Vaticano cria os dez mandamentos do motorista


19.06.2007 - O Vaticano expressou hoje sua preocupação com o alto número de mortos nas estradas, denunciou que o automóvel se transformou em objeto de ostentação e vaidade para provocar inveja, pediu prudência e divulgou os "Dez Mandamentos" do motorista.

Assim destaca o documento "Orientações para a Pastoral da Estrada", apresentado hoje pelo cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifício para os Emigrantes e Itinerantes, que preparou o texto no qual a Igreja dá sua contribuição ao fenômeno atual da mobilidade humana, sobretudo através de estradas e trens.

No primeiro caso, o documento afirma que muitas pessoas aguçam o instinto de domínio, prepotência e poder quando dirigem, e que o automóvel é usado como objeto de ostentação para ofuscar os demais e suscitar invejas.

O texto também denuncia comportamentos "pouco equilibrados" em muitos motoristas, como a falta de cortesia, gestos ofensivos, discussões, blasfêmias, perdas do senso de responsabilidade e violação deliberada do código de circulação.

Também destaca que no século XX cerca de 35 milhões de pessoas morreram em acidentes de trânsito, e os feridos totalizaram 1,5 bilhão. Em 2000, os mortos foram 1,26 milhão.

Diante dos dados alarmantes, o Vaticano pediu que sejam respeitadas as normas de trânsito, lembrou a "virtude da prudência", advertiu sobre a distração e o uso de telefones celulares durante a condução, e a direção sob os efeitos do álcool e das drogas.

O Vaticano propõe ainda um "decálogo do motorista", inspirado nos Dez Mandamentos.

O primeiro é "Não matarás"; o segundo, "A estrada seja para ti um instrumento de comunhão entre as pessoas e não de dano mortal"; o terceiro, "Cortesia, correção e prudência te ajudam a superar os imprevistos".

O quarto é "Seja caridoso e ajude o próximo na necessidade, especialmente se for vítima de um acidente"; o quinto, "Que o automóvel não seja para ti expressão de poder e domínio e ocasião de pecado".

O sexto "mandamento" é "Convença com caridade os jovens e os que já não o são para que não dirijam sem condições de fazê-lo"; o sétimo, "Preste apoio às famílias das vítimas dos acidentes", e o oitavo, "Reúna a vítima com um motorista agressor em um momento oportuno para que possam viver a experiência libertadora do perdão".

O nono é "Na estrada, guie o mais fraco", e o décimo, "Sinta-se responsável pelos demais".

O documento sugere ainda que o viajante faça o sinal da cruz antes do início da viagem, "entregando-se diretamente à proteção da Santíssima Trindade".

O texto afirma ainda que é bom orar e rezar o rosário durante a viagem.

Fonte: UOL notícias

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O Decálogo dos condutores

I.Não matarás

II. A estrada deve ser um instrumento de comunhão, não de danos mortais

III. Cortesia, correcção e prudência ajudar-te-ão

IV. Sê caridoso e ajuda o próximo em necessidade

V. O automóvel não seja para ti expressão de poder

VI. Convence os jovens a não conduzirem quando não estão em condições de o fazer

VII. Apóia as famílias das vítimas dos acidentes

VIII. Procura conciliar a vítima e o automobilista agressor, para que possam viver a experiência libertadora do perdão

IX. Na estrada, tutela a parte mais fraca

X. Sente-te responsável pelos outros


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