16; 21,5)
Revelações semelhantes foram enviadas pelo céu em vários lugares do mundo, e também no Brasil, à videntes e confidentes.
A Cruz sempre nos traz a memória da Sexta-Feira Santa, em que se recorda o próprio Jesus ali pregado, durante três horas de agonia. Ali, a cruz ficou encharcada de sangue, que escorria pelo corpo e madeiro até a superfície da terra. O aspecto infundia amargura e tristeza, dores e lágrimas aos fiéis que ali estavam presentes, repassando os mesmos sentimentos para as gerações futuras através dos tempos. Era a Cruz que carregava os pecados do mundo, conforme foi escrito já quinhentos anos antes na visão do profeta Isaías (capítulo 53), numa linguagem tal que sua leitura comove os corações mais duros a um profundo arrependimento até às lágrimas.
Bem diferente será a Cruz do sinal do Filho do Homem em vésperas da nova criação, a Cruz gloriosa e triunfal, sem o Jesus ali pregado. Quem no-lo descreve é aquela Santa Mulher que estava aos pés da Cruz, desfeita em prantos mortais, na visão da agonia e morte do seu filho Jesus. Essa descrição veio diretamente do céu:
“A Cruz ensangüentada, que contemplastes em pranto, (agora) será a causa da vossa maior alegria, porque se transformará em uma grande Cruz luminosa. Essa Cruz luminosa, que se estenderá do oriente ao ocidente aparecendo no céu, será o sinal do retorno de Jesus na glória.
A Cruz luminosa no patíbulo transformou-se em trono do seu triunfo, porque Jesus virá sobre ela para instaurar o seu reino glorioso no mundo.
A Cruz luminosa, que aparecerá no céu no fim da grande purificação e da grande tribulação, será a porta que abrirá o longo e tenebroso sepulcro, no qual jaz a humanidade, para conduzi-la ao novo reino da vida, que Jesus trará com seu glorioso retorno.”
(Mensagem ao Pe. Gobbi, na Sexta-Feira santa de 1994)
Foi, também, do alto do altar da Cruz que Jesus constituiu sua mãe como mãe da Igreja e mãe espiritual de todos os filhos e filhas de Deus. O discípulo amado, apóstolo João, foi o único dos apóstolos presente, como representante da Igreja Santa de Deus. Por isso, Jesus o encarregou da missão de transmitir a todo mundo a maternidade de Maria sobre todos os redimidos, com estas simples palavras: “Filho, eis aí tua Mãe” (Jo 19, 25-27)
A partir deste instante, da mesma forma como ela sempre tratou Jesus, com a solicitude de Mãe e escrava, também demonstrou o seu afeto maternal, no céu e na terra, já durante dois mil anos de história da Igreja. Prova disso é a sua constante presença aqui na terra, visitando, instruindo e auxiliando seus filhos de adoção.
2ª: A grande Cruz de Dozulê
Bem diferente da enorme Cruz no Firmamento, cobrindo todo o espaço celeste em vésperas da Vinda Gloriosa de Jesus, é a projetada Cruz de Dozulê, que descerá do alto céu construída pelo próprio Deus. Ela é igualmente enorme para as medidas terrestres. Com a seguinte diferença: a celeste é efêmera, talvez não dure mais que um dia, o suficiente para que todos os homens se convertam; a Cruz da terra é definitiva, para todas as gerações do mundo novo, o símbolo glorioso da completa redenção do mundo.
Porque na França? Não nos cabe questionar Deus nos Seus eternos designeos. Mas é permitido fazer conjecturas:
1 – Desde os anos 500 depois de Cristo, sob o governo do Rei Clóvis I, a França em peso abraçou oficialmente a religião Católica. Com o batismo do Rei, a França inteira foi como que batizada no Espírito. Durante mais de mil anos sustentou a fé cristã, com sua vida exemplar, a tal ponto que mereceu o título glorioso de “Filha predileta da Santa Igreja”. O grande número de seus santos justifica esta homenagem. Nestes últimos três séculos desmereceu esta honra por vários motivos.
