13.06.2018 -

"Uma ditadura precisa de três coisas: um homem, uma ideia e seguidores prontos para viver pelo homem e pela ideia e, se necessário, morrer por eles". Disse Joseph Goebbels, o "Ministro para Propaganda" (nazista) da Alemanha entre 1933 e 1945. Em sua lista de três requisitos para uma ditadura. Para um homem e suas idéias atender seguidores - especialmente se o homem ou a suas idéias são ruins - você precisa espalhar  uma história positiva, aquele que apela acima de tudo para as emoções em vez do que o intelecto e ignorar verdades desconfortáveis.

Propaganda

Eu decidi ver o filme sobre o  Papa Francisco, "Um Homem de Palavra", neste fim de semana de seu lançamento (que abriu em 18 de maio na América do Norte) - e se eu fosse usar uma palavra para descrever isso, seria publicidade. Do começo ao fim, fica claro que o propósito do filme é  uma história  favorável, que apela à emoção em vez de intelecto e omitir verdades inconvenientes.

Como decidi não fazer anotações no cinema escuro, tentarei lembrar os detalhes do filme da melhor forma possível. (Certamente o Papa Francisco e seu querido amigo ateu, Eugenio Scalfari, concordariam)

Comparação falsa

Primeiro, um dos temas centrais do filme é a comparação equivocada entre São Francisco de Assis e o Papa Francisco. O primeiro é retratado como um "apóstolo do novo tipo de diálogo e ecumenismo do Concílio Vaticano II" (citando  John Vennari), enquanto o segundo é representado como uma "reencarnação" de São Francisco.

Por exemplo, no final do filme uma gravação da cerimônia mostra  o Dia Mundial de Oração pela Paz 2016, em Assis, seguido por um narrador que dizendo algo como: "Aqui em Assis, o legado de São Francisco. é ainda vivo" é um verdadeiro absurdo, porque o verdadeiro São Francisco era um católico convicto que chamou todos os homens  - inclusive um sultão islâmico no Egito, para se converter para a única religião verdadeira (católica) para a sua salvação.

Para Cristo ou a Nova Ordem Mundial? 

O "plot" do filme centra-se no Papa argentino viajar ao redor do mundo, não para pregar o evangelho e converter almas como fez São Pedro (por exemplo, "Arrependei-vos, e ser batizados" - Atos 2, 38), mas para promover causas "progressistas" como o ambientalismo,as mudanças climáticas, os direitos dos trabalhadores e imigrantes, o diálogo inter-religioso, a harmonia fraterna entre os homens, etc. (Para os interessados, a irmã Rose Pacatte descreve essas questões com mais detalhes em sua análise do filme, escrita como esperado, para o National Catholic Reporter.)

"Pela primeira vez na história", diz o narrador na prévia do filme, "o papa abre suas portas para tratar de questões que todos enfrentamos juntos [.] ... Em um mundo dividido, um líder tem a missão de unir "Unir-se em Cristo e Sua única Igreja verdadeira? Ou participar de uma espécie de "fraternidade maçônica" de homens separados de Cristo? 

Como no filme, Francisco enfatiza novamente que ele odeia fortemente "proselitismo" (isto é, tentar converter almas à verdadeira fé), que o leitor decide que tipo de "unidade" o atual Romano Pontífice procura. Tanto quanto eu estou em causa, uma das coisas que me vem à mente são as palavras do Cardeal Wim Eijk, Arcebispo de Utrecht (Holanda), no fim de seu recente  artigo  sobre a proposta de  inter-comunhão". Dos bispos alemães (a recepção da eucaristia dos cônjuges protestantes.

O último teste da igreja

Antes do advento de Cristo, a Igreja deve passar por um teste final que abalará a fé de muitos crentes. A perseguição que acompanha sua peregrinação na Terra irá desvendar o "mistério da iniqüidade", na forma de um engano religioso oferecendo aos homens uma solução aparente para os seus problemas, ao preço de apostasia da verdade.

Verdades desconfortáveis

Quanto às muitas verdades desconfortáveis sobre Francisco e seu pontificado - por exemplo, "a propagação de heresias provocados pela Exortação Apostólica  "Amoris Laetitia"  e outras palavras, atos e omissões, estão completamente ausentes no filme, que é em essência um exercício vergonhoso de autoproclamação.