2 – Jesus prometeu conduzir outra vez este povo para a sua antiga dignidade perdida, depois de passar pela grande tribulação, como quase todo mundo, e plena purificação pelo Espírito Santo, como todo mundo.
3 – No final do século dezenove, 1889, a França inaugurou a torre Eifel, com 300 metros de altura, que foi, durante décadas, a construção mais alta do mundo. Com a construção da Cruz de Dozulê voltará a possuir o monumento mais alto da terra, com os seus 738 metros de altura. Todavia, não será uma glória somente para a França, mas para a humanidade – porque com o julgamento dos vivos e dos mortos, que é também o julgamento das nações no antigo e novo testamento – as nações desaparecerão, cedendo lugar para a grande família dos eleitos no reino de Deus, “onde haverá um só rebanho e um só pastor” (Jo 10,16). “Uma só fé, um só Senhor, um só batismo” (Ef 4,5). Igualmente uma só língua, conforme adiante veremos.
A Segunda Fase da Cruz Gloriosa
Começa em 1988 – e dura até os nossos dias.
Já vimos como a vidente e confidente Madalena Aumont, desde 1970, com todo o empenho promoveu a campanha pelo erguimento da enorme Cruz na colina de Dozulê, num lugar aprazível, escolhido por Deus. O tempo dos 25 anos do jubileu da Igreja em 1975 foi se escoando normalmente e, para atingir a meta de inaugurar a Cruz gloriosa antes do final de 1999 se reduzia a um número de anos cada vez menor. Com isto, o temor de um fracasso aumentava cada vez mais. Jesus prometeu que o jubileu de 1975 seria o último. Que o ano 2000, sem jubileu, foi reservado para celebrar o novo céu e a nova terra, o reino de Deus em todo mundo, a redenção escatológica contra todos os males, incluindo a própria morte, neste grande, glorioso e eterno Dia do Senhor. Mas tudo foi submetido a uma cláusula fundamental: Erguer a Cruz gloriosa.
Alguns extratos de mensagens
Para a satisfação de muitos interessados, transcrevemos algumas palavras de Jesus atinentes ao assunto em pauta nestas páginas:
1º - Sobre a localização da Cruz Gloriosa.
“ Se venho de novo a este país que me rejeitou (França), é porque Deus decidiu fazer desta terra ingrata uma terra de asilo para todos. O meu Pai veio à terra de França e escolheu o lugar que deveria ser aquele que suportaria a minha Cruz de Glória. Mas a Cruz da ressurreição continua sendo escondida pelo homem a quem eu pedi que a erguesse (o bispo de Cayeux).
Uma vez que ele assim decidiu, servir-me-ei de uma segunda proposta: Eu mesmo a farei erguer, porque já não há mais tempo” (08/10/1995).
Ao mesmo tempo também transcrevemos textos em latim e traduzimos, “só para inglês ver”, das 17(dezessete) vezes que assim falou Jesus.
2º - “Vos amici mei estis, si fecerites quae Ego praecípio vobis” - “Vós sois meus amigos se fizerem o que eu mando.
3º – “Antes que eu mesmo erga a minha Santa Cruz, no local indicado por meu Pai – precisamente onde Madalena a viu seis vezes – e antes que o homem se lembre disto... vós mesmos a vereis aparecer, brilhando inteiramente pela Minha Luz, essa mesma luz que é a glória da minha Santa Ressurreição”. (Jesus – 16/07/1973)
4º - “Attendite, quod in auro auditis, praedicate super tecta. Per te, Magdalena, civitas Dozulea decorabitur per Sanctam Crucem et aedificabit Sanctuarium Domino in monte ejus. Terribilis est locus iste” (Jesus 12/06/1973)
“Atenção. O que ouvides ao ouvido, proclamai-o sobre os telhados. Por vós, Madalena, a cidade de Dozulê será ornada pela Santa Cruz, edificando um Santuário ao Senhor sobre a sua montanha. Como este lugar é terrível”. (Jesus 12/06/1973)
Observação: Desde o século XI até hoje, a Igreja guarda preciosas mensagens que o céu nos envia. Nunca se trata de novas revelações – porque tudo já está na Bíblia. (Maria ao Pe. Gobbi – 18/10/1975), mas de interpretações atualizadas para os tempos da história, sempre baseadas na Bíblia.
A determinação de Jesus
Jesus determinou que a hierarquia da Igreja, em parceria com a humanidade redimida e a redimir, deve construir a Cruz no tempo e no lugar designado. Por que? Porque durante a construção Jesus quer cumprir antecipadamente a promessa duas vezes milenar:
- “Vou atrair a mim todas as coisas” (Jo 12,32). Desde o ínfimo grão da matéria até a última ovelha do rebanho divino, cujo Pastor é o próprio Jesus (Jo 12,32; 10, 11-16). Ele mesmo, pelo Seu Espírito Santo, haveria de conduzir a humanidade pelos caminhos seguros da conversão e da purificação, para o grande e glorioso Dia do Senhor.
Uma história resumida
Já vimos que Madalena Aumont, como missionária de Cristo, quase nada conseguiu. Jesus, por meio dela, ofereceu ao mundo o verdadeiro “Paraíso terrestre” no ano de 2000, mas os homens despistaram completamente a oferta divina. Ao invés da oferta divina em Dozulê, afrontaram o Criador com idêntica promessa ilusória, através da “Dialética da Matéria” que, em termos populares, foi divulgado em todo mundo sobre o atraente nome de “Comunismo”. Faz dois mil anos, o divino Salvador anunciou o Seu retorno a esta terra para a redenção completa de todos os males, todavia preveniu: “O Filho do Homem, quando voltar (=Parusia), acaso encontrará fé sobre a terra?” (Lc 18,8). O mundo acreditou que a redenção dos males, quiçá da própria morte – se realiza através do “Materialismo dialético” (= revolução mundial). Os protagonistas do comunismo asseguraram que a Rússia, através deste método, haveria de implantar em todo mundo o seu paraíso. Em vez de “Paraíso Soviético” implantaram o “Inferno Soviético”, que custou a morte de sessenta milhões de homens, isto é, a terça parte da população daquele grande País, escravizado sob o domínio de uma teoria atroz. A testemunha deste fato, entre muitos outros, foi o sábio escritor Soljenitsin – Prêmio Nobel de literatura. No final da tragédia, a própria Rússia reconheceu o fracasso e se libertou após 70 anos de terror.
Forças poderosas e secretas deste mundo atual estão planejando – já desde séculos – uma catástrofe ainda maior, tentando fazer guerra contra Deus e presumindo a vitória contra ELE (Ap 16, 12-14). Quem o disse? Foi o próprio Criador, que desde o início da criação já estabeleceu o “oitavo dia da Criação – o Dia eterno”. Basta ler com atenção o Salmo 2. Ou, então: Os salmos e os profetas do exílio (de Isaías até Malaquias), os Evangelhos e cartas. Quem tiver dificuldade na interpretação do Apocalipse, leia somente os capítulos 19 e 20 ; 21 e 22.
Todas essas verdades estão sendo sempre lembradas aos homens pelo céu, sob o comando do rei do Céu, que disse: “Estarei convosco todos os dias, até o fim dos tempos” (Mt 28,20) Entre as muitas maneiras de “estar convosco”, são predominantes as “mensagens”, que na Bílbia e no Concílio são designados sob o nome de “carismas”.
Carismas Recentes
Desde os primeiros tempos cristãos – como na Igreja de Corinto - a Santa Igreja constantemente recebe orientações do céu: pelo Espírito Santo ou por Jesus e Maria. Também por meio de anjos e santos, quando enviados por Deus. Não são novas revelações: estas somente acontecem dentro da Nova Criação, quando Jesus “fará novas todas as coisas”. Atualmente já estamos sentindo essa imperiosa renovação, na Igreja e no mundo, que já está na beira do colapso final. Assim como a Bíblia antiga foi renovada pelo Novo Testamento, sem nada abolir do antigo, assim também a Nova Criação vai cumprir, completar, aperfeiçoar todas as coisas, sem nada abolir dos Testamentos antigo e novo (Mt 5,17-18; Ap 22,18-19).
O século XX (vinte) foi excepcionalmente generoso em carismas – ou fenômenos místicos – e não somente são dezenas, quiçá mais de uma centena de fatos. Aqui mencionamos apenas as últimas cinco décadas, em cada uma com um notável representante na galeria dos carismáticos:
Na década de 1950 – Muito conhecida foi a irmã Natália, da Hungria, reconhecida pelo papa Pio XII, a quem dedicou suas mensagens.
Na década de 1960 se notabilizou a Sra. Franca Cornado, da Itália, mãe de 3 filhos. Ela fundou também a confraria do Movimento Carismático de Assis (MC). Um de seus filhos, Pietro Cornado, Padre Jesuíta, tornou-se missionário no Brasil onde divulga e orienta dezenas de Carismáticos em todo norte e nordeste, atualmente residente em Salvador, Bahia. Foi, também, em 15 de novembro de 1966 que Paulo VI emitiu uma Bula pontifícia, autorizando a divulgação das mensagens de videntes e confidentes, sem a prévia autorização da autoridade eclesiástica. *
Nota: A Igreja está se prevenindo contra falsos carismáticos, muitas vezes demônios fantasiados de anjos de luz, ou pessoas de mentalidade psíquica doentia, bem como indivíduos mal intencionados, que devem ser denunciados como tais.
Na década de 1970 aparece na França Madalena Aumont, a figura central deste site. Mas, juntamente, aparecem carismáticos com décadas inteiras de mensagens, a começar pelo Pe. Stefano Gobbi, da Itália. Confidente escolhido por Maria, acolheu e divulgou mais de 500 mensagens, desde 1973 até 1997, publicadas em trinta línguas diferentes. Anualmente ofereceu suas mensagens aos Papas Paulo VI, João Paulo I e João Paulo II. Fez muitas viagens pelos cinco continentes, fazendo palestras e dias de reflexão (retiros). Também passou cerca de dez vezes pelo Brasil, sempre em missão e divulgação.
Nota: Desde o século XI até hoje, todas as mensagens do céu falam as mesmas verdades divinas bíblicas, mas sempre adaptadas ao tempo, ao povo do lugar e demais circunstâncias. Exemplos: Nossa Senhora de Guadalupe, no México, em 1531. Anguera, na Bahia, de 1988 até hoje. Medugorie – desde 1981 até hoje, etc.
Na década de 1980 – Sra. Vassula Ryden – autêntica peregrina pelo mundo inteiro. Nascida no Egito, é Católica Ortodoxa. Duplamente casada com funcionários da ONU (Organização das Nações Unidas), mãe de dois filhos. Foi em Bangladesh, 1984, que Jesus a escolheu como missionária, com a missão principal de preparar a união das Igrejas Católica – ortodoxa com a Católica romana - , anglicana, e todas as outras cristãs, bem como as árabes. Enfim, todo o mundo, porque Jesus quer que haja um só rebanho e um só Pastor. As mensagens que Vassula recebe de Jesus, bem como de Maria e anjos, duram até hoje. São divulgadas em todo mundo pela própria vidente e confidente.