Para combater a propaganda, vamos relembrar alguns exemplos de suas "palavras, ações e omissões" mais escandalosas que continuam a causar estragos:

25 de julho de 2013:  durante seu primeiro Dia Mundial da Juventude como Sumo Pontífice, ele  disse a um grupo de 30.000 jovens argentinos reunidos na Catedral de São Sebastião no Rio de Janeiro para "fazer uma bagunça, defender-se do acolhimento". Sem dúvida, ele deu um exemplo disso!

28 de julho de 2013:  durante o voo de retorno da Jornada Mundial da Juventude a Roma, quando perguntado por monsenhor Battista Ricca (um infame homossexual  ativo que Francisco havia recentemente nomeado para supervisionar o Banco do Vaticano) e pelo "lobby gay" do Vaticano, ele  respondeu: "Se uma pessoa é gay e busca o Senhor e tem boa vontade, quem sou eu para julgar "

24 de novembro De 2013:  em sua primeira exortação apostólica,  Evangelii Gaudium , o Papa Francisco disse aos que escondem "por trás das aparências de piedade e até mesmo o amor à Igreja" (n .93),bem como aqueles que tentam "cumprir com certas regras ou ser inabalavelmente fiel a algumas", em outras palavras, os católicos tradicionais, considere-os culpados de ser fãs do gnosticismo. No mesmo documento, ele elogiou os "verdadeiros seguidores do Islã"... e alegou falsamente que "o verdadeiro Islã e uma interpretação adequada do Alcorão e se opõem a toda violência" (nº 253).

Outubro 2014: durante o Sínodo Extraordinário da Família, o primeiro dos dois sínodos da família,  adotou o escandaloso relatório provisório que incluía uma seção chamada "Bem-vindo gays", que falou de "aceitar e valorizar as suas orientações (gays) sexuais".

Jan.19 de 2015. Na  caminho de Roma depois de sua viagem ao Sri Lanka e as Filipinas, para responder a uma pergunta sobre os níveis populacionais e contracepção, ela disse que "três [crianças] por família" é o número importante para manter a população". Ele então disse que os católicos não precisam ter filhos como coelhos (referindo-se às famílias grandes).

Julho de 2015: durante sua visita ao Equador, Bolívia e Paraguai, Francisco recebeu "um "crucifixo blasfemo em forma de foice e martelo", do presidente Evo Morales, um líder comunista da Bolívia. 

Quando perguntado sobre o incidente em seu vôo de volta a Roma, ele elogiou Luis Espinal, o padre marxista que projetou (com base numa teologia (da libertação) que usa o "marxismo", como design deste crucifixo, Francisco disse: "Nesse sentido [da teologia da libertação], entendo seu trabalho. Para mim não foi uma ofensa".

Novembro 2016:  em uma de suas entrevistas infames, o jornalista italiano Eugenio Scalfari perguntou o papa, se ele suporta "uma sociedade de tipo marxista", ao que ele respondeu: "São os comunistas que pensam como cristãos". (para aqueles que duvidam da autenticidade da citação Scalfari, considere os elogios do Francisco fez ao padre Espinal, do crucifixo e foice martelo, mencionado acima).

Março 2018: em sua entrevista  mais recentemente com Scalfari, Francisco voltou a negar o castigo eterno das almas no inferno, declarando que os condenadossão simplesmente "aniquilados" (deixando de existir). Suas palavras exatas citadas por Scalfari foram: "Não há inferno, há o desaparecimento de almas".

Esses exemplos são apenas a ponta do iceberg, mas acho que o ponto é claro o suficiente. (Para os interessados ​​em saber mais, leia a "Lista de preocupações com o Papa Francisco de A a Z " em LifeSiteNews.)

Para concluir com esta breve crítica, é melhor citar o que Henry Sire, autor de The Ditator Pope, me contou  sobre o filme, no final da nossa recente entrevista :

Se você ver o progresso desse filme: "Não importa o que nos separa, suas palavras nos unem". Este é talvez o Papa mais divisivo que a Igreja tem visto em séculos. É o argumento típico da propaganda liberal, que é colocar a verdade da cabeça. ... Se houvesse um produtor pronto para fazer sua lição de casa, um bom tema para seu filme seria a carreira de Bergoglio na Argentina durante os 40 anos anteriores à sua eleição papal. Seria intitulado: "Jorge Bergoglio: não confie nem um pouco nele".

Por Matt Gaspers

(Traduzido por Marilina Manteiga, artigo original)

Visto em: adelantelafe.com  via  www.rainhamaria.com.br

 

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