Em 1995 houve um sério equívoco com o Vaticano, com o mal informado Dom Tarcísio Bertone, que a condenou. Por quatro vezes ela foi prevenida, nos anos anteriores, pelo próprio Jesus, a respeito. Houve tremendo alvoroço em todo mundo, em sua defesa. O inspirado representante de Cristo, João Paulo II conduziu habilmente a questão em favor de Vassula e do acusador, sabendo que ele se baseou em falsas informações. Em 2000 o Vaticano abriu um sinal verde em favor da vidente. No ano 2002 o Vaticano fez as pazes, através de um processo diplomático: era mais um discreto pedido de desculpas, na interpretação do erudito Pe. René Laurentin, de Paris. A questão ficou, enfim, saneada.
As mensagens de Vassula Ryden somam, em vernáculo, 12 volumes, em mais de 30 idiomas. Todos com o título: “A Verdadeira Vida em Deus”.
Na década de 1990 – surge uma auxiliar para a Vovó Madalena Aumont. A rigor, já no ano de 1988, como principiante. Jesus vinha, desde anos, preparando a herdeira da missão da futura Cruz de Dozulê, a ponto de ocultar o nome desta nova vidente e confidente.
Era uma Senhora casada com Antônio Navarro, oficial militar do exército francês, enviado para a Argélia que, naquele tempo, era colônia da França. A família prosperou, enriquecida com cinco filhos. Quando o marido completou o tempo do serviço militar, a família retornou para a França, em Grenoble.
Antes da sua conversão, ela viveu 30 anos na tibieza em questão de religião. Em 1973 ficou completamente cega do olho esquerdo e, só então, imaginando o pior, começou a rezar a Jesus e Maria. Podia ser câncer. Sem crucifixo no lugar, cruzou os braços em forma de Cruz e fez a promessa: “Se ficar curada, vou me confessar e comungar aos Domingos”. Valeu. Ficou curada e fez mais do que prometeu: Ensinou catecismo durante 8 anos. Em 1981, por divina inspiração, começou a visitar e tratar os doentes. Visitou Santuários na França e Itália., fazendo novenas. Começou a receber locuções interiores de Jesus e Maria e, por indicação de N. Senhora, também visitou Dozulê. Em Paris começou a promover comitivas de peregrinação para aquele lugar, distante 200 Km da capital.
Para consolidar futuras mensagens, Jesus lhe deu um nome e um título novo para ser conhecido pelo público e para identificar sua missão.
Foi em 1988:
1 – O nome que Jesus lhe deu era uma simples sigla – J.N.S.R. – Jesus Notre Seingneur Reviens
– Jesus Nosso Senhor Retorna – (São as últimas palavras da Bíblia – Apocalipse 21,20). Isto é para Jesus.
Para a vidente é diferente: Para ela usar J.N.S.R.
- Je Ne Suis Rien
- Eu não sou nada. – válido perante o conhecimento público. J.N.S.R. compreendeu bem. Porque assim está escrito:
“Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5)
Assim ela assina em todas as mensagens que recebe do céu. Amém.
2 – A missão que Jesus lhe deu é:
“Testemunha da Cruz”
O título de cada livro: Testemunhas da Cruz. Atualmente são 14 volumes, traduzidos em mais de 30 idiomas.
3 – Tarefa preliminar que Jesus lhe deu:
“Vai primeiro converter teu marido”.
Assim ela o fez. Depois Jesus apontou o caminho para Dozulê, dizendo:
“Carrega tua Cruz, sofre e segue-me”.
A campanha da Cruz de 738 metros vai até 1995, quando já é tarde demais. No mesmo ano, começa a segunda fase (Capítulo 3º).
Após de mais de 10 anos, J.N.S.R. perguntou a Jesus se podia trocar de assinaturas para seu nome de batismo: Fernanda Navarro. Jesus lhe deu a entender que sua missão continua como começou. Portanto, J.N.S.R.
Pe. Léo Persch - Pelotas RS
Segue: “Milhares de Cruzes” – Cap. III (em breve